Rhysand era um Grão-senhor, Amélia era apenas uma garota de 17 anos quando o conheceu, quando o Grão-senhor mais poderoso apareceu ferido na porta de sua casa.
Ele precisava da ajuda da avó de Amélia, precisava que ela fizesse um feitiço em uma esp...
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Amélia
Já fazia algum tempo que tínhamos terminado de almoçar, já tinha ajudado a minha avó a arrumar as coisas do almoço e agora estávamos todos nós sentados na sala. Durante todo o almoço não falamos sobre a espada ou sobre guerra, minha avó apenas perguntou sobre como tinha sido nosso dia na escola e como tinha sido a prova. Rhysand ficou calado em boa parte do almoço, mas sabia que ele estava atento a nossa conversa.
Eu sequer tive tempo de me sentar direito no braço da poltrona onde Max estava sentado, antes de Rhysand virar o rosto em minha direção e perguntar:
— Então, você já decidiu? — ele erguer as sobrancelhas. — Você irá me ajudar?
Eu umideci meus lábios, colocando um sorriso fraco em meu rosto, logo em seguida jogando os meus cabelos loiros para de trás do meu ombro.
— Bom, depende de quanto você irá nos pagar para eu fazer tal coisa. E depende da nossa segurança, você tem certeza de que minha avó estará segura? — perguntei. Rhysand puxou o ar para os seus pulmões, arrumando a sua postura. — Porque eu não irei lhe ajudar se isso significar colocar a vida da minha avó em risco.
O Grão-senhor ficou me analisando por longos segundos, mas por alguma razão ele pareceu me compreender, pareceu entender os motivos para eu estar tão preocupada com a minha avó. Ela era a única família que ainda me restava. Eu nunca conheci meu pai biológico e nem a minha mãe, que me abandonou quando eu tinha apenas oito meses de vida e deixou uma carta pedindo perdão e não explicou o porquê fez isso com a minha avó e eu.
Eu daria a minha vida em troca da vida de minha avó, e eu não me importo com essa Guerra, uma Guerra que nem é minha. Sim, eu sei que Guerras não são coisas boas, sei que muitas pessoas sofrem todos os dias, pessoas inocentes perdem a vida, suas casas e familiares. Mas o que eu posso fazer? não sou uma super heroína, eu nem moro em Prythian. E pode ser um grande egoísmo da minha parte, mas entre a vida da minha avó e a vida de milhares de pessoas desconhecidas, eu escolheria a minha avó.
— Posso lhe garantir que a quantia de dinheiro será alta. — Rhysand falou. — Também posso garantir que a sua avó estará segura. Ninguém de Hybern chegará perto de nenhuma de vocês duas. Eujuro para você, Amélia.
Meus olhos ficaram fixos no de Rhysand por muitos segundos, eu até esqueci que Max e minha avó estavam presentes na sala. Mas como eu poderia evitar? Era quase que impossível não se perder na beleza dos olhos de Rhysand, nos olhos que pareciam carregar a galáxia inteira neles. Do mais lindo tom de violeta. Talvez eu tivesse achando seus olhos lindos pelo fato da minha cor favorita ser roxo, mas eu não me importava. Seus olhos eram lindos, e eu poderia ficar olhando para eles para sempre.
