Capítulo 2 -

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Entrando pelo portão lateral do posto de saúde, a garota estacionou sua biz de cor preta no estacionamento e desceu da mesma, retirou o capacete e o deixou em cima do banco da moto enquanto ajeitava o seu cabelo no espelho retrovisor, pegou o capacete e com a chave da moto ela abriu o banco e retirou sua bolsa dali de dentro. Caminhou pela recepção do posto de saúde e passou pelos corredores, já tinha algumas pessoas ali, olhou a hora em seu relógio de pulso, eram exatamente 6:30 da manhã.

— Bom dia - um dos enfermeiros desejou ao passar por ela.

— Bom dia - respondeu educadamente e entrou na sala onde guardava suas coisas no armário - começou o dia bem Mani?

Falou depois de entrar na sala e perceber sua amiga ali dentro, estava sentada perto da mesa e tomava café.

— Não - estava realmente de mal humor, a morena fechou a porta do armário depois de pegar seu celular e colocar no bolso frontal da calça junto com a chave do armário - o pneu da minha moto furou bem em frente a minha casa e Dinah já tinha ido trabalhar - revirou os olhos - tive que vir de moto-táxi.

— Começou com o pé esquerdo - foi até a mesa e pegou um copo descartável e pois um pouco de café no mesmo e sentou ao lado da amiga - eu dormi igual bebê...

— Transou? - perguntou erguendo uma das sobrancelhas e viu ela negar - qual é Camila, aquele garoto lá - ela estalou os dedos como se aquilo fosse ajudar a lembrar o nome - qual o nome dele mesmo?

— Rodrigo - respondeu depois de dar um gole no café.

— Rodrigo? - fez careta - achei que fosse Guilherme - negou com a cabeça - enfim, não deu em nada?

— Guilherme já é tão passado que merecia estar no museu - disse rindo e Normani a acompanhou - Rodrigo não faz meu tipo...

— Ou seja - Normani interrompeu - ele tem um péssimo papo e você não suportou sair com ele e inventou alguma desculpa pra não sair ou pra voltar pra casa no meio do encontro.

— Exatamente - apontou o dedo na direção da amiga e jogou o copo descartável fora - ele só sabia falar dele mesmo e de academia e de músculos, como as roupas estavam ficando difíceis de entrar por estar crescendo - revirou os olhos e Normani gargalhou - eu já estava assim nos primeiros minutos - deitou a cabeça no ombro e fechou os olhos fingindo dormir e depois se ajeitou - eu juro.

Normani ia falar alguma coisa mas alguns enfermeiros e até médicos entraram na sala e elas cumprimentaram eles com educação. Ficaram em silêncio apenas ouvindo as conversas paralelas que todos ali tinham enquanto tomavam café, Camila aproveitou pra dar uma olhada no seu celular e vê se tinha alguma mensagem de sua mãe ou de seu pai.

"Camila, seu pai não para de assistir depois que você incentivou ele a por essa antena nova aqui em casa, agora é tv pra cá, tv pra lá... e nada de sobra tempo pra mamãe aqui e a culpa é sua, viu? Mamãe está morrendo de saudades e não se preocupe com nada que aqui está tudo certo meu amor, te amo "

Dona Sinuhe e seus problemas, problemas esses que Camila queria voltar a ter, mas agora os seus problemas eram outros, contas pra pagar e uma vida adulta pra tocar, viu que tinha outra mensagem de sua mãe.

"Filha, ontem eu passei em frente a uma loja e vi um vestido que ficaria lindo em você, eu tentei me segurar mas não deu... eu comprei! Quando puder vir aqui em casa eu quero que experimente, ah, seu pai acha que esqueceu o relógio dele na sua sala, na última visita, poderia ver isso pra mim? Beijos, mamãe te ama"

Sonhar No! PagaOnde histórias criam vida. Descubra agora