19: anos depois

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Deitei o corpo de Jennie com cuidado na cama sem separar nossas bocas, a forma intensa como ela me beijava agora fazia meu corpo inteiro esquentar necessitado por qualquer toque da coreana, que estava nesse exato momento embaixo de mim com os braços ao redor do meu pescoço retribuindo meu beijo com uma vontade insaciável que eu não fazia ideia de onde havia surgido depois dos beijos calmos dados no jardim.

Separei nossas bocas respirando fundo enquanto levava a mão até cintura fina de Jennie e apertava tentando grudar seu corpo ao meu o máximo que eu conseguia. Os lábios de Jennie estavam avermelhados e por deus como eu queria beijar ela o tempo todo, principalmente quando ela sorria para mim com aquele maldito sorriso provocador de quem sabia exatamente onde queria chegar.

  — vai parar aí? — ouvi sua voz rouca em meu ouvido e aquilo havia sido o ponto de partida para que eu levasse as mãos a saia de Jennie e tirasse com facilidade.

O sorriso que surgiu em meus lábios pareceu fazer efeito em Jennie, já que a mesma se remexeu embaixo de mim inclinando seu quadril para cima. E eu tirei sua blusa enquanto beijava seu abdômen e levava as mãos para sua bunda, aquela a bunda que eu havia prestado bastante atenção desde o dia que ela usou aquele vestido preto na primeira vez que nos vimos.

  — lisa... — sua voz saiu arrastada e então eu subi meu olhar até seu rosto. Eu não ia aguentar mais um dia sem ter o corpo dessa mulher pra mim.

  — vai me pedir para parar?

  — vou pedir para tirar sua roupa, isso aqui está injusto. — eu me encaixei perfeitamente entre suas pernas e então tirei minha blusa e depois me afastei apenas para tirar minha calça sentindo os olhos dela presos em mim.

  — melhor... — Jennie então ficou de joelhos na cama, ela segurou em meu rosto com as duas mãos e me beijou de um jeito intenso, tão intenso que eu só havia sentido agora, mas não era só isso, com apenas beijos Jennie já havia feito muito mais que qualquer uma.

   — Jennie... — sussurro seu nome quando ela passou a beijar meu pescoço.

   — Lalisa — uma vez distante me chamou, mas não era jennie, fechei meus olhos com mais força me focando só na mulher a minha frente com o corpo cobertor apenas pelo sutiã e a calcinha de sua lingerie preta tão sexy. — lalisa Manoban.

  Eu não queria abrir meus olhos agora, eu só queria sentir aqueles beijos, eu só queria tocar em Jennie até fazer ela minha completamente.

  — Lalisa. — ouvi aquela voz de novo e contra a minha vontade eu abri meus olhos logo me arrependendo porque alguém havia aberto as cortinas do meu quarto e as luzes que vinham da janela quase me cegaram.

  — que porra Ten. — resmunguei colocando o travesseiro em meu rosto.

  — teve sorte que eu vim te acordar, você estava sonhando com a Jennie? — meu irmão perguntou e eu agradeci por estar com aquele travesseiro no rosto pois agora eu estava morrendo de vergonha. — você estava tendo um sonho erótico... Quer saber? Eu não quero nem saber!

  — não fala pra ninguém...

  — você está suada. — eu sabia que meu irmão estava fazendo uma careta de nojo agora. — desde que viu as fotos de Jennie pela primeira você está diferente, por deus.

  Eu tirei o travesseiro do meu rosto e então me sentei na cama encarando meu irmão mais velho.

  — eu só não consigo ser a Lisa de antes ok? Eu tentei.

  — do que você está falando?

  — desde que eu passei pela porta de casa e dei de cara com a Jennie eu não consegui nem sequer por um segundo deixar de pensar nela.

   —  irmãzinha.... Está falando disso agora por quê?

   — para você continuar calado e não falar nada sobre meu sonho, eu ficaria muito constrangida... E você chegou na melhor parte do sonho.

  — Lalisa! — meu irmão pegou o travesseiro e então o jogou em mim com força.

  — fala como se nunca tivesse sonhado com lizeth.

  — eu já sonhei, mas ela minha noiva.

  — e a Jennie é a minha, mesmo que de mentirinha.

Meu irmão negou com a cabeça e então passou a mão em seus cabelos.

Ten e eu podíamos não ser tão próximos, mas eu ainda o via como alguém que eu podia confiar quando eu precisava conversar, sei que ele não iria falar sobre meu sonho. Eu não saberia o que fazer se Jennie ficasse brava comigo por causa disso.

  — ela está na mesa de café ao ar livre, nosso pai teve a brilhante ideia de ter um dia livre em família, mas esqueceu que tem trabalho também...

  — eu não estou afim de sair no sol.

  — Seo-yun está aí, e está fazendo questão de querer ensinar futebol a Jennie.

  — mas que diabos os filhos de hyuk ainda fazem vindo por aqui?

  — vieram comemorar que finalmente fechamos contrato. — meu irmão disse abrindo um sorriso.

  — eu fico enormemente feliz por vocês, mas eu não confio naquele cara.

  — deixe seus ciúmes de lado um pouco, tome café com Jennie sem se meter em briguinhas infantis, Lalisa.

Olhei nos olhos do meu irmão e então concordei, ele estava certo, Jennie não merecia passar por essas situações, principalmente quando eu sabia que ela não se sentia confortável com esse tipo de coisa, Jennie era preciosa demais para eu dar uma de lisa adolescente.

  — já irei descer.

  — não demore... Ah... Vê se toma um banho gelado. — meu irmão disse e quando notou que eu ia pegar o travesseiro para jogar nele, ele fechou a porta rapidamente.

Levei os dedos até meus lábios e me joguei na cama lembrando do sonho, por deus eu havia sonhado com Jennie e eu não sabia se aquilo era bom ou não. Ter Jennie daquele jeito parecia realmente um sonho, o corpo da coreana parecia que havia sido esculpido por deus e eu sabia disso porque eu já observei Jennie... Sua manias, seu sorriso, seu corpo... Kim Jennie era de fato minha completa perdição, principalmente quando ela era a única que fazia eu me sentir daquele jeito.

  — o que está achando da Coreia, Lisa? Não pensa em assumir essa empresa um dia? — meu pai perguntou batendo em meu ombro de leve e eu sorri amarelo na direção dele, não era minha vocação lidar com tudo isso... Eu queria mesmo era abrir uma escola de dança, ou algo que não me prendesse atrás de uma mesa no escritório.

  — papai, isso não é a praia de Lalisa. — Ten disse com os olhos pregados no celular.

  — Mas um dia vocês dois vão decidir o que fazer com tudo isso. É o nome da nossa família. — meu pai falava com um sorriso orgulhoso, enquanto isso a única coisa que eu conseguia prestar atenção era na garota de cabelo negros e com um laço preso na cabeça, ela passava exatamente por trás de nós e eu conseguia ver pelo reflexo do vidro. Eu estava ficando louca porque no momento que eu a vi eu não conseguir desviar o olhar até que ela sumisse da minha vista.

Mal sabia eu que ela seria minha noiva de mentirinha anos depois.

my (fake) brideOnde histórias criam vida. Descubra agora