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Sentei no sofá, olhando o nada

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Sentei no sofá, olhando o nada. Era noite, bastante tarde, já, mas eu não conseguia dormir.
Escutei barulho atrás de mim e levantei rápido, erguendo a mão para o cabo da katana, mas parando a meio do movimento.
Daryl surgia na porta da sala e parou, me olhando.
Suspirei e abaixei a mão. - Podia avisar, né? - Sentei de novo, colocando um pé em cima do sofá.
- E eu ia adivinhar que você estava aí?
Ele passou por mim, em direção da cozinha.
Revirei os olhos e encostei a cabeça para trás.
- Como você sabia dessa casa?
Olhei para trás, vendo ele junto da porta.
- Tal como eu disse antes, já fiquei aqui algumas vezes.
Ele assentiu e depois indicou as portas e as janelas. - Tudo isso, sozinha?
Estreitei os olhos. - É, eu não preciso de um príncipe encantado, não. Eu me viro sozinha.
- Duvido que algum príncipe fosse querer você. - Falou ele, baixo demais, e se afastando em direção da escada, mas mesmo assim ainda consegui escutar.
- O quê?
- Nada. - Sumiu no topo das escadas e escutei a porta do quarto fechando.
Respirei fundo. Era preciso paciência para esse homem.

Senti algo bater no meu pé, que estava sobre a parte de cima do sofá, e abri os olhos muito rápido, sentando e olhando em volta.
Aaron ria junto do sofá. - Bom dia.
Pisquei os olhos, franzi o cenho e olhei em volta. Era dia? Eu adormeci?
Levantei e fui na cozinha, onde Daryl já estava sentado numa cadeira, mexendo na besta.
- Da próxima, arranco sua cabeça. - Falei olhando Aaron.
Ele sorriu. - Eric iria adorar.
Fiz uma careta e peguei algo para comer.
- Vamos seguir o mapa. - Disse Aaron, bebendo um gole da sua garrafa de água. - Tem um posto de combustível no caminho, podemos aproveitar e pegar algum.
Daryl assentiu e eu fiquei olhando eles.
Aaron olhou para trás, para mim.
Dei de ombros. - Por mim tudo bem. - Me afastei. - Vamos?
Cheguei na rua primeiro do que eles e fiquei esperando, colocando a katana no lugar dela, entre os bancos da frente e depois levantei, colocando os braços sobre a porta aberta, esperando.
Aaron vinha falando com Daryl e eu respirei fundo.
Daryl subiu na moto e eu entrei na pick up, fechando a porta. Fiquei vendo o caipira esperando que Aaron ligasse o carro. Minha mente ficou viajando, tentando perceber o que ele fora antes do fim do mundo.

Peguei uma garrafa de água, bebi um gole e segui pelo corredor, improvisando uma dancinha e rodando, enquanto a música tocava na minha cabeça.
- Ficou maluca? - Aaron ria, me olhando mais na frente.
Sorri e me aproximei dele, com a garrafa na mão, parando na sua frente e balançando os ombros, dançando e cantando, encostando meu corpo no dele.
Aaron colocou a mão na frente dos olhos. - Deus do céu.
Daryl apareceu no fundo do corredor, se aproximando, e revirou os olhos.
- Deveríamos nos apressar. Não vai ficar dia para sempre. - Falou.
Olhei ele, parando de dançar. - E quem disse que sua opinião contava para alguma coisa?
Daryl ficou me olhando e Aaron ergueu as mãos, se colocando no meio.
- Chega, vocês os dois. Somos uma equipe.
Daryl ergueu o braço e indicou a porta.
- Com tanta cantoria, vai atrair todos os zumbis do mundo!
Estreitei os olhos. - Eu canto o quanto eu quiser, e como eu quiser!
Avancei, ficando mais perto do caipira e Aaron me empurrou um pouco, me afastando dele.
- Lara...
- Você que é uma irresponsável! - Gritou Daryl. - Vai atrair milhares deles!
- Eu?! - Gritei de volta. - Quem está gritando agora?! E eu não sou irresponsável! Nunca deixei ninguém para trás, mesmo tendo todos os motivos do mundo para o fazer e nunca ninguém morreu enquanto esteve sob os meus cuidados! E eu sei que você deixou uma garota morrer!
Daryl ficou furioso depois de escutar aquelas palavras e avançou sobre mim e Aaron segurou ele.
- Qual é, Dixon?
- A sorte dessa daí é que eu não bato em mulher!
Eu ri. - Mas eu bato em homem!
- Lara, chega! - Gritou Aaron.
Depois, os três olhámos a porta da loja.
Tinha um monte de zumbi entrando, e já não tinha como sairmos.
Daryl ergueu a besta e me olhou. - Espero que esteja feliz, agora.
- Vocês os dois estavam gritando, queriam o quê? - Aaron parecia assustado.
- Pffff. - Disse eu.
Tirei a katana da bolsa e passei por eles rodando ela.
- Lara! - Chamou Aaron.
Olhei ele. - A culpa é minha, né? Então eu resolvo, porque aqui a irresponsável sabe como resolver.
Cortei a primeira cabeça, escutando os mortos fazerem aquele som nojento deles.
Depois de um tempo, percebi um deles caindo no meu lado, com uma flecha na cabeça e olhei para trás, vendo Daryl me olhar e depois colocar uma nova flecha na besta.
Aaron também surgiu junto de mim, pegando uma faca e matando zumbis.
Senti minha raiva sumindo, aos poucos, enquanto matava os andarilhos. Daryl conseguia me irritar.
- Daryl!
Olhei para o lado, quando escutei Aaron, e depois olhei na direção do Dixon.
O caipira estava rodeado de zumbis, batendo com a besta na cabeca de um e depois largar ela no chão. Vi ele pegar uma faca e avançar sobre os mortos.
Suspirei. - Merda! - Falei.
Corri na direção dele e ergui a katana, matando um dos zumbis e chutando outro para longe do caipira.
Ele me olhou, mas eu nem liguei, peguei um dos mortos pela camisa e puxei, erguendo a katana e espetando a sua cabeça.
Percebi que ficávamos rodeados e senti as costas do Dixon nas minhas.
Tirei uma das facas do cinto e coloquei na mão livre dele, sem nem olhar, sentindo os dedos dele fechando, tocando nos meus.
- Duas é mais fácil. - Falei, erguendo a mão e segurando a katana com as duas mãos.
- Valeu. - Disse ele. - Devolvo se sairmos daqui.
Eu ri. - Fechado.
Procurei Aaron mas não achei.
Daryl nunca saiu do meu lado, sempre lutando ali, colado em mim.
Vi um dos zumbis erguendo a mão para ele e cortei o seu braço. Isso chamou a atenção do caipira e ele espetou a cabeça dele.
No final, conseguimos dar conta de todos eles.
Eu estava cansada, suja de sangue mas fiquei ali, parada, de olhos fechados.
Senti Daryl se mexer e abri os olhos, vendo ele surgir na minha frente, olhando os lados e depois para mim de novo, me entregando a faca.
- Obrigado.
Assenti. - De nada. Viu o Aaron?
Ele negou com a cabeça. - Não. Vem, vamos procurá-lo.
Ele deu as costas, mas eu segurei o seu braço, fazendo ele me olhar de novo.
- Você foi ferido. - Falei, olhando um corte feio no seu braço.
Ele deu de ombros. - Já estive pior.
Estiquei a mão, sem nem pedir, e peguei o pano que ele tinha preso no bolso de trás da calça e coloquei sobre o ferimento, parando o sangue.
- Vou dar uma olhada nisso quando sairmos daqui. - Falei.
- É médica agora?
Ergui uma sobrancelha. - Quer fazer sozinho?
- Pffff. Vem.
Seguimos andando pela loja, até que achei Aaron espetando a cabeça de um zumbi que estava no chão. Ele nos olhou e depois se aproximou.
- Vocês estão bem. Ótimo. - Sorriu.
Sorri e dei de ombros, indicando Daryl.
- Ele ajudou.
Aaron olhou Daryl e depois seus olhos perceberam o pano.
- Foi ferido?
- Me ajuda a achar algo para tratar dele. - Falei, puxando o braço de Aaron.

 - Falei, puxando o braço de Aaron

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