Rhysand era um Grão-senhor, Amélia era apenas uma garota de 17 anos quando o conheceu, quando o Grão-senhor mais poderoso apareceu ferido na porta de sua casa.
Ele precisava da ajuda da avó de Amélia, precisava que ela fizesse um feitiço em uma esp...
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Rhysand
— Vou precisar de você para que ajude Helion na Corte Diurna, fique de olho na cratera e se houver qualquer mudança drástica me envie uma carta falando sobre elas. — falei a Azriel, ele estava sentado na cadeira a minha frente, a mesa de madeira com milhares de papéis nos mantendo afastados. — E... também cuide de Amélia e garanta que Nestha não irá ficar implicando com ela. — Azriel assentiu, permanecendo.— Imagino que a última coisa não será difícil para você. — murmurrei sem pensar direito antes de falar aquilo.
Não estava planejando dizer aquilo, apenas escapou de meus lábios e eu não consegui me segurar. Quando menos percebi as palavras já haviam saído.
Azriel franziu o cenho em minha direção, cruzando os braços logo em seguida.
— Não faço ideia do que você quer dizer com isso, mas sim, não será algo difícil de fazer. — ele sorriu fraco em minha direção. — Cuidarei de Amélia, não se preocupe. — Azriel deu de ombros, como se não fosse nada demais. — Mas, o que mais em deixa intrigado é toda essa sua preocupação com a ela. Por que você se preocupa tanto com a Amélia, Rhys?
Azriel perguntou, seus olhos avelãs me avaliavam de uma forma intrigada, esperando pela minha resposta. Semicerrei os olhos em direção de meu irmão, franzindo o cenho para ele.
— Amélia já passou por muita coisa, Az. E tenho medo das alucinações dela voltarem e eu não estiver aqui, mesmo que ela esteja treinando agora, há uma possibilidade de voltarem. — falei, soltando um suspiro. — E, ela é minha amiga, é tão estranho assim eu me preocupar?
Azriel permaneceu me olhando, até que ergueu as sobrancelhas e suspirou de forma cansada.
— Não é estranho você se preocupar, mas... Eu vi o jeito que você olhou ela hoje no café da manhã.
Eu arrumei minha postura na cadeira, franzindo o cenho para ele, perguntando silenciosamente o que ele queria dizer com aquilo.
— De que jeito? — perguntei, colocando os braços sobre a mesa, esperando que ele me respondesse.
Azriel me analisou, não respondeu a minha pergunta e ficou em completo silêncio por longos segundos. Ele era bom em decifrar as pessoas, e mesmo que eu não tivesse nada a esconder, tentei me manter firme e calmo.
Ergui minhas sobrancelhas em sua direção, indicando para que ele continuasse a falar.
— Você a olha com admiração, não faço ideia do porque, talvez porque ela seja jovem e tenha uma vida inteira pela frente e talvez isso te lembre a... — Azriel parou de falar, não conseguindo dizer seu nome em voz alta, mas ele não precisava continuar. Eu sabia exatamente de quem ele estava falando.
