Fifth Three

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Ela está furiosa. Além do consolo.

Primeiro, Cecília. Então Darina.

E agora, Agnes.

Agnes.

Ela fica furiosa, mas não demonstra. Nem sente.

"Isso é tudo?" ela pergunta a seu servo, entediada, de onde ela está sentada em cima de seu trono de esqueletos.

Seu servo mascarado diz: "Sim, minha senhora", e rasteja diante dela. Patético. É ao mesmo tempo lisonjeiro e repugnante o modo como eles a adoram.

Já faz um tempo desde que ela teve um seguidor que teve uma espinha.

A força está nos números. Ela passou muito tempo acumulando seguidores suficientes para que até mesmo um punhado de suas mortes fosse inconsequente.

O único problema é que cada um deles é bastante inútil, por conta própria. Eles precisam dela para guiá-los. Eles precisam de direção. Supervisão.

São armaduras vazias. Ela é quem os torna soldados, na verdade.

Ela enrola a mão em um punho. Oleiro. Sua assinatura mágica, tão parecida com a de seu próprio pai, sangrou através da tatuagem desbotada de Agnes quando ele a tocou.

Foi ele quem empurrou Agnes para engolir a língua. Quem também empurrou Cecilia e quem matou Darina.

Ele vai pagar pelo que fez. Sua contraparte, também, quem quer que seja.

Harry está tentando encontrá-la, mas ele não tem pistas agora. Ela sorri.

Ela vai se vingar de Potter, mas é paciente. Ela tem que esperar seu tempo.

Ela tem que esperar, só mais um pouco, e logo, ela vai ressuscitar.
___

"A tatuagem simplesmente desapareceu", diz Harry, cruzando os braços sobre o peito. "É a coisa mais estranha, 'Mione."

Ele está de pé na sala de pijama, conversando com o retrato de Hermione. São duas da manhã, e Voldemort está dormindo profundamente no sofá ao lado dele, Plutão enrolado em seu peito.

"E você tem um gato", diz ela, um pouco incrédula. "Ela é bem fofa. Me lembra Crooks."

"Eu realmente não queria ficar com ela," Harry confessa, passando a mão pelo cabelo. "Quero dizer, Riddle sugeriu isso."

Hermione está dando a ele um daqueles olhares. Um daqueles estranhamente penetrantes. "Harry."

"Eu sei", ele suspira. "Eu sei. Mas está tudo sob controle."

"Não. Você não sabe se está," ela estala. "Esta é sua casa, suas regras! Você é quem manda aqui, Harry. Se você começar a dar liberdade a ele, isso abre um precedente perigoso! Ele vai empurrar e empurrar e ver o quanto ele pode se safar!"

"Qual é o mal nisso?" ele pergunta defensivamente. "É só um gato."

"Hoje, ele te convenceu a ficar com o gato. Quem sabe o que ele vai pedir amanhã?" Hermione sibila. "Ele está jogando com você, Harry. Esperando por uma oportunidade, esperando por uma abertura...

Let's Cross Over • TomarryOnde histórias criam vida. Descubra agora