(Yin) Capitulo 15

44 9 0
                                    

O clima estava abafado com as cigarras ainda cantando alto na noite. Alguns automóveis passavam na avenida principal, outros paravam em frente ao hospital. Entre os que paravam, Lala olhava ansiosamente à procura das gêmeas.

Ela se encontrava sentada em um banco na parte de fora do hospital mexendo no celular esporadicamente para avisar a mãe sobre as condições que se encontrava.

A morena estava realmente preocupada com a amiga, até porque no momento a Lin só tinha ela e sua mãe. O pai dela tinha saído do país às pressas por alguma razão que a amiga não soube explicar corretamente.

— Cheguei! — A voz baixa da Kyoko chamou a atenção de Lala, que se impressionou quando viu a mesma sair da limusine com a Yoko e correndo na direção dela com um semblante preocupado — Como ela está?

— Está bem... — forçou um sorriso.

— A Emi não chegou? — disse Yoko procurando ao redor.

— Não... mas disse que estava vindo.

Lala havia ligado para elas mesmo não sabendo o real motivo. Tinham apenas alguns dias de amizade, mas Lin e ela tinham uma ligação inexplicável com as mais novas que chegava até a ser engraçada. Como se elas fossem amigas a anos ou se conhecem de outras vidas.

Quando ligou para Kyoko, a mesma avisou que estava na mansão da família da Yoko, que novamente estava sozinha, visto que os pais nunca estavam em casa direito. Normalmente, as meninas se encontravam lá nessas ocasiões para aproveitarem o fato das gêmeas não gostarem de ficar em casa sem fazer nada, mas dessa vez a Emi não estava com elas.

Agora estavam conversando um pouco sobre o que tinha acontecido. A morena contou sobre a casa que estava bagunçada, dos objetos quebrados, das unhas e machucado da amiga.
"Eu só sei disso" completou a explicação com as lágrimas já querendo escapar.

Ela tentava ser forte naquele momento, mas ver a Lin naquele estado a machucou de uma forma que não sabia que era possível.
Já estava acostumada a ver ela se machucando ou entrando em brigas, mas o fato de a mesma sempre ter sido muito orgulhosa para chorar, até mesmo quando seu pai teve que sair às pressas do Japão, tornava as lágrimas da amiga mais do que significativas: mostravam que ela estava com o psicológico inteiramente abalado.

— Acompanhante de Hikari Lin? — uma voz feminina alta chamou do hall — Por favor, acompanhante de Hikari Lin?

— SOU EU! — disse Lala já correndo com as meninas em direção a recepcionista que a havia chamado — Eu sou a acompanhante da Hikari!

— Por favor, senhora...? — perguntou com um olhar afiado, perguntando indiretamente como deveria se dirigir a morena.

— Nara! — completou.

— A senhora poderia assinar esses papéis? Depois explicarei a situação— a enfermeira deu a papelada nas mãos de Lala com certo receio — Posteriormente você poderá ver ela na observação.

A todo o momento, as duas meninas mais novas olhavam a situação atrás de Lala com preocupação. Tentavam não pensar no pior, mas a voz da enfermeira não estava transmitindo tranquilidade nenhuma para isso.

Não demorou muito até a papelada ser assinada. A recepcionista repetiu algumas das informações como confirmação, com Lila sempre concordando. Quando viram que poderiam prosseguir, a enfermeira as chamou sutilmente para dentro do hospital. O local era grande o suficiente para conseguir se perder sem as informações adequadas, mas tinha muitos corredores interligados e alongados com algumas placas grandes e azuis com instruções e setas que ajudavam caso isso acontecesse.

Pegaram um elevador para o segundo andar, onde ficava a ala de observação para pacientes menos críticos e mais para frente um berçário com os recém nascidos. Andaram por algumas portas que estavam fechadas com a identificação em placas do lado com o nome do paciente e o número do quarto.

Yane no Neko KaiOnde histórias criam vida. Descubra agora