Capítulo 47°

807 56 60
                                    

Dulce maria

A idéia do jantar com o sr. González havia me pegado totalmente de surpresa, apesar de achar estranho e suspeito ele querer falar sobre trabalho em um ambiente assim eu tive que pagar para ver, afinal um contrato com a sua empresa seria algo fundamental para mim ainda mas nesse momento em que algumas situações estavam acontecendo.

Porém a surpresa maior foi encontrar Christopher aqui indo jantar com outra mulher, a raiva havia tomado conta de mim ao ve-lo acompanhado daquela forma, eu não sabia ao certo o que estava acontecendo, mas só sei que odiei passar por toda aquela cena, ainda mais quando ele resolveu bancar o namorado ciumento.

Sr. González: Dulce está tudo bem? - Perguntou ele ao ver o quanto eu estava pensativa.- Eu estou aqui falando com você.

Dul: Ah me desculpe sr. González, eu estou só pensando no meu trabalho, aconteceu tanta coisa por lá hoje.

Sr. González: Pode me chamar de Leonardo. - Disse ele sorrindo, assenti concordando.- Eu pensei que você estivesse ficado brava por ver o seu funcionário acompanhado por aquela mulher quando estavamos chegando.

Dul: O que? Por que eu estaria brava? Isso não o menor sentido, as coisas que os meus funcionários fazem fora da empresa não me interessam. - Digo tentando parecer indiferente mesmo com a raiva me consumindo por dentro.-

Sr. González: Ficou um clima tenso entre vocês, achei estranho. - Comentou ele desconfiado, será que tudo era tão evidente assim? Não podia ser.-

Dul: Vamos falar sobre o contrato? - Perguntei dando um gole no meu vinho.- Você prefere ler agora para acabarmos logo isso?

Sr. González: Mas qual é a pressa Dulce? Acabamos de chegar, vamos jantar e nos conhecer melhor antes de falar sobre o trabalho. - Sugeriu ele abrindo um sorriso.-

Dul: Nos conhecer melhor? Me desculpe sr. González mas eu não vi aqui para isso, afinal estamos em um jantar de trabalho.

Sr. González: Você acha que eu te convidaria para o seu restaurante favorito para falar de trabalho Dulce? Eu sempre quis uma oportunidade de sair com você. - Disse ele colocando a mão sobre a minha, a tirei rapidamente.-

Dul: O senhor só pode estar de brincadeira não é? Acha que isso daqui é um encontro? Um jantar romântico? - Perguntei lhe oferecendo um sorriso sarcástico.-

Sr. González: Não me leve a mal Dulce, eu sempre te admirei e não via a hora de conseguir uma oportunidade de te conhecer melhor, sabe eu acho que temos muito em comum, e unindo as nossas empresas e as nossas vidas obviamente seremos um sucesso. - Disse ele sorrindo de forma convencida enquanto levantava a sua taça de vinho.-

Dul: Acontece meu querido que eu já sou um sucesso sozinha, e se o senhor acha que essa palhaçada aqui é um encontro romântico você está muito enganado. Acha mesmo que eu sou mulher de perder tempo? - Perguntei irritada, ele sorriu me encarando.-

Sr. González: Óbvio que não, por isso você está aqui, pense comigo Dulce eu posso ser útil para você ser ainda mais reconhecida profissionalmente, eu sou um homem influente, inteligente e genial.

Dul: E também é um homem extremamente convencido, mesquinho e machista. - Ele me encarou surpreso.- Olha bem para mim e veja tudo que eu conquistei e tive que passar para chegar até aqui, e o senhor acha mesmo que eu preciso da vossa pessoa para alguma coisa? Não se ache tanto sr. González pois as mulheres hoje em dia dominam o mundo muito bem sozinhas.

Sr. González: Não foi isso que eu quis dizer Dulce, eu concordo plenamente com você, eu só acho que juntos poderiamos ser um sucesso ainda maior, você é uma profissional reconhecida por todos Dulce e eu também sou, por isso podemos unir as nossas forças e juntos sermos um só. Você sabe que uma mulher que tem um marido que possa a orientar se sai muito melhor não é? Isso é o que dizem.

Dul: Em primeiro lugar eu jamais me uniria a você nem para abrir uma banca de revistas se fosse preciso, e em segundo lugar eu nunca precisei de ninguém e muito menos de um homem me dizendo o que eu tenho ou não tenho que fazer para conseguir construir o meu império pois eu fiz nascer essa Dulce maria forte e independente que todos conhecem e admiram. E em terceiro lugar sr. González... - Digo me levantando.- Vá para o inferno com o seu pensamento machista e antiquado - Pego a minha taça de vinho jogando todo o liquido na sua cara.- Dizem que o vinho faz bem para cara de pau.-

Passo por ele saindo dali feito um furacão, eu estava muito irritada e um tanto frustada por perceber que muitos ainda pensavam como ele, eu não podia mudar o mundo ou o pensamento de todas as pessoas, porém que cruzasse o meu caminho iria saber que comigo não se brinca.

Ucker: Dulce? - Ouvi Christopher me chamar, me virei e pisquei surpresa ao ve-lo ali sentado na calçada do restaurante.-

Dul: Christopher? O que está fazendo aqui? Pensei que estivesse muito bem acompanhado. - Digo irônicamente, ele coçou a nuca de forma nervosa e me encarou.-

Ucker: Eu queria te dar uma explicação sobre o que aconteceu agora há pouco, por isso fiquei aqui te esperando.

Dul: Você não tem que me explicar nada Christopher ok? Eu estou exausta, só quero ir para casa e ir dormir.

Ucker: Como foi o jantar? - Perguntou ele de forma insegura, suspirei passando a mão pelos cabelos.-

Dul: Foi um desastre, Leonardo González é um grande idiota, ele realmente tinha segundas intenções. - Digo irritada, ele me encarou por alguns instantes.-

Ucker: Mas é óbvio Dulce, eu te avisei, que homem iria querer falar sobre trabalho fora do local de trabalho? - Perguntou ele como se fosse óbvio.-

Dul: Acontece que todos conhecem o meu caráter e a minha índole, todos imaginam que eu jamais iria aceitar um jantar assim como um futuro investidor se não fosse pelo trabalho. Eu não sou uma qualquer Christopher, e não sou capaz de ceder a coisas para conseguir benefícios profissionais.

Ucker: Eu sei disso Dulce, você uma mulher única, especial e maravilhosa, e você nem imagina o quanto eu estou arrependido pelo meu comportamento dessa noite. Por isso eu quero conversar com você e te explicar tudo, por favor me dê essa oportunidade. - Pediu ele com aquele lindos olhos suplicantes que me deixam desnorteada.-

Dul: Vamos para a minha casa e lá conversamos. - Digo de forma ríspida e dura, ele assentiu concordando. O caminho todo foi um silêncio total, ele não havia dito mais nenhuma palavra e eu também não. Mas no fundo eu estava um tanto curiosa para ouvir as suas explicações.-

{Continuo? Será que essa conversa irá dá certo? 👀}

Alta tensão (FINALIZADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora