Capítulo 9 -

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Três dias depois do acontecido Camila estava escorada em sua biz que estava estacionada do lado da calçada do posto, desde que chamou Lauren pra sair ela ficava esperando um pouco na hora do almoço e no fim de seu turno pra vê se a morena iria lá dizer se iria ou não sair com ela.

— Camilinha - o médico que ela estava evitando por todos esses dias e recusando seus convites a chamou - tá fazendo o que aqui ainda?

— Não creio que lhe deva satisfação da minha vida - ela disse em um tom normal.

— Opa - ele ergueu as duas mãos e sorriu de canto, fazendo charme - está arisca hoje, não que eu não goste - deu de ombros e ela revirou os olhos - você sabe que a essas horas por aqui é perigoso.

— Eu sei me cuidar - ela se assustou quando ele desativou o alarme do carro que estava ao seu lado - e de qualquer forma eu já estava indo embora.

Suspirou, talvez ter chamado a mulher pra sair não tenha sido uma boa ideia, o homem insistia em puxar assunto, queria chamá-la pra sair mas estava enrolando um pouco pra vê se não levava outro toco.

Lauren vinha pedalando lentamente e conversava com ela mesma em seus pensamentos, ergueu a cabeça e viu o homem bem vestido ao lado de um carro bonito e conversando com Camila, ela parou a bicicleta na esquina e ponderou se iria adiante ou não, se sentiu insegura. Ela deixou o saquinho pendurado no guidom da bicicleta e pegou seu celular no bolso da calça, discou o número de Vero.

Alô? - foi atendido no segundo toque e Lauren franziu as sobrancelhas.

— Ally? - perguntou em dúvida e depois tirou o celular do ouvido e encarou a tela do mesmo pra vê se tinha ligado certo.

Lauren? - ouviu a voz da baixinha.

— O que você está fazendo com o celular da Verônica? - ela olhou na direção da enfermeira que ainda conversava com o homem.

Eu vim na casa dela deixar uma encomenda - ouviu barulhos de embalagem do outro lado - a Vero está no banheiro, é algo que eu possa ajudar?

Bom - ela encolheu os ombros - sabe aquele convite da enfermeira?

Você vai aceitar né? - falou um pouco afobada - me diz que você está indo lá nesse momento.

Eu estava...

Como assim estava?

É que ela tá lá na calçada do postinho e tem um homem lá - Ally concordou com um som nasal para que a amiga continuasse a falar - e Ally, ele é bonito e bem vestido - a baixinha revirou os olhos já sabendo onde ela queria chegar com essa história - sem contar no carro, ele tem um carrão e eu tô de bicicleta, Ally acho melhor eu ir pra casa e...

Não! - ela quase gritou e ouve um silêncio e em seguida alguns barulhos, pra depois a voz de Verônica ser ouvida - nem pense nisso, você não vai se menosprezar por causa de ninguém - ela dizia seria - você vai lá e vai dizer que aceita, ela te chamou, ela sabe o que você faz e como você anda, e mesmo assim chamou - Lauren pensou por um momento - pare de graça e só me ligue de volta quando tiver com o endereço de onde vocês vão.

A ligação foi finalizada e Lauren retirou o celular do ouvido e encarou a tela, ela desligou na minha cara, pensou. Ela olhou pra frente e puxou bastante ar pelo nariz, vamos lá Lauren, você consegue, incentivava. Ela voltou a pedalar e foi na direção da enfermeira, essa que já estava pegando o capacete pra sair dali e ir embora.

— Já falei que não - ela disse pro homem que insistia em sair com ela - eu sempre fui educada e recusei da melhor maneira, mas agora você está sendo insistente e insuportável.

Sonhar No! PagaOnde histórias criam vida. Descubra agora