Let's Cross Over • Tomarry

One Hundred and Nineteen

Voldemort não consegue parar de sorrir.

Porque é ela . É Delphini. Ele tem certeza disso.

A semelhança física é quase incrível. Ela tem o cabelo escuro e encaracolado dele, as maçãs do rosto salientes e o nariz de botão. Quando ela sorri maldosamente para ele, no entanto, é inteiramente o sorriso de Bellatrix. Selvagem, com um toque de loucura que é tão típico de sua mãe.

Mas os olhos de Delphini não são cor de chocolate como os dele. Eles são um escarlate ardente e penetrante. Assim como seus olhos eram, enquanto ele tinha seu poder máximo com a magia negra.

Então ela também criou horcruxes, pensa Voldemort, sorrindo. E Merlim. Ela é perfeita. Ela é tudo o que Voldemort queria que ela fosse e muito mais.

Este é o seu legado. Seu – seu orgulho. Sua filha .

Voldemort sente como se pudesse chorar de felicidade.

"Eu pensei que você estava morto", diz ele, com a voz embargada. "Eu - eu pensei que você tivesse morrido em um incêndio."

Harry disse a ele, cinco anos atrás, que Delphini morreu décadas atrás enquanto ateava fogo em uma igreja trouxa. Voldemort havia perdido as esperanças depois disso. Ele havia perdido a esperança de que ela tivesse sobrevivido.

Delphini zomba dele. Certo. Ela ainda não sabe quem ele é. Ela acha que ele é Harry Potter, mesmo que Voldemort esteja fazendo um péssimo trabalho se passando por ele.

"Claro que não morri ", ela cospe, como se a ideia da morte fosse nojenta. "Eu transformei a mulher que me criou, Euphemia Rowle, em mim, e a impulsionei a cometer um incêndio criminoso em uma igreja trouxa. Quando ela morreu nas chamas, os aurores pensaram que o cadáver dela era eu. Delphini ri, e isso o lembra tão claramente da gargalhada de Bellatrix que o deixa arrepiado. "Eu sabia que os Aurores sempre tentariam me encontrar. Eu praticamente tinha um alvo nas costas, pela minha herança." Ela funga, jogando o cabelo sobre o ombro. "Ao fingir minha morte, matei dois coelhos com uma cajadada só. Pude viver uma vida nas sombras e me livrei da mulher intrometida que me criou e que poderia ter revelado meus segredos."

"Inteligente", murmura Voldemort. "Você é tão inteligente."

Há tantas coisas que ele quer dizer. Ele quer - talvez até se desculpar, por não estar presente na infância dela. Por não cuidar dela, como tem cuidado de Adelaide, numa espécie de tentativa equivocada de cumprir seus deveres de pai. Ele quer parabenizá-la por tudo o que ela realizou. Por seus objetivos e pelo que ela conquistou até agora. Ele – ele meio que quer abraçá-la. Pode ser. Ele nunca conheceu seu pai, enquanto ele estava vivo. Ele nunca demonstrou afeto quando criança. Mas Voldemort quer mostrar afeição por Delphini agora, já que ele nunca teve a oportunidade de fazer isso antes.

Delphini . Merlin, sua mente mal consegue entender isso. Delphini está – está viva , e ela está aqui, agora. Ela é a dona desta organização. Ela é tudo o que ele sempre quis em uma filha. Tudo o que ele queria, em um legado.

"Você se saiu muito bem", diz Voldemort, com a voz um pouco trêmula. "Considerando que você não teve nenhuma orientação."

E isso é o mais notável. Ela puxou a ele, de muitas maneiras, e ela nunca o conheceu .

Bem, o sangue dele corre nas veias dela. Não é à toa que são tão parecidos.

Delphini levanta uma varinha de nogueira que Voldemort poderia apostar que tem um núcleo de coração de dragão. Assim como Bellatrix fez. " Incarceroso!" ela grita, amarrando-o em cordas grossas. E com outro movimento de sua varinha, ela Estupeface Lysander e Azalea.