— Você precisa de uma bombinha respiratória? — Lexa perguntou disfarçando um sorriso enquanto observava Clarke recuperar o fôlego depois de uma "confraternização" matutina.
Clarke olhou para ela com raiva.
— Idiota. — fez uma cara manhosa e Lexa a puxou para perto — Isso é culpa sua, quem manda ser tão boa no que faz?
Lexa abriu um sorriso presunçoso e ergueu uma sobrancelha.
— Oh, essa é sua forma de dizer que não aguenta?
Ela estava brincando, é claro, mas Clarke a fuzilou com o olhar e parecia tão irritada que Lexa questionou seriamente as suas habilidades na cama.
— Você é idiota — resmungou com os dentes cerrados.
— oh-oh, alerta de namorada prestes a explodir! — Lexa ergueu as mãos em rendição. — Por favor, faça amor comigo que eu juro te deixar com algum fôlego dessa vez.
Ela se sentou bruscamente ignorando Lexa por completo, a morena tratou de abraçar a cintura de Clarke para que ela não pudesse se levantar. Lexa se sentou e abraçou Clarke, deixando uma trilha de beijos do seu ombro a sua cintura até sentir a outra relaxar. As mãos de Clarke procuraram as de Lexa e entrelaçaram seus dedos.
— Não está mais brava, não é? — provoquei.
— Não... — ela sussurrou roucamente.
Lexa suspirou ao escutar aquele tom, sabia bem o que aquilo significava, Clarke estava planejando sua vingança. Dito e feito, a loira se virou sob o lençol, sentou no colo de Lexa e enlaçou o pescoço da mulher com os braços, o lençol cobria seu corpo, mas com sua pele nua estava em contato com a pele de Lexa. Clarke afastou os fios de cabelo que tampavam o pescoço da namorada e roçou os dedos alii, seus olhos azuis estavam escuros e admiravam o rosto de Lexa com reverência. Lexa apertou os dedos da cintura de Clarke.
— Já se recuperou o suficiente? — perguntou provocativamente, precisava enfraquecer a determinação de Clarke ou não sairiam do quarto aquele dia.
Em resposta a loira fechou os olhos e capturou os lábios de Lexa nos seus, delicadamente no início, mas logo se tornou profundo e fez a cabeça da morena girar. Seus dedos buscaram o cabelo de Lexa e ela começou a rebolar, Clarke deixou os lábios da outra e seus movimentos ficaram mais rápidos e intensos fazendo Lexa suspirar. Clarke beijava a pele sensível nos ombros de Lexa e arranhou as costas da morena. Lexa soltou um gemido e isso fez com que Clarke se movimentasse mais rápido.
Lexa guiou a cintura da menina para diminuir o ritmo e aumentar o contato, Clarke agarrou o cabelo de Lexa e procurou a boca dela novamente. Lexa levou as mãos até os seios de Clarke e a loira gemeu contra a boca de Lexa. O desejo da morena era jogar a mais nova contra o colchão e fazê-la gozar com força, mas essa era exatamente a intenção de Clarke: minar o controle de Lexa. Ela adorava aqueles jogos.
A expectativa e o desejo estavam colocando Lexa em um estado precário de excitação, ela queria mais contato e fricção e então Clarke parou. Ela interrompeu o beijo e se levantou, o lençol caindo no chão.
Lexa piscou algumas vezes e puxou o lençol para tampar o próprio corpo. As bochechas ardiam e ela desviou o olhar com a forte frustração.
— Quem está com dificuldades para respirar agora? — Clarke perguntou roucamente.
Lexa suspirou, derrotada. Tinha esperanças de que Clarke não fosse tão vingativa, mas no fundo sabia que ela poderia fazer algo assim.
— Você não vai me deixar assim, não é? — Lexa tentou.
Clarke jogou a cabeça para trás em uma risada, então encarou Lexa com os olhos escuros e com seu melhor sorriso provocativo, disse:
— Eu já provei o que queria, vem, vamos terminar isso no banheiro. — e saiu do quarto.
* * * * * * *
Clarke tinha deixado o apartamento de Lexa e a morena tinha se jogado no sofá para trabalhar. No fim das contas ela não conseguiu trabalhar muito pois suspirava de segundo em segundo com a dúvida que não a abandonava. Lexa não parava de pensar na conversa que teve com Clarke dois meses antes, a conversa sobre superar as coisas e começar de novo, sem arrependimentos ou ressentimentos, infelizmente para elas, isso implicava perdoar Anya. Bom, Clarke tinha feito isso e agora Lexa podia ver quão bem isso tinha funcionado para ela, para o relacionamento delas, Clarke praticamente reluzia agora. Sua áurea irradiava alegria, ela estava tranquila e conseguia dar continuidade em seus objetivos sem estar presa às dores do passado, a cerimônia de graduação dela estava próxima, a relação dela com a mãe ia bem e ela já tinha uma ideia do que ia fazer quando pegasse o diploma. Clarke tinha superado. Talvez ainda tivesse algumas marcas, mas a felicidade que ela encontrou a ajudava a superar todos dias.
Lexa não estava tão bem, ela vibrava quando Clarke estava perto, mas quando ela ia embora uma tristeza enchia o peito da morena, era um vazio difícil de compreender, ela não era a mesma no trabalho e todos podiam ver. Ela não falou sobre aquilo com Clarke, mas ambas sabiam que algo estava errado; Clarke se preocupava, mas sabia que era melhor dar espaço e deixar Lexa lidar com as próprias decisões. Acontece que Lexa resolvia suas emoções pela metade e constantemente voltava em conflitos que jurava estarem resolvidos, primeiro ela resolveu o que precisava com o que sentia sobre Costia, mas decidiu ignorar Anya e deixar as coisas se resolverem sozinhas.
Já tinha quase um um mês que ela tinha se dado conta de que precisava ver com Anya, mas só agora teve força suficiente para comprar as passagens de avião. Entretanto, o que faria ao chegar no Oregon? Sentaria na frente de Anya e ficaria em silêncio? Oferecia um perdão que nem sabia se tinha para dar? Lexa estava com um sentimento ruim e sabia que Anya era a única pessoa com quem poderia falar sobre ele. No fundo ela queria fazer aquela visita, sentia falta da Anya de verdade, mas a principal razão que a fez reservar um voo para aquela tarde foi Clarke. Para começar uma vida com ela, Lexa precisaria resolver os próprios conflitos primeiro.
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O "Mais" que eu preciso (Clexa) REVISADO
FanfictionFanfiction criada a partir da série The 100. Clarke Griffin está na reta final do curso de genética e precisa conseguir um trabalho na área antes de conseguir o diploma. Lexa Grigori é, aos 28 anos, uma geneticista reconhecida e herdeira de um dos m...