21: jovens

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NORA.

Me sentei na poltrona vermelha daquele café e suspirei fundo algumas vezes enquanto prestava bastante atenção nas pessoas que passavam pela enorme janela de vidro do lugar, depois que lisa deixou bem claro que me queria longe dela e de Jennie eu fiquei me questionando o que havia acontecido todo esse tempo que estive fora. Lisa noivou e agora nem ao menos me quer por perto, como se eu fosse um enorme problema no relacionamento dela. Pensando bem se eu tivesse dito sim ao pedido de casamento dela quando ela foi atrás de mim essa coreana selvagem não havia entrado na vida de lisa.

Lisa estava de joelhos no corredor do meu hotel enquanto eu usava apenas um roupão e olhava para a caixinha com o anel de diamante que a mesma segurava. Seus olhos estavam presos em meu rosto e por deus como eu queria que ela não tivesse chegado aquela hora.

  — então...? — lisa perguntou e eu sorri amarelo sem saber o que dizer.

  — lisa eu... — minha voz falhou e eu a vi ficar tensa.

  — Nora... — o homem no final do corredor segurava um buquê de rosas enquanto encarava a Lisa com uma feição confusa.

  — quem é esse? — lisa se levantou e fechou a caixinha.

  — acho que vamos precisar conversar. — falei olhando de um para o outro. 

Lisa me entregou a caixinha com o anel naquele dia, e depois disso nunca mais eu a vi. Eu dei esse tempo para que ela pudesse pensar e para que eu pudesse me resolver com todas as minhas coisas para que eu pudesse voltar para ficar com ela, mas pelo visto ela seguiu em frente muito bem com qualquer uma que ela encontrou sabe se Deus onde.

  — o que você quer comigo? Pensei que eu tivesse deixado bem claro que eu nunca mais queria olhar na sua cara depois do que você fez. — o homem engravatado se sentou a minha frente aparentemente já sem muita paciência, olhei para sua mão e vi o anel de casamento.

  — você casou? Por deus o que deu em todo mundo. — digo um pouco insatisfeita com aquela informação e então tomo mais do meu café. 

  — não só me casei com uma mulher incrível como estamos esperando nosso segundo bebê, e você não vai atrapalhar isso, eu estou bem feliz, como nunca fui com você. — ele disse afiado e então eu deixei a xícara na mesinha.

  — não precisa vir com facas na minha direção, nós nunca tivemos um compromisso de verdade, você se iludiu comigo.

   — eu me iludi? — ele riu irônico. — não era eu que ficava falando do futuro todas as vezes que ficávamos.

  — por que está tão bravo?

  — você me deixa irritado, eu fiz de tudo por você e mesmo assim você magoou a mim e aquela senhorita que ficou disposta estar de joelhos por você. — seus olhos fitaram meu rosto e eu sabia que naquele momento se ele pudesse ele já teria me xingando.

  — ela está noiva agora. — falo olhando para o líquido quente na xícara em cima da mesinha.

  — eu aposto que ela está feliz.

  — ela vai ser feliz quando estiver comigo. — digo ainda perdida em admirar o ar quente que saía da xícara.

  — ela não vai ser feliz se estiver ao seu lado.

  — sim, ela vai.

  — por que me chamou aqui?

  — você tem um amigo que é investigador particular, não é?

  — sim...

  — quero o contato dele.

  — eu não vou te dar, eu sei muito bem para o que você quer isso e eu jamais ajudaria você a acabar com a vida dessa moça.

  — eu acho bom você me dar esse contato. — peguei a pasta de dentro da bolsa e mostro a foto do garotinho com uma mochila nas costas enquanto andava de mãos dadas com a mulher que eu supôs ser a mãe.

  — você não seria maluca de por um dedo no cabelo do meu filho. — diz raivoso e eu rio irônica.

  — eu não vou fazer nada, está certo... Mas meus amigos eu já não sei.

  — você é maluca.

  — me passa o número e eu prometo que jogo essas fotos no fogo e esqueço da existência da sua família.

*****

LISA.

eu estava jogada no sofá de casa enquanto Jennie estava deitada sobre mim aproveitando o carinho que eu fazia nela, estávamos cansadas demais para fazermos qualquer coisa que havíamos dito que faríamos. Porém amanhã mesmo eu começaria com meu plano de mostrar tudo que eu acho que ela vai gostar, eu quero ver o sorriso no rosto dela, eu quero saber que eu sou o motivo daquele sorriso.

  — o que tanto pensa? — Jennie apoiou o queixo na minha barriga e então me encarou.

  — que você precisa provar meus dotes culinários. — falei divertida e ela fez uma careta. — ei? Eu moro sozinha, eu sei muito bem cozinhar ótimas refeições.

  — você deve viver de miojo, isso sim.

  — eu como miojo sim, porém eu não como só isso, eu faço comidas deliciosas.

  — e é só cozinhando que você é boa?

  — o que está insinuando, senhorita Kim?

  — eu? Nada... — Jennie subiu mais um pouco e aproximou seu rosto do meu, eu já podia sentir sua respiração batendo contra meu rosto e eu adorava a sensação que era ter Jennie tão próxima a mim daquela forma..  eu poderia me acostumar com isso, mas eu não sabia se eu realmente deveria me acostumar, e se ela no fim de tudo não me quisesse.

  — eu sou ótima em muitas coisas... — sussurro e vejo seus olhos irem até minha boca. Naquele momento todo meu sonho havia voltado a minha cabeça, ter Jennie tão perto com seu corpo tão grudado ao meu era minha perdição, aquela mulher era a minha perdição ou minha salvação e eu ainda não tinha certeza qual era a verdade.

— e eu deveria concordar com o que você diz? — ela falou baixinho e então beijou meu pescoço tão devagar que eu já conseguia sentir todo meu corpo reagindo ao seu lábios na minha pele.

  — eu acho que deveria sim... Porém, eu acho melhor que eu te mostre, assim você teria certeza do que eu digo. — segurei na sua nuca e enrolei meus dedos em seus fios enquanto colava meus lábios aos lábios dela sabendo exatamente onde aquele caminho nos levaria.

Subi minha mão pela cintura dela durante o beijo, Jennie não se contentou apenas com isso e então senti sua mão por cima da minha levando para cima dos seus seios me dando liberdade para fazer o que eu queria.

  — estamos sozinhas... Podemos... Não é? — ela sussurou olhando nos meus olhos e então eu concordei rápido.

Eu não demorei a voltar a beijar Jennie, eu estava ansiando por aquele momento e seria bom demais para ser verdade, eu já estava pronta para tirar seu sutiã quando o barulho de alguém abrindo a porta me fez ficar atenta demais, porém Jennie parecia não ter ouvido.

  — ouviu isso? — perguntei e ela negou.

  Desci os beijos até o pescoço dela tentando evitar o máximo o que eu havia ouvido, e antes que eu mesmo esperava ouvi a voz do meu irmão dizendo:

  — meu jesus, Lalisa! — Jennie saiu de cima de mim e encarei meu irmão.

  — eu acho que deveríamos ter vindo outra hora. — o senhor hyuk disse olhando para nós e depois para Ten.

  — o que... O que vieram fazer? Pensei que iam visitar a fábrica. — falei ainda meio ofegante e ajeitei minha blusa.

  — viemos buscar uma papelada antes de irmos... Desculpa, meninas.

  — sem problemas. — Jennie disse com as bochechas vermelhas e então de levantou. — com licença.

Jennie beijou a minha bochecha e então subiu as escadas, provavelmente indo até o quarto.

  — ótima hora, irmãozinho. — falei dando um tapa no ombro dele.

  — jovens... — ouvi hyuk falar enquanto eu seguia o mesmo caminho que jennie.

my (fake) brideOnde histórias criam vida. Descubra agora