Capitulo 8 -

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Lauren começou a semana toda contente, o dono da pizzaria amou as coisas que ela levou no domingo pra ele experimentar, ela levou trufas, uma de cada sabor, levou também um copo de delícia no copo e bolo gelado, ele fez uma encomenda grande pro fim de semana e uma pequena pra semana. Já era sexta e ela estava voltando do centro, vinha de bicicleta e tinha vendido todas as trufas e vinha com alguns sacolas com comprar pra poder fazer a encomenda de amanhã da pizzaria.

Camila estava em cima de sua biz bem na descida da calçada do postinho, ela se encolheu quando uma moto com cano esportivo passou zoando no meio da rua, ela negou com a cabeça e revirou os olhos, Mani se aproximou dela guardando algo na bolsa e tirando a chave de sua moto logo em seguida.

— Não vou seguindo com você hoje - ela disse quando subiu na moto preta - tenho que ir colocar gasolina.

— Tudo bem - negou com a cabeça - se eu soubesse já teria ido e não tinha ficado aqui te esperando - ergueu a mão e mostrou o dedo.

— Me esperar é uma honra querida - Mani falou levantando o ombro esquerdo e virando a cabeça fingindo dar beijinho no mesmo - aquela não é a Lauren?

Ela gesticulou com a cabeça na direção do semáforo que tinha na esquina da rua, Camila semicerrou os olhos pra tentar enxergar melhor e ergueu uma das sobrancelhas quando viu a garota cheia de sacola no guidom da bicicleta e dois isopores não garupa, ela arregalou os olhos quando viu o que iria acontecer.

A moto que passou zoando na rua parou ao lado da bicicleta e o homem que estava na garupa tirou uma arma da cintura e apontou na direção de Lauren, a mesma começou a se tremer quando viu o cano da arma e ouviu a voz grossa do homem.

— Passa tudo, bora bora! - ele gritava, as motos e carros que estavam ali esperando o sinal abrir saíram em disparada assim que o mesmo ficou verde - bora caralho, tá surda mermão? - ele balançava a arma.

— C-calma - ela gaguejou e saiu de cima da bicicleta, seus olhos estavam cheios de lágrima, hoje era dia de pagar o aluguel e o dinheiro estava ali com ela das vendas. Ela abriu a pochete que estava a sua frente e retirou todo o dinheiro do dia - aqui, aqui, pode levar tudo...

— Só tem isso? - ele chegou a arma mais perto do rosto dela - abri ai pra eu vê porra - ela abriu a pochete e ele viu que não tinha mais nada - cadê o celular? - ela negou com a cabeça - passa tudo, bora.

— E-eu não t-tenho - realmente ela não estava com celular, nunca levava ele quando saía pra vender - só tenho i-isso...

Ele entregou o dinheiro que não era pouco pro rapaz que estava a sua frente e o mesmo guardou dentro de uma bolsa que ele levava virada pra frente. Lauren estava olhando na direção da moto, não queria olhar nos olhos do homem, o mesmo ergueu a arma e bateu na testa dela com a coronha, fazendo ela cair por cima da bicicleta e o barulho de isopor quebrando foi ouvido, assim como as sirenes da polícia.

— Mete o pé! - o homem gritou - os homi tão vindo.

A moto saiu em disparada e a polícia passou logo atrás, não pararam ao lado de Lauren pois não queriam perder a moto de vista. Camila parou a biz bruscamente ao lado de Lauren e desceu da mesma indo até a garota que estava caída no chão e tinha a mão na lateral da testa.

— Lauren - ela chamou e os olhos verdes a encararam um pouco perdido - deixa eu vê sua testa.

— Vou ligar pro seu tio - Mani falou, ela também estava parada ao lado de Lauren em cima da moto.

Camila ligou pra polícia assim que viu o que estava acontecendo com Lauren, ela ligou direto pro celular de seu tio Carlos, ele era policial e entrou na viatura junto com seus colegas assim que a sobrinha informou o que estava acontecendo e onde estava acontecendo. Normani iria ligar pra ele pra dizer que estavam com a vítima e que ele avisasse caso conseguisse pegar o cara, ela iria na delegacia depois.

Sonhar No! PagaOnde histórias criam vida. Descubra agora