Harry acorda sentindo como se estivesse coberto de calor, envolto nos braços de Tom, pressionado contra seu peito. A luz do sol entra pelas janelas de seu quarto, e ele semicerra os olhos, pegando os óculos no criado-mudo. Há uma dor surda em seu traseiro, e ele faz uma careta de dor, usando um Episkey em si mesmo que alivia um pouco. Ele se desvencilha das mãos de Tom e desce as escadas para beber água e esticar as pernas.
Ainda é bem cedo pela manhã e ele pode ouvir os pássaros cantando lá fora, o ar cheio de suas canções. Ele se sente inexplicavelmente feliz e contente sempre que pensa em Tom. Ele quer voltar para cima – quer abraçar Tom, quer dar um beijo de bom dia nele –
Quando Harry esbarra em Edward Potter a caminho do corredor.
"Olá, Harry," Edward diz, e sua voz soa áspera e cansada. "Como você está hoje?"
"Tudo bem", diz Harry, e sorri. "Hum, muito bom, na verdade."
"Fico feliz em ouvir isso", Edward responde com tristeza. Ele parece... exausto, por algum motivo. Não, não esgotado. Ele parece estar andando na ponta dos pés em torno de alguma coisa, como se estivesse pisando em ovos. Todo o seu tom e comportamento gritam 'cuidado excessivo'. "Eu sei que hoje é um dia difícil para você, mas estou muito feliz por você ter superado Ginny. Helen e eu estamos felizes por você.
Estou muito feliz por você ter superado Ginny.
As palavras de Edward ecoam em seu crânio, chocalhando ao redor.
Porque. Porque eles não fazem sentido .
Mudou-se de Ginny?
Quem disse que ele superou Ginny?
"Bem," Edward diz, colocando sua mão em volta do ombro de Harry, "Vai ficar mais fácil, Harry, lidar com a perda. Novos relacionamentos e novos amores podem definitivamente aliviar a dor, como tenho certeza de que você sabe."
Ele dá um último aperto no ombro de Harry. "Estou feliz por você," Edward termina, e acena para Harry um pouco sem jeito antes de caminhar pelo corredor.
E Harry fica lá, parado. Em estado de choque.
Edward tinha dito, eu sei que hoje é um dia difícil para você.
Harry sai correndo, verificando o calendário que está pendurado na cozinha.
A data é 27 de dezembro de 2100.
A respiração de Harry fica presa na garganta. Não .
Porque em 27 de dezembro de 2078, Ginny morreu em St. Mungus, segurando a mão de Harry.
A cabeça de Harry gira. Hoje era o aniversário da morte de Ginny. Foi um dia sombrio para ele todos os anos desde então.
Gina.
Gina .
Quanto tempo se passou desde que Harry pensou nela?
Não.
Ele lembra como se fosse ontem – lembra de segurar a mão de Ginny, tão frágil, tão delicada. Lembra de se agarrar a ela.
Ela morreu de insuficiência renal. O tratamento de diálise não funcionou como planejado. Nem mesmo a magia poderia salvá-la, para sempre.
Ela tinha noventa e sete anos. Mesmo que a diálise funcionasse, não a teria detido por mais um ano, ou dois.
A morte era cruel, na medida em que não poupava ninguém.
E no final, ela nem era Ginny. Ela mal estava lúcida com a dor – uma velha com pele enrugada, cabelos grisalhos e olhos opacos. Há muito se foram os cabelos ruivos e os olhos brilhantes da garota por quem ele se apaixonou.
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Let's Cross Over • Tomarry
Fanfiction[Concluída] "Harry, por favor," Death diz suplicante. "Você ainda nem ouviu a punição completa." "Oh? Tem mais?" "Tom Riddle ficará sob sua custódia por cinco anos," Death termina. "Cinco anos é o tempo que o Destino considerou que você deveria ser...