(Yaneko) Capítulo 22

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— Dojō ga detekite konnichiwa — a voz baixa de Emiko podia ser ouvida enquanto ela cantava e pulava de um lado para o outro naquela rua estreita às 09:00 da manhã — Bocchan isshoni asobimashou.

O vento e o sol não estavam fortes naquele domingo de folga.
A última semana de férias estava começando e como no dia anterior ela teve folga da gangue e do curso, hoje teria algo semelhante: um pequeno trabalho de entregadora de carta e depois ficaria com o dia livre para estar em casa com o irmãozinho de dois meses.

— Donguri korokoro yorokonde... — disse parando em frente a um prédio que achava que era o destino. Pegou o papel que tinha no bolso da camisa e leu algumas vezes, desviando o olhar para o nome do prédio a sua frente e a anotação — 5° andar... casa dos Yamushis — deu de ombro e entrou.

Subiu fileiras de escadas e parou de cantar tentando não chamar atenção.
Por ser domingo, a maioria das pessoas estaria ainda em casa no horário que ela chegou, então as chances de alguém a ver ali e estragar o plano eram grandes.

Recuperou o fôlego quando chegou ao 5° andar enquanto sentia o cheiro do café da manhã saía de algumas portas, o que fez o estômago roncar um pouco.

Olhou novamente para o pequeno papel amassado se certificando do nome da família que deveria entregar a carta, e andou procurando entre as portas com as plaquinhas minúsculas a de nome e números do apartamento em questão.

Na sétima porta ela sorriu com confiança.
Pegou a carta e colocou por debaixo da porta. Respirou fundo e deu três batidas na porta, dando meia volta e correndo nas pontas dos pés para não fazer barulho.
Logo em seguida se escondeu na parede entre a escada e o corredor – um dos poucos locais que daria para não ser vista.

Não demorou muito para se ouvir o som de uma trinca sendo aberta e aparecer um menino carrancudo com cabelos pretos ajeitados em um penteado ridículo de regent segurando a carta. Ele olhou para todos os lados com um sorriso besta, mas voltou em seguida para dentro do apartamento e trancou a porta.

Emiko se endireitou e começou a descer as escadas rapidamente.
Estava tudo indo bem com a parte do plano que tinham lhe passado.

Como tinham planejado, ela liga para a irmã assim que saiu do condomínio.

— Oi? — a voz de Kyoko soa do outro lado da linha.

— Feito! — Emi olha para o condomínio uma última vez antes de seguir o caminho de volta — E o seu?

— Também! — alguns segundos de pausa antes de continuar — Tem certeza que vai para casa?

— Sim! Mas conto com você. Qualquer coisa me avisa.

— Te avisarei sim! Tchau, beijos e boa sorte. — Ao terminar de ouvir a irmã, Kyoko desliga o celular seguindo em direção para onde seria a segunda fase do plano.

Dois dias antes tinham recebido um pedido estranho de Kisaki: entregar algumas cartas e fazer um dia romântico para esse casal.

No começo Lin achou estranho e Lala mais ainda.
Ele se dizia amigo dos dois e que isso era um presente que queria dar pra eles, mas não queria que eles soubessem que ele estava por trás disso.

Tudo nele era estranho, entretanto por causa do dinheiro generoso e por ser algo inofensivo elas aceitaram. Porém, o sentimento ainda as deixava desconfiadas.

Quando chegaram na parte do acordo de quem iria fazer qual papel entre elas, a divisão ficou simples.
As gêmeas iriam ficar com a função das cartas, e Lala e Lin ficariam encarregadas de arrumar as coisas nos pequenos detalhes, mas, no fim, Kyoko decidiu ajudá-las.

Yane no Neko KaiOnde histórias criam vida. Descubra agora