Capítulo 21 -

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Camila já estava levando o último pedaço do brownie até sua boca e o mastigando enquanto Lauren acariciava seu braço, subindo e descendo do ombro até próximo ao cotovelo. A enfermeira começou a rir quando viu um panda cair bolando e batendo em outro fazendo o mesmo cair também e bolar junto com ele, Lauren sorriu abertamente por vê que o vídeo estava realmente ajudando e que agora ela estava rindo ao invés de chorar.

— Acabou - a morena disse quando o vídeo de mais de vinte minutos ficou em pausa - gostou?

— É sempre bom ver bichinhos atrapalhados fazendo esse tipo de coisa - ela se ajeitou na cama e deixou a embalagem ao seu lado no colchão - olha...

Ela parou de falar quando ouviu seu celular tocando lá na sala, ela suspirou e viu quando a morena se levantou indo em busca do celular dela. Lauren não olhou, apenas o pegou e o levou até Camila que quando observou a tela fechou os olhos e deslizou o dedo para atender a chamada.

— Mãe...

Lauren pegou seu celular em cima da cama e fez gestos para que Camila entendesse que ela estava indo até sua casa e que a esperava lá, a enfermeira ergueu o polegar e lhe lançou um pequeno sorriso.

Camila minha filha, esqueceu que tem mãe? achando que saiu de chocadeira? - mordeu o lábio contendo a vontade de rir - se eu não ligar você não me liga, mas é assim mesmo... passei nove meses carregando pra quando sair me destravar desse jeito...

— Mulher, pare com isso - interrompeu a mãe que ainda reclamava - eu te liguei não tem nem três dias.

E daí? Ligue todo dia - se deitou na cama e encarou o forro do quarto - mas me fala meu bem, você está se alimentando direitinho? tudo bem com você?

— Estou me alimentando sim. E bem não está não, mas eu espero que fique - suspirou.

O que aconteceu? - percebeu a preocupação de sua mãe no tom de voz - me fala logo antes que eu pegue o primeiro ônibus e até na sua casa e...

— Eu fui demitida - sussurrou - não só eu como Normani também é mais um monte de gente...

— Oh meu amor, você me falou como estava sufocante e eu te achei tão abatida na última ligação que fizemos por chamada - seu tom de voz era doce e carinhoso - não fique triste, logo minha filha arranja outro trabalho em um lugar melhor, não desanime.

— É, eu sei - rolou na cama ficando deitada de lado e puxou um travesseiro - caso não consiga encontrar um trabalho em algum posto ou hospital, vou ter que procurar por qualquer um, afinal tenho contas a pagar.

Claro, seria bom se encontrasse na sua área, mas se não encontrar não tem problema. O importante é você ter seu trabalho seja ele qual for e que dê pra pagar suas continhas.

Exatamente - prendeu o travesseiro no meio de suas pernas - eu ainda tenho um bom dinheiro na minha conta já que não gastava muito além do que podia, consigo me virar até encontrar um emprego.

Olha, eu te liguei justamente pra dizer que ia te mandar um dinheiro - ela ia interromper sua mãe mas a mesma já impediu - e nem adianta dizer que não mocinha. Seu pai vendeu aquela casinha com terreno no interior, vamos investir um pouco do dinheiro e te mandar metade.

Sonhar No! PagaOnde histórias criam vida. Descubra agora