25: que eu amo.

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Me apoiei no balcão do café e encarei minha amiga enquanto ela ensinava os novatos a fazerem aquelas artes no café, minha amiga estava tão concentrada e a única coisa que eu estava pensando naquele momento era em como eu queria estar com lisa naquele frio enquanto tomávamos um daqueles cafés maravilhosos que vendiam ali.

  — o que tanto pensa? — ouvi a voz de Jisoo e então a olhei. — está com uma carinha abatida.

  — é provável que neve por esses dias, o café daqui é maravilhoso e o clima romântico que vai ficar por esses dias será enorme. — falo e Jisoo solta um "aaah" baixinho entendendo onde eu queria chegar.

  — se está com tanta vontade de ter lisa aqui por que não a convida para vir aqui?

  — minha mãe está em casa.

  — e o que tem sua mãe está na nossa casa?

  — lisa e minha mãe no mesmo lugar, Jisoo. Eu não acho que nossa relação, que nem existe ainda, esteja em nível de conhecer minha mãe.

  — mas você conhece os pais dela.

  — porque eles são meus chefes.

  — durante os dias que ficou lá eles não estavam sendo seus chefes.

Jisoo ajeitou o suéter que usava no corpo e então sorriu na minha direção, hoje jisoo usava um suéter azul com os cabelos presos em duas trancinhas que eu mesma fiz. Ao menos aquela vez jisoo não havia usado roupas coloridas demais.

  — amiga, se minha mãe conhecer Lalisa ela vai preparar o casamento.

  — foi a mesma coisa que o senhor e a senhora Manoban fizeram e você não reclamou. — revirei os olhos na direção de jisoo e a vi sorrir com seu típico sorriso no canto dos lábios.

  — E você? Já viu o vídeo de lançamento de rosé?

  — eu vi sim, ela está tão linda... O sotaque, o cabelo... Mas é estranho.

  — o que é estranho?

  — por exemplo, Roseanne Park estilista famosa que conquista o público desde tão nova gosta de mim. Kim Jisoo gerente de um café.

  — e o que isso tem a ver com os sentimentos da loirinha? — peguei um donut da mão de um garçom e então dei o dinheiro na mão dele.

  — eu não ligo para o outros, mas eu sei que ela vai querer me encher de presentes e isso me deixa incomodada.

  — por que isso te incomoda? Se você namorasse qualquer pessoa iria receber presentes.

  — mas eu nunca vou dar um presente que ela já não tenha.

  — dá pra ela, isso ela não tem. — digo divertida e então mordo meu donut.

  — você anda muito engraçadinha.

Lizeth: só queria que você soubesse que Nora apareceu aqui hoje.

Fechei a cara no momento que li a mensagem de lizeth, será que lisa deixou ela ficar perto? E se elas se beijaram? E se...

Jennie: e Lisa?
Lizeth: Lisa saiu com a senhora Manoban, se negou a falar com ela e agora Nora disse que sabe de tudo e que só vai sair daqui quando falar com Lisa.

Mostrei a mensagem para Jisoo e vi minha amiga levar a mão até a boca desacreditada pela falta de vergonha na cara de Nora, eu não conseguia acreditar que ela seria capaz de tantas coisas como essa. Mas eu faço qualquer coisa pra acabar com ela se ela tocar em Lisa.

{******}

Lisa.

Sai do meu carro e suspirei fundo ao notar que o carro de Nora ainda estava ali, eu estava começando minha vida de novo. Eu finalmente estava conseguindo me envolver fortemente com alguém sem por barreiras e essa mulher chega e atrapalha tudo de bom que eu consegui na vida, se eu soubesse que teria que passar por essas coisas eu jamais teria dito "olá" para ela.

Minha mãe passou o braço pelo meu e então deu um sorriso preocupado, eu sabia que ela nunca havia ido com a cara de Nora e hoje em dia eu entendo o porquê. E eu fico mais feliz ainda de saber que minha mãe confia cegamente em Jennie, pois eu me apaixonei por ela e não quero me machucar daquela forma de novo.

  — lizy! — Nora falou alto assim que me viu passar pela porta, ela saiu de seu lugar e então veio na minha direção já fechando os olhos vindo me dar um selinho. Desviei dela no mesmo momento e então parei no centro da sala.

  — você não é bem vinda aqui, o que está fazendo? — perguntei séria, era a primeira vez que eu usava esse tom de voz com Nora.

  — lisa, por que está agindo assim?

  — porque eu sou uma mulher que está noiva, feliz e que não quer mais qualquer tipo de envolvimento com você.

Eu olhei de canto de olho para minha mãe e a mesma sorria orgulhosa naquele momento, fico feliz que agora eu esteja sendo a Lisa que busca pela própria felicidade ao invés de se machucar para ver os outros felizes. Jamais vou deixar que Nora estrague minha vida novamente.

Lizeth que estava sentada no sofá com o celular nas mãos me olhou e então se levantou.

  — irei subir, ela está me deixando muito nervosa e estou ficando com dor de cabeça só de ouvir a voz dela. — Lizeth disse e então toquei em seu ombro. — está tudo bem, vou só descansar.

Lizeth se afastou de nós e então subiu as escadas. Voltei meu olhar até Nora e então suspirei fundo algumas vezes antes de soltar a mão da minha mãe.

  — o que você quer?

  — já que decidiu me tratar dessa forma arrogante, eu quero que você deixe Jennie.

Soltei uma risada irônica e então cruzei meus braços. Eu não estava levando a sério que ela achava que era tão fácil assim me afastar da mulher que eu estou apaixonada.

  — do que está rindo, Lalisa? — ela andou até mim. — sei do noivado falso, sei que não a ama de verdade e tudo aquilo era encenação. Já pode parar, já pode até mesmo ver a lingerie nova que eu comprei só pra usar pra você.

Minha mãe revirou os olhos e se afastou.

  — não existe nada falso aqui... A não ser você, você é uma pessoa falsa Nora, uma pessoa a qual eu jamais quero ter na minha vida, e sabe o porquê? Porque você me faz mal, porque você é um dos seres humanos mais desprezíveis que eu já conheci. — desde que eu estive com Nora, essa era a primeira vez em que eu conseguia olhar em seus olhos e dizer a verdade. — as mentiras que você contava aos seus pais e a mim, o jeito como me influenciava a usar aquelas coisas que me deixavam mal por dias, eu me tornei agressiva e alcoólatra por sua causa.

  — eu não tenho exatamente nada a ver com o que aconteceu com você, Lalisa, você não se cuidou. — ela me olhava nos olhos com aquele sorriso cínico que me deixava com raiva. — foi parar no hospital porque passou dos seus limites, eu não tive nada com isso.

  — eu passei dos meus limites? — levantei a voz e então a vi dar um passo para trás. — eu usei aquilo porque achei que era a única maneira de você me achar legal suficiente, eu era dependente de você e você Nora... Você nunca me amou, você nunca fez nada por mim!

  — eu sempre fiz tudo por você lisa. — suas mãos vieram até meu rosto e a olhei com raiva.

  — eu quero você fora da minha casa, FORA. — gritei e afastei as mãos dela de mim. Caminhei até a porta e então a abri. — SAI AGORA.

  — lisa....

  — VAI EMBORA DA MINHA VIDA E DA MINHA NOIVA, DA MULHER QUE EU AMO.

Então era assim? Era assim que eu iria dizer que amava Jennie pela primeira vez? Por que Nora sempre estraga tudo para mim? Por que?

  — eu vou fazer você me amar de novo Lisa, vai se arrepender do que disse agora. — Nora disse com a voz tão calma que me daria medo em outra situação.

my (fake) brideOnde histórias criam vida. Descubra agora