Rhysand era um Grão-senhor, Amélia era apenas uma garota de 17 anos quando o conheceu, quando o Grão-senhor mais poderoso apareceu ferido na porta de sua casa.
Ele precisava da ajuda da avó de Amélia, precisava que ela fizesse um feitiço em uma esp...
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Amélia
4anos depois.
A Perda.
As pessoas falam que a perda é uma das piores dores e um dos piores sentimentos do mundo, eu não fazia ideia do que elas queriam dizer quando falavam isso, não sabia quanto forte e doloroso esse sentimento poderia ser, até porque nunca tinha sentido isso antes.
Bom, não tinha... Até dois meses atrás, quando eu perdi a pessoa que eu mais amava no mundo, a pessoa que sempre cuidou de mim e sempre esteve ao meu lado. Minha avó, Célia.
Um ano atrás minha avó descobriu que estava com câncer, começamos o tratamento, ela até estava melhor, tínhamos esperança de que ela ficaria bem. Mas dois meses atrás ela piorou, e então ficou duas semanas internada, e faleceu. Eu não achei que era tão doloroso perder alguém, mas agora eu entendo, entendo o que é perder a vontade de comer, de querer sair, de querer apenas ficar sozinha no seu canto, chorando, chorando e chorando. Todas essas coisas aconteceram comigo nas primeiras semanas depois que minha avó morreu, eu não conseguia comer e nem fazer nada, Max ficava comigo dia e noite, dormia abraçado comigo e tentava me animar.
Ainda é muito doloroso saber que ela não está mais aqui, saber que ela não irá mais voltar, mas eu sei que com o passar dos dias essa dor vai se aliviando, mas eu também sei que a dor nunca vai embora por completo.
Foi difícil me acostumar sem ter ela aqui, sem escutar sua risada ou sua voz. O apartamento ficou completamente vazio sem ela, e a cada noite eu sentia mais saudades dela, principalmente de ter ela acariciando meus cabelos loiros. Eu precisei de duas semanas para começar a voltar minha rotina diária, para voltar a estudar e a sair de casa. Não foram semanas fáceis, e ainda não está sendo fácil.
— Você não precisa fazer isso agora, Amélia. — Max falou, ao meu lado no elevador do meu apartamento. — Ainda é tudo muito recente, você pode esperar mais alguns meses pra fazer isso.
Balancei a cabeça negativamente, os braços cruzados enquanto segurava um livro contra meu peito.
— Eu sei que é recente, Max. Mas se eu não fizer isso agora, não irei conseguir seguir em frente. Porque toda vez que eu passo pelo corredor e vejo seu quarto, eu sinto uma saudade enorme e eu sempre começo a chorar e passo o resto do dia pensando nisso. — falei, dando passos para fora do elevador quando a porta de metal se abriu. — Eu amo a minha avó, mas já se passaram dois meses e eu preciso continuar a minha vida e os meus estudos. Porque eu sei que seria isso que ela iria querer de mim, preciso fazer isso por ela, Max. Pela minha avó. Pela pessoa que sempre me apoiou e esteve ao meu lado, a mulher que me ensinou a ser forte e corajosa.
Max vinha logo atrás de mim, caminhando comigo em direção da porta de meu apartamento no final do corredor. Enquanto andávamos eu tentava pegar as chaves em minha bolsa, quando eu consegui pegar ela já estávamos em frente da porta.