15: jantar em família

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Eu estava sentada entre Lisa e jung-suk, terceiro filho do senhor hyuk. Diferente dos irmãos, o garoto era extremamente tímido e quieto, ele não falava muito e pouco que dizia era coisas gentis. Eu me surpreendi bastante quando ele me pediu permissão para sentar ao meu lado e ainda agradeceu depois, ninguém naquela mesa havia feito algo daquele jeito.

Por outro lado, eu só não conseguia ficar confortável naquele lugar pois Lalisa estava entre mim e Nora, que fazia questão de deixar a mão na coxa de lisa. A tailandesa tirava a mão dela e ela retornava a por, fez tantas vezes isso que acabou desistindo e deixando ela por a mão em sua perna.

Jung-suk que estava ao meu lado rapidamente notou também, porém ele não disse nada pois também parecia incomodado com algo.

  — está tudo bem? — perguntei em seu ouvido e ele pareceu surpreso por eu estar falando com ele. Jung-suk negou com a cabeça rapidamente e apontou para Rosé trocando olhares e sorrisos com Jisoo. — Roseanne não é tipo... Bem mais velha que você?

  — e ela é, e por isso eu já deveria ter me desiludido, mas ela é tão linda... A Jisoo também, e elas ficam lindas juntas, mas eu gosto da rosé.

  Toquei o ombro dele carinhosamente e ele sorriu fraquinho na minha direção.

  — eu fiquei sabendo o que meu pai fez meu irmão fazer, peço mil desculpas pela atitude que ele teve, meu irmão também está muito envergonhado. — ele disse olhando em meu rosto e sorri fraquinho, então havia sido culpa do hyuk?

   — não precisa se desculpar por isso, já foi resolvido.

  — não está desconfortável com essa moça passando a mão na senhorita Manoban? — ele questionou e eu respirei fundo concordando rapidamente. — por que não a pede para parar?

  — não quero estragar o jantar. — falo e ele balança a cabeça tentando entender minha linha de raciocínio.

  — qual é o assunto? — senhor hyuk chamou nossa atenção e jung-suk e eu o olhamos confusos, lisa que estava ao meu lado tinha uma feição séria na minha direção e por esse motivo eu não consegui a olhar por muito tempo.

  — Jennie estava me aconselhando com uma coisa. — Seo-yun, que estava ao lado do pai, apenas deu um pequeno sorriso enquanto nos encarava e então eu senti a mão de lisa por cima da minha na mesa.

   — é... — digo baixo e afasto a mão de lisa da minha disfarçadamente fingindo que eu iria por meu cabelo para trás.

  — você entende de negócios, Jennie? — hyuk perguntou e rapidamente vi o senhor Manoban limpar o canto da boca.

  — Jennie tem ideias incríveis, ela é muito modesta e por isso nunca deixa eu dizer, mas a ideia do comercial foi toda dela.

  — sério? — Seo-yun perguntou e eu concordei devagar.

  — nossa empresa cresceu com o público jovem depois disso, o que nos trouxe visibilidade e mais pessoas falando sobre nossa marca. — senhor Manoban começou a elogiar tudo que me envolvia sobre a ideia e eu mal podia conter meu sorriso, trabalhar com essa nova geração era um trabalho difícil, mas não era impossível.

  — e Jisoo... Esse é seu nome, não né? — hyuk perguntou olhando para minha amiga.

  — sim... eu sou gerente de um hotel que também tem uma franquia de café francês. — minha amiga explicou e o homem sorriu gostando de ouvir sobre. — recentemente abriu duas franquias aqui nos Estados Unidos, em Los Angeles e Nova York, para ser exata.

  — será até mais fácil caso lisa e Jennie se mudem para cá depois do casamento, assim ela não fica longe da amiga. — Seo-yun disse e eu o olhei.

  — não vamos morar aqui. — lisa disse segurando minha mão novamente.

  — e para onde vão? — jung-suk perguntou curioso.

  — Paris, Jennie adora aquele país e como eu também sou fascinada por tudo de lá, eu fico contente que iremos para lá. — explicou e então apertou minha mão.

  — você não vai levar minha nora para longe de mim. — thip disse enquanto levava a taça de forma elegante até os lábios.

  — ela será minha esposa, isso é mais importante.

  — contanto que Jennie se torne modelo da minha futura marca de roupas eu fico feliz. — rosé se pronunciou. — mas acho que algumas pessoas aqui não deveriam ter ouvido isso.

O comentário de rosé foi específico na direção de Nora, e eu sabia disso porque seus olhos foram rápidos até ela. Jisoo também havia entendido já que trocou olhares comigo como sempre fazíamos.

  — você é uma fofa. — Nora disse e rosé revirou os olhos. — uma pena que é tão amargurada assim... perdão, as vezes eu esqueço que você é assim porque seus pais morreram.

Rosé perdeu o sorriso em menos de segundos e a feição que fez em seguida machucaria qualquer coração que tivesse um pingo de compaixão, rosé era um ser adorável demais para ter que ouvir algo que a deixe naquele jeito.

  — com licença. — ela disse deixando o guardanapo na mesa e se levantando.

  — Roseanne. — a senhora Manoban fez menção de se levantar.

  — a senhora pode ficar. — ela disse e então saiu andando sem olhar para trás, minha amiga também se levantou e pediu licença logo indo atrás de Rosé.

  — você não deveria falar esse tipo de coisa para alguém que é da família. — senhora Manoban falou para Nora de um jeito que daria medo em qualquer um.

Seo-yun, mi-suk e jung-suk trocaram olhares sem jeitos pela situação e então hyuk se levantou chamando atenção.

  — Manoban, vá a minha empresa amanhã... Já está em nossa hora.

Seo-yun e mi-suk seguiram o pai sem exitar, já jung-suk fez uma reverência a mim e agradeceu baixinho.

  — pode conversar comigo sempre que precisar. — falei baixinho e ele sorriu agradecendo novamente e então saindo também.

O senhor Manoban colocou as mãos na mesa e então encarou lisa e depois Nora e sem dizer uma palavra sequer o homen se levantou e com ajuda da esposa eles saíram lado a lado.

  — o que deu na sua cabeça? Está ficando maluca de tocar nesse assunto? Sabe como isso é delicado para rosé, para minha irmã! — lisa disse alto e raivosa enquanto encarava Nora. Eu nunca a vi falar assim e me assustei um pouco no início. — eu não quero que fale desse jeito com ninguém! Já está passando dos limites me tocando dessa forma mesmo eu deixando claro que estou noiva, se ponha no seu lugar ou eu mesmo a coloco.

  — se eu soubesse que iria me tratar dessa forma só porque tem um brinquedinho novo eu não teria comprado aquela lingerie da cor que você adora. — passei pela lisa já estressada pelo jeito arrogante com que ela se referia a mim e então acerto um tapa perfeito em seu rosto fazendo ela dar um passo para trás e levar a mão até onde eu bati. Antes que eu me deixasse levar pela raiva e a acertasse de novo, lisa segurou na minha cintura.

  — brinquedo vai ser o que eu vou fazer com a sua cara. — Digo alto também e tento me soltar dos braços de lisa.

  — devíamos fazer algo? — ouvi a voz baixa de lizeth do outro lado da mesa.

  — não, deixa a Jennie acabar com essa aí logo, até que enfim alguém fez isso. — ouvi Ten responder.

  — chega. — lisa diz no meu ouvido e então me separo dela e encarando chateada também.

Ajeito meu vestido encarando a mulher a minha frente e então saio andando até o segundo andar, sem ao menos notar que Lalisa estava me seguindo.

  — pensei que iria dormir comigo.

  — você dorme onde quiser, até mesmo com a Nora, mas comigo você não dorme... nem me toca mais. — digo raivosa e entro no meu quarto fechando a porta e trancando. Sei que só isso não seria o suficiente e então coloco a mesinha na frente da porta.

 

my (fake) brideOnde histórias criam vida. Descubra agora