Ah, o Japão...
A terra do sol nascente é o lugar que muitos pensam ser perfeito para achar o seu caminho.
Mas esses caminhos nem sempre são tradicionais...
Como é o caso de quatro garotas que, ao se conhecerem por acaso, decidem se juntar para criar...
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— Huummmmm, que frio! — Emiko disse sentindo a brisa forte passando pelos fios dos seus cabelos ainda sujos, porém, agora, secos.
A noite já tinha caído por completo. As luzes dos arranha-céus estavam iluminando a cidade inteira e fazendo ofuscar o brilho da lua e das "estrelas". Já deveria ter passado das oito e meia da noite. Daqui a pouco os adolescentes nem poderiam mais entrar nos estabelecimentos.
Tinham chegado no parque central da cidade. Ele era bem grande, cheio de bancos embaixo das árvores, uma fonte, um lago e alguns postes de luz para ajudar na caminhada noturna de alguns moradores. E em um desses bancos estavam elas, sentadas num ponto que a luz quase não batia, já que o poste de luz do banco que elas estavam dificultava que fossem vistas.
Estavam esperando a pessoa que Emiko tinha ligado. Já tinham passados 15 minutos e nada dela aparecer. Lin já estava com raiva de ficar esperando. Enquanto isso, Emiko ficava subindo e descendo flexionando os joelhos na mesma posição cantarolando alguma música que ela não conseguia identificar de onde conhecia.
— Essa pessoa vai demorar muito? — Emi não a encarou, apenas fez um barulho de negação.
Estava muito quieto o local, sem pessoas fazendo caminhada ou corrida noturna, apenas o barulho de conversas e automóveis ao fundo, mostrando que a cidade não estava nem perto de dormir.
Lin não parava de olhar para os cantos. Estava inquieta com a demora, com o frio que estava ficando porque as roupas estavam molhadas e, ainda mais, pelo celular, que era a única forma de contatar o pai e a Lala, que deveria estar ligando sem parar... Mas como havia desligado o celular depois da primeira ligação, todas as tentativas dela deveriam resultar na caixa postal. Teria que explicar muita coisa para ela e se desculpar de diversas formas depois.
Lala era a única amiga que a suportava nos seus momentos de maior loucura, e a única que conseguiu controlá-la. Ela era sua irmã acima de tudo... uma irmã que ela ganhou da vida.
Um vento forte as atingiu fazendo o corpo de Lin arrepiar por completo fazendo com que se encolhesse. Por isso, Emi estica os braços a abraçando bem forte encostando um corpo um no outro, apoiando a cabeça no ombro da menina.
— O que você está fazendo?
— Te esquentando! — levantou a cabeça focando nos olhos dela e em seguida dando um sorriso reconfortante que fez seus olhos se fecharem.
Não tinha como negar, às vezes ela era fofinha e conseguia despertar uma vontade dentro de Lin de apertar as suas bochechas grandinhas, mas nunca iria mostrar esse lado fraco para uma pessoa estranha novamente. Lin não sabia o nome inteiro dela, nem nunca tinha ouvido falar nela e ainda tinham as mentiras que ela contou.
Empurrou o rosto da loira a afastando ou tentando, pois a mesma era persistente. Tentou mais uma vez com mais força e mais uma vez, não conseguindo. Com os braços entrelaçados no corpo de Lin a pequena era trazida novamente toda vez que era empurrada. Gerando uma guerra silenciosa entre as duas, onde nenhum dos dois lados "abria a mão". Aquilo era diversão e raiva misturada.