Forty Six

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Assim que Harry toca a campainha, eles ouvem passos de dentro da casa quando a porta se abre. "Quem é Você?" uma mulher de meia-idade pergunta com um forte sotaque sulista. Ela está vestindo uma camisola cor de esmeralda, e ela tem algumas mechas grisalhas em seu cabelo castanho. “Se você gostaria de falar com meu marido, você vai precisar de um compromisso!”

"Não há necessidade disso, senhora", diz Harry. “Nós somos, er, detetives. Da Inglaterra — ele acrescenta. — Viemos perguntar sobre Agnes Milridge. Acredito que ela seja sua sobrinha, certo?

A mulher parece que gostaria de bater a porta na cara de Harry. Mas ela se contém. "Agnes", ela murmura, "não está mais conosco, eu temo."

Voldemort não consegue resistir a dizer: “Sim. Porque você a matou, não foi?

A carranca da mulher se aprofunda. "Nós. Não. Fizemos. Não desta maneira— ela sussurra. “Ela era uma praga para nossa família, uma – uma maldição. Ela deveria ter ficado com a mãe na Inglaterra! Por que diabos ela veio nos visitar? Ela nos amaldiçoou com sua própria presença!”

“Sabe, senhora,” Harry interrompe, lançando um olhar raivoso para Voldemort, “Nós achamos – nós achamos que Agnes estava com algum problema. Nós realmente gostaríamos de saber tudo o que há para saber sobre ela.”

"Dificuldade?" ela repete, seu nariz enrugando.


"Sim. Problemas – problemas no internato dela, na Escócia,” Harry acrescenta. “Se você pudesse nos dizer alguma coisa sobre ela, isso ajudaria em nossa investigação.”

"Tudo bem", diz ela com relutância. "Entre."

___

A mulher, que acaba por ser uma Sra. Gladys Turner - tia materna de Agnes Milridge - leva-os a uma sala vazia. É escassamente mobiliado, mesmo dada a aparente opulência da casa. 

"Nós passamos pelo inferno e voltamos", diz a Sra. Turner, balançando a cabeça. “Desde que aquela garota nos deixou.”

“Então você quer dizer... er. Ela não foi... assassinada? Harry pergunta, espalhando as mãos no sofá cor de pervinca.

“Não,” a Sra. Turner diz, seus olhos escuros brilhando intensamente. “Eu não acho que ela foi assassinada. Pelo menos, não a matamos.”

Voldemort e Harry trocam um olhar. "Conte-nos o que aconteceu, quando Agnes veio aqui para visitá-lo", diz Harry.

A Sra. Turner se recosta. “Era a noite de Halloween de 2094. Quatro anos atrás”, diz ela. “Foi quando ela voltou para casa. De volta para nós. Você vê, nós sabíamos o que Agnes era,” a Sra. Turner diz com um pouco de desgosto. “Esse... tipo de bruxo. Há muitos desses por aqui,” ela diz, torcendo o nariz arrebitado. “Agnes foi criada pela mãe, minha irmã, na Inglaterra, mas passava os verões aqui, em Nova Orleans, conosco. Sua mãe estava no exército, sempre pulando de um lugar para outro, então Agnes precisava de um lugar para ficar. Ela nunca gostou muito de nós, crescendo, e o sentimento era mútuo.”

"O que você quer dizer?" Voldemort pergunta.

"Ela fazia truques, quando criança", diz a Sra. Turner, empalidecendo um pouco. “Use ela... feitiçaria ... para fazer as coisas na casa quebrarem. Ou quebrar coisas na igreja. Uma vez, ela incendiou uma Bíblia!” Ela estremeceu. “Que maneiras horríveis. E foi assim que ela retribuiu minha gentileza!”

Let's Cross Over • TomarryOnde histórias criam vida. Descubra agora