capítulo 50

634 59 16
                                    

Amélia

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Amélia

Eu não tinha percebido que estava chorando até que percebi que meu pai havia acabado de falar. Foi quando eu senti minha bochecha molhada, e as lágrimas caindo descontroladamente.

— Ela... está morta? — Minha garganta arranhou ao dizer aquelas palavras, arranhou como se tivessem farpas.

Tamlin assentiu, o olhar triste sobre mim.

Sabia que existia a possibilidade dela estar morta, mas gostava de acreditar que ela estava em algum lugar em Prythian. Gostava de pensar que um dia a veria de novo, mesmo que fosse de longe. Agora, depois de escutar toda a história, minhas esperanças foram embora e a realidade caiu sobre mim com força.

Tudo fazia sentido agora. Na carta para minha avó, minha mãe disse que sentia que precisava vir até Prythian, talvez fosse isso. Acho que ela sentiu que precisava ajudar meu pai e infelizmente, isso acabou matando ela.

— Sua mãe morreu tentando me salvar. Ela queria me ajudar e ajudar o meu povo. Me lembro de me sentir culpado por muito tempo, talvez, realmente tenha sido minha culpa, eu poderia ter impedido Amarantha. Mas não fiz nada — Sua voz falhou, mas então ele limpou a garganta e me olhou — Acho que Michelle já estava grávida quando tivemos aquela briga, mas por alguma razão ela não me disse. Acho que ela tinha medo da Amarantha e medo de colocar a sua segurança em risco, então preferiu não contar.

Eu acenei em concordância, as coisas que passei minha vida inteira pensando e cheia de dúvidas, finalmente começando a fazer sentido em minha mente.

— Agora, tudo o que consigo pensar é em minha avó — Falei sussurrando — Ela morreu sem saber o que aconteceu com a filha, e ela nunca vai saber o que aconteceu.

Tamlin não disse nada, apenas ficou em silêncio, mas eu conseguia sentir o peso de seu olhar sobre mim.

Depois de um tempo calado, ele respirou fundo e falou:

— Nós a enterramos em um lugar próximo ao lago estrelado. Você quer ir até lá? — Ele perguntou um pouco inseguro, como se estivesse confuso se me perguntava aquilo ou não.

Olhei para ele, e nós dois ficamos nos encarando por muito tempo. Até que eu finalmente lhe dei uma resposta.

— Sim, quero.

Tamlin sorriu fraco para mim, ele se levantou de onde estávamos sentados e estendeu sua mão para mim. Eu sorri para o meu pai, segurei sua mão e me levantei. Quando estávamos do lado de fora, Tamlin passou o meu braço entre o seu, e então começamos a andar até onde minha mãe estava enterrada.

Corte de Segredos e Estrelas Onde histórias criam vida. Descubra agora