27: tentarei

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Acordei sentindo uma luz forte contra meu rosto, eu olhei em volta ainda sentindo uma forte dor de cabeça. Eu não sabia onde eu estava ou até mesmo o dia e a hora, eu poderia ter apagado por dias e eu não saberia dizer. A última coisa que eu lembro era da voz de lisa gritando meu nome, mas será que era mesmo Lisa ou eu estava apenas alucinando com a possibilidade dela ter gritado por mim?

Encarei minhas mãos presas na cabeceira da cama e então tentei me soltar mas o nó estava muito forte e se eu forçasse mais uma vez eu iria me machucar feio.

  — ALGUÉM? — gritei desesperada, minha voz estava rouca e cansada.

  — até que enfim ela acordou. — ouvi uma voz feminina e então a porta foi aberta revelando a mulher com um sorriso orgulhoso. — como está?

  — me tira desse lugar! O que está fazendo? Por que eu estou aqui?

  — você está aqui para aprender a não mexer com o que não é seu. — ela disse e então puxou a cadeira para sentar na minha frente. Um homem alto fechou a porta e continuou encostado ali perto da parede, não era o mesmo homem que eu me lembro, mas ele ainda assim parecia muito conhecido.

  — eu não fiz nada para você, me solta.

  — você deveria ter pensando no que poderia acontecer, eu avisei que a Lisa era minha.

  — você está fazendo tudo isso porque levou um pé na bunda, mulher eu juro que eu acabo com você. — digo raivosa e então forço a mão mais uma vez sentindo a dor torturante daquela corda no meu pulso, o homem que estava encostado na parede virou o rosto e encarou o canto do quarto.

  — se você fosse tão importante Lalisa estaria tentando de resgatar, mas sabe Jennie... Até agora ela nem tentou.

  — você está mentindo.

A mulher se levantou e apenas deu de ombros e sem dizer nada ela saiu do quarto sendo seguida pela homem que nem mesmo olhou para mim.

(...)

LISA.

  — por favor encontrem logo ela. — falo com a voz fraca enquanto os policiais estavam espalhados pela enorme mesa da minha casa em seul.

Eu estava começando a ficar desesperada, desde o momento em que tentei alcançar o carro em que aquele homem colocou Jennie desacordada. Eu estava suando frio com qualquer probabilidade de ele ter tocado em Jennie desacordada ou em qualquer tipo de coisa ruim que poderia acontecer com a minha garota.

  — estamos tentando senhorita Lisa, mas os sequestradores não deram nenhum sinal de pedirem dinheiro e nem mesmo deixaram qualquer rastro. — o policial mais novo entre eles disse tentando me acalmar.

  — pois então tentem mais! — falei alto e ten veio até mim segurando em minha cintura evitando que eu fizesse qualquer ato agressivo, eu sabia que em certa parte da minha vida ten me viu sendo agressiva mas essa não era mais minha realidade... Mas era jennie correndo perigo, então ele estava certo em me segurar.

  — estão ligando! — um dos homens gritou alto chamando a atenção e eu olhei para ele com um pingo de esperança. — preciso que enrole a pessoa por pelo menos cinquenta segundos para conseguimos rastrear a chamada.

Ele me entregou o telefone e então eu atendi desesperadamente.

  — alô?

  — Lalisa Lalisa... — uma voz grave soou na chamada e então eu olhei para os homens. — eu acredito que a gente esteja com alguém que lhe interessa.

  — por favor me digam onde ela está...

  — isso eu não posso fazer, porém tenho uma lista de coisas para que você consiga para mim para que possamos chegar em um acordo. — ele disse tão tranquilo que a raiva já estava subindo na minha cabeça. — primeiro preciso de uma quantia em dinheiro. Em dinheiro vivo.

  — quanto? Eu lhe entrego tudo que eu puder, só soltem ela. — faltava alguns segundos para o tempo necessário e eu só precisava enrolar mais.

  — e também preciso que diga a frase "eu não me importo com Jennie Kim". — ele disse e eu olhei para ten, rosé e Jisoo pois já sabíamos do que se tratava.

  — chocolate. — jisoo disse baixo perto do telefone, baixo suficiente para que os homens achassem a palavra irrelevante.

  — eu não me importo com a Jennie. — disse e sorrio para a coreana baixinha ao meu lado.

  Olhei para o policial e vi ele concordando lentamente alegando que ia haviam conseguido o que queriam.

  — prepare a quantia em dinheiro, e venha ao local indicado sozinha, senão ela vai gostar de saber como é um incêndio.

Assim que o celular desligou os computadores simplesmente apagaram todos de uma vez, eu encarei os homens confusa e eles olharam tudo de forma assustado.

  — o que foi isso? O que está acontecendo?

  — eu acho que eles hakearam o sistema, senhorita Manoban.

  — eles já imaginavam que iríamos tentar rastrear a ligação... — jisoo disse baixo e então recebeu os braços de rosé em volta de seu pescoço, jisoo estava tão preocupada quanto e eu... Ela havia passado a noite chorando sendo acalmada por rosé e pela senhora Kim - que também havia chorado muito -  que pela primeira vez havia conseguido aceitar tomar um banho quente.

  — eu vou atrás dela. — vejo meu celular acender com a mensagem de um desconhecido e então subo as escadas correndo ouvindo a voz do meu irmão e do meu pai do andar debaixo. Analisei a quantia que eles pediam e então troquei de roupa.

Quando eu desci do meu quarto todos ficaram de pé, os policiais ainda estavam ali e tentaram me impedir de fazer aquilo mas era a única chance de eu conseguir salvar jennie, era a única chance de eu ter ela perto de mim novamente e eu faria tudo para ter isso, daria até mesmo a mim para isso.

  — Lalisa... — minha mãe falou.

  — eu vou. Eu só preciso do dinheiro, pai.

   — tem certeza, lisa? — ele perguntou preocupado e eu concordei. — irei trazer, me espere aqui e não saia antes que eu volte.

Eu vi minha mãe se aproximar preocupada, ela levou as mãos até meu rosto e então me abraçou apertado

  — não faça nenhuma besteira, Lisa, volte bem e junto com ela.

  — eu tentarei.

my (fake) brideOnde histórias criam vida. Descubra agora