Durante três dias Lexa assistiu Clarke correr de um lado para o outro fazendo diversos trabalhos para auxiliar os pesquisadores. Ela sabia que a menina queria mais ação do que apoio, mas não podia levar uma pessoa inexperiente para os testes que estava fazendo. O laboratório recebeu uma demanda muito importante e pretendiam vender a pesquisa.
— Iniciando agora o teste 42. — Lexa falou para os pesquisadores ao redor dela.
Todos colocam as máscaras e se afastam da mesa, colocaram dois ratos dentro do aquário e duas mangueiras de ar.
— Teste número 42, com alto nível de acidez — um dos médicos falou antes de apertar o botão que segurava o ar. A fumaça amarela se espalhou e logo o ar tornou-se rarefeito e ácido, os ratos, sentindo o perigo, correm para o canto do aquário, mas o véu os alcança. Lexa desvia o olhar quando os bichos começam os atinge e os faz se contorcer, feridas aparecem em seus pequenos corpos. Eles morrem em menos de 10 segundos. Os cientistas ficam em silêncio, é é gratificante obter sucesso na pesquisa, mas todos estão receosos quanto a venda de uma arma biológica.
— O teste 42 mostrou-se letal, a névoa se mistura rapidamente ao ar. — disse um dos médicos que segurava o corpo de um dos ratos para observar os danos.
— Mas se liberarem isso perto de certos componentes... — ponderou outro.
— Pode explodir — Lexa completou, avaliando os ratos — Acredito que a reação em humanos seria diferente, podendo variar o nível da queimadura. Parece que as queimaduras são a causa da morte e não a falta de ar.
Mais silêncio, onde todos parecem pensar a respeito.
— Podemos aumentar os níveis de acidez ou acrescentar gás perclórico.— disse o engenheiro químico que Anya recomendou, Kyle Wick.
Todos olham em sua direção como se não tivessem certeza de ter escutado corretamente, ele queria explodir alguma coisa? A intenção era justamente reduzir a probabilidade de explosão.
— Não. — Lexa responde e faz um gesto de dispensa, conversaria com o rapaz depois — Seria melhor reduzir a letalidade e as chances de explosão.
— Doutora, essa é uma oportunidade única. Reduzir a letalidade é um desperdício, devíamos aumentar e...
— Deveríamos recusar. — Lexa sugeriu.
Seis pares de olhos repousaram sobre a mulher com total descrença.
— Uma arma! Quando teremos a oportunidade de fazer uma arma e ainda usar? — Wick perguntou.
— Uma arma que pode acabar com as nossas carreiras. — outro cientista comentou.
— É um risco que estou disposto a aceitar. — foi o comentário de um homem ao lado de Lexa. Outros murmuraram concordância.
Lexa estava certa de que não ganharia a discussão.
— Certo, senhores. — falou para encerrar a conversa — Façam os ajustes necessários e apresentem o relatório de progresso amanhã cedo. — ela olhou para o máximo de rostos que conseguiu antes de acrescentar lentamente, deixando sua autoridade vibrar por suas palavras — Lembro a todos de que a venda está sujeita a aprovação e pode ser revogada, aprofundaremos essa discussão em uma reunião assim que voltarmos.
O burburinho da discussão deles a seguiu até sair do galpão improvisado. A morena jogou a roupa de proteção em um barril próximo a saída e sorriu ao sentir o ar frio da tarde fazer cócegas em sua pele.
Trabalho nunca a deixava cansada, mas aquele projeto era uma incógnita, uma pulga atrás da orelha. Ela realmente queria arriscar a carreira na produção de uma arma que com certeza seria usada. Ou ela seguiria a intuição e não assinaria o projeto, deixando o conselho decidir o que fazer sem envolver o próprio nome?
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O "Mais" que eu preciso (Clexa) REVISADO
FanfictionFanfiction criada a partir da série The 100. Clarke Griffin está na reta final do curso de genética e precisa conseguir um trabalho na área antes de conseguir o diploma. Lexa Grigori é, aos 28 anos, uma geneticista reconhecida e herdeira de um dos m...