(O começo) Capítulo 2

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Uma semana se passou depois daquilo e é claro que não contou a Lala sobre a menina, nem de como foi inconsequente por entrar nos becos sem preparo

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Uma semana se passou depois daquilo e é claro que não contou a Lala sobre a menina, nem de como foi inconsequente por entrar nos becos sem preparo. A amiga iria matar ela de oito formas diferentes e ainda se livraria do corpo com maestria. Porém, tinha contado sobre o namoro e de como esse não estava indo bem...
E agora Lala queria matar o Ran e também a Lin por não ter terminado ainda.

Hoje, como sempre, ela iria trabalhar na academia e Lin foi acompanhar a amiga até o local. Se despediu dela prometendo que às 18:00 ela estaria lá para irem embora juntas e também para ajudar com o ensaio da Lala.

O dia estava quente e o sol que queimava o asfalto só piorava o trajeto de volta. Lin fez um caminho onde pegaria mais sombra e, para melhorar, passou em frente a uma lanchonete para comprar um suco e um sanduíche natural para comer na volta.

Quando estava saindo da loja ela avista do outro lado da rua a menina loira andando despreocupada com um moletom escuro.
Era a sua hora de vingança. Iria pegá-la e a ensinar a nunca mais enganá-la.

Atravessou a rua correndo assim que viu os faróis se fecharem. Hoje a rua não estava tão movimentada, mas ainda estava cheia.

— EI LOIRA! — gritou chamando a atenção de todos e quando a menina a viu arregalou os olhos, colocou o capuz do moletom e começou a correr.
— PARA AI... filha da puta! - sussurrou a última parte enquanto aumentava a velocidade da corrida.

A menina era rápida e ágil, conseguindo se esgueirar entre a multidão como se estivesse dançando. Lin esbarrava em uma ou outra pessoa de vez em quando, o que fazia ela perder velocidade e receber alguns xingamentos dos mais velhos, contudo a loira também tropeçava nos paralelepípedos da calçada o que não deixava a distância tão grande.

Entrando em um beco novamente, agora atrás da menina, ela conseguiu correr bem, mas estava já sem fôlego e pela súplica que seus pulmões e panturrilhas fizeram ela teve que fazer um pequeno descanso, a perdendo de vista, mas ainda conseguia ouvir seus passos- uma vantagem ao seu favor. A garota também devia estar cansada, pois os passos dela não estavam tão leves quanto quando entraram no beco.

Após recuperar um pouco do fôlego que tanto lhe faltava, mesmo afoita correu em direção ao som do último passo que ouviu. Seguiu o som que a levou até uma saída do beco, sendo recebida por uma luz, agora fraca, do dia.

Não sabia por quanto tempo estava correndo, mas, de repente, parecia que iria chover. O céu meio acizentado dava uma atmosfera fria e suja para aquela parte da cidade com os prédios abandonados e suas tinturas já desbotadas e descascadas, vidros quebrados e as famosas pichações em vários edifícios. Se os becos eram imundos e nojentos era porque esse local foi esquecido pela sociedade ou evitado, e o asfalto já solto em alguns pontos com plantas crescendo entre as frestas da calçada e da rua evidenciaram isso.

Lin reparou em tudo isso, mas não encontrou nenhum sinal da loira.
Até que foi bruscamente puxada pelo pulso ao mesmo tempo que sua boca foi coberta por uma mão para impedir a saída de qualquer barulho.
A levaram para dentro do beco e a colocaram contra a parede. Quando ela foi bater na pessoa que estava fazendo isso, reconheceu quem era: a menina que procurava.

Yane no Neko KaiOnde histórias criam vida. Descubra agora