Anya.
Mas o quê? Por que ela estava ali? Clarke estava tão confusa que não conseguia pensar direito, com algum esforço conseguiu formular uma pergunta:
— Por que? — a voz saiu rouca e baixa, a língua estava áspera e pesada. Parecia que não falava a anos.
Ela não disse nada, apenas observou Clarke com frieza. Não parecia mal intencionada, mas também não estava disposta a ajudar. Mas o que Clarke poderia dizer, ela não conhecia Anya. Não tinha a menor ideia de suas intenções. Nada parecia fazer sentido. Por fim ela suspirou e puxou uma cadeira para se sentar de frente para mim.
— Muito bem, Clarke, você quer respostas. Vou te dar algumas.
Ela apoiou os cotovelos nos joelhos e o rosto nas mãos, ela olhava diretamente para o rosto de Clarke como se estivesse tentando ler a mente da garota ou procurando alguma resposta para uma dúvida pessoal. Como que se dando conta de algo importante, ela se levantou e gritou:
— Tire as cordas dos pulsos dela e coloque algemas. — com um olhar de dúvida para mim ela disse — Vai machucar menos e será mais seguro. Todo mundo ganha.
O homem de guarda ao lado dela prontamente desatou o nó das cordas e a garota não teve um momento de alívio antes que o metal frio encostasse a pele machucada.
— Droga! — Clarke gritou e se debateu tentando puxar as mãos, mas a pele machucada estava ficando pior ao bater nas algemas.
— Não fique tão frustrada, Clarke. Não vale a pena gastar energia assim. — ela disse com uma sobrancelha erguida — Quero me desculpar por essa situação, eu tenho empatia por você, Clarke. — Ela se aproximou da menina e disse lentamente — Recentemente você se tornou muito importante para mim.
Clarke deu uma risada irônica.
— Posso ver isso, muita empatia.
Anya ignora o sarcasmo e continuou:
— As coisas não deveriam acontecer desta maneira, sabe, todo esse lance de sequestro é bem chato. — ela deu um bocejo entediado — Mas você tinha que se meter nas minha coisas, não é? Você causou isso.
— O que eu fiz? Eu nem te conheço direito!
— Vai me dizer que não sabe?... — Anya pergunta, os olhos avaliando o rosto de Clarke e a confusão da menina deixa um gosto amargo em sua boca — Você não sabe.
— Não, eu não sei! Não é óbvio? — Clarke gritou ignorando a dor em sua garganta — Isso é loucura, tenho certeza de que não fiz nada para você! Qual é o problema com você? Por que eu estou aqui?
— Você é bem insolente, não é?
Anya avalia as próprias unhas. Clarke não conhecia a mulher o suficiente para avaliar sua expressão e supor o que ela está pensando, Anya é neutra e impossível de ler. Ela é pior do que Lexa. Lexa. Clarke ainda não tinha pensado em Lexa. Ela estava bem? Também tinha sido pega? Sabia de alguma coisa? Será que estava envolvida? NÃO! Lexa não faria uma coisa dessas, essa confusão toda era alguma outra coisa ainda sem explicação. Clarke respirou fundo e tentou suavizar o olhar:
— Por favor, Anya.
— Deixe-me esclarecer uma coisa, Clarke. — Anya falou com o tom cortante — Lexa estava decidida a assinar o contrato com os alemães até você aparecer. Você a deu vida o suficiente para que ela enxergasse os riscos. Ela desistiu porque estava com medo de perder você.
— Contrato? — Clarke engasgou sem entender nada. Que contrato era esse e por quê era tão importante que Lexa assinasse? Como ela poderia ter impedido isso? — Não faço ideia do que você está falando.
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O "Mais" que eu preciso (Clexa) REVISADO
FanfictionFanfiction criada a partir da série The 100. Clarke Griffin está na reta final do curso de genética e precisa conseguir um trabalho na área antes de conseguir o diploma. Lexa Grigori é, aos 28 anos, uma geneticista reconhecida e herdeira de um dos m...