capítulo 09

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Amélia

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Amélia

Não pensar na carta que minha mãe deixou para minha avó foi uma tarefa difícil. Já havia se passado dois dias desde que li a carta, e tudo que eu conseguia pensar era nela, naquelas palavras que escondiam mais coisas do que eu poderia imaginar. Depois que eu cresci, a vontade de conhecer meu pai foi embora, eu parei de desejar conhecer ele, mas agora depois de ler aquela carta, algo adormecido em mim se acendeu.

Era como se eu soubesse que a minha história ainda tinha muitas coisas escondidas, algo envolvido com o meu pai. Eu não sei nada sobre ele, não sei de onde ele era, qual era seu nome, nada. E agora dois dias depois de ler a carta de minha mãe, algo em mim estava ansioso, como se quisesse saber sobre meu pai, como se quisesse que eu fosse atrás dele.

Mas eu não iria, eu sequer fazia ideia de por onde começar a procurar. Max estava certo, já tinham se passado anos, era melhor deixar essa história para trás e continuar com a minha vida.

Estava no laboratório da Columbia, trabalhando como voluntaria junto com o professor que me deu aula no ano anterior. No ano passado tinha me formado em Astronomia e feito um curso de Física, eu era definitivamente uma Astronoma e Cientista agora. Eu ainda não tinha encontrado um trabalho grande, onde aprofundaria ainda mais a astronomia. Então enquanto não achava um emprego direcionado a minha área, eu estava trabalhando como voluntária na Columbia. Ajudando meu antigo professor com seus novos alunos.

Eu ajudava eles com os experimentos e lavava todos os objetos que usavam, e limpava as bancadas quando saiam. Era um trabalho legal, toda vez que eu entrava naquele laboratório me lembrava de quando entrei aqui pela primeira vez. Eu estava tão ansiosa, tinha apenas 17 anos de idade, e agora com 21 consigo ver a minha evolução.

Minha avó estaria orgulhosa de mim. Eu sei que estaria.

— Amélia, percebi que estava distante hoje. Você está bem? — perguntou o  professor Bennett.

Ele era um homem de 55 anos de idade, era alto com cabelos castanhos e levemente grisalhos, ele tinha uma barba e naquele momento estava usando calça jeans e um jaleco branco.

— Estou bem. — respondi. — Só estou cansada, dormi tarde ontem a noite. — menti.

O Professor Bennett soltou uma risada, tirando as suas luvas de plástico.

— Então durma mais. — ele falou. — Você é uma ótima assistente, meus alunos gostam de você. Acho que devem aprender mais com você do que comigo.

Eu soltei uma risada quando ele falou aquilo, cruzei os meus braços, parando de fazer tudo que estava fazendo e o olhei.

— Não exagera. — falei.

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