capítulo 16

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Amélia

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Amélia

Devemos começar primeiro por algo que você já saiba fazer, algo simples e que não causará tanto estrago caso você se... descontrole. — disse Amren.

Estávamos novamente na biblioteca da Casa do Vento, ontem a noite, enquanto jantava na Casa da Cidade com Rhysand e seu círculo íntimo, Amren disse que deveria estar aqui cedo, pois a tarde ela estaria ocupada. Então, pouco tempo depois do sol nascer, Rhysand me trouxe até aqui.

E lá estava eu e Amren, começando a treinar meus poderes, prestes a usar eles depois de tanto tempo. Mas se liberar eles significava acabar com as minhas alucinações, eu estava disposta a usar eles.

— Certo, vou tentar mover algo. — falei.

Amren assentiu, semicerrando os olhos em minha direção, como se estivesse curiosa para ver o que eu faria em seguida.

Estávamos sentadas em uma mesa redonda, Amren estava sentada na cadeira a minha frente, só que dessa vez não havia nenhum livro na mesa.

Respirei fundo, me concentrando em tudo que havia na biblioteca. Sobre a mesa havia uma lâmpada, que no momento estava desligada. Seria ela o que eu tentaria mover, não podia exagerar tanto no tamanho do objeto, se não poderia acabar me descontrolando. Uma lâmpada é de um tamanho pequeno e é fácil de segurar.

Amren se manteve em silêncio quando eu fixei meu olhar sobre o objeto, ela apenas observou. Respirando fundo, controlando minhas emoções e a respiração, comecei a chamar o meu poder. Sentindo aquela onda de magia tremuzilar em minhas veias, sentindo aquele poder oscilando para sair por completo. Mas eu o segurei em meu corpo, começando a liberar lentamente a magia que chegou na ponta de meus dedos. Senti quando meus olhos começaram a mudar de cor, foi no mesmo momento em que as sombras roxas começaram a flutuar em volta de meus dedos.

Aquelas sombras roxas que há muito tempo eu não via, tremiam em volta de minha mão, conforme ela as giravam. Ainda olhando para a lâmpada, vi quando o objeto começou a tremer, vi quando luz roxa começou a tremuzilar nele também. Ainda movimentando os meus dedos, e ao mesmo tempo tentando liberar aos poucos meus poderes, a lâmpada começou a se erguer da mesa.

O objeto tremia, mesmo que estivesse no ar. A lâmpada era erguida por mim lentamente, fazendo Amren olhar o objeto e me olhar com atenção e curiosidade. Quando a lâmpada já estava alta o suficiente, ao ponto de Amren e eu erguermos a cabeça para olhar o objeto, eu olhei para a mulher sentada a minha frente. Amren me olhou também, abrindo um sorriso fraco, antes de fazer um aceno com a cabeça, indicando que eu colocasse a lâmpada de volta no lugar.

Quando o objeto tocou a mesa novamente, ela falou:

— Ótimo. — Fiz um aceno em sua direção em agradecimento. — Agora tente algo maior.

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