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Meses depois

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Meses depois...

Saí de casa, sentindo o ar fresco da manhã tocando no meu rosto, na minha pele. Sorri.
Judith e RJ surgiram, correndo e parando na minha frente.
- A gente vai junto? - Perguntou Judith.
Revirei os olhos. - Tá, vocês vêm junto.
Judith jogou os braços para cima. - Uhuuu.
Olhei a cada dos Grimes e vi Carl, de braços cruzados nos olhando.
- Vou levar eles. - Falei.
Ele assentiu, sorrindo.
Coloquei os braços sobre os ombros de Jude e RJ e levei eles até o carro.
Jace e Brianna já estavam ali, preparando tudo com Negan, e falando sem parar.
Brianna se aproximou de mim.
- Pensei que ia dormir para sempre.
Franzi o cenho. - Para quê a pressa?
Brianna colocou as mãos na cintura.
- Saudades do meu pai.
Eu ri e depois as crianças se afastaram. Olhei Negan e ele me sorriu.
- Está tudo pronto.
Assenti. - Valeu, Negan.
- É... Vou com vocês ou...?
- Claro que vem com a gente. - Estiquei a mão e toquei no seu ombro. - Além de precisarmos de ajuda, imagina eu na estrada com esse bando de criança.
Ele riu. - Você e Brianna davam conta.
- Isso é assustador. - Ri.
Saímos de Alexandria, junto com alguns Alexandrinos, em direção a Hilltop. Estávamos reconstruindo a comunidade, depois do ataque da Alpha. Daryl estava lá com alguns dos fazendeiros, e Lydia. Eu viera para casa, pegar mais material e suplementos, e para as crianças poderem comer e dormir direito por alguns dias.
A viagem foi animada. Brianna e Judith cantavam músicas que haviam nascido no apocalipse, outras que a gente ensinara a elas, do tempo em que o mundo era legal. Eu percebera que as favoritas de Brianna, desse tempo perdido, eram as que implicavam um estilo mais Rock. Bem a personalidade dela.
Eugene achara um leitor de discos e então era possível escutar algumas músicas.
Negan, sentado do meu lado na pick up, indicou a parte de trás, onde as crianças seguiam.
- Vão chamar a atenção dos mortos.
Sorri. - Deixa. A gente dá conta.
Ele suspirou. - Verdade. A gente já deu conta de um exército.
Olhei ele por dois segundos, e sorri.
- Obrigada, Neg.
Ele franziu o cenho. - Não escutava esse apelido á anos.
Dei de ombros. - Você virou um merdoso.
Ele riu. - Verdade. Mas eu mudei.
Assenti. - Eu sei.
- Mas obrigada porquê?
- Pelo que você fez. Por ter mudado. Por estar aqui.
Ele assentiu. - Você que teve a ideia.
- É, mas você foi para o meio daquele grupo.
Negan tocou na minha mão.
- É bom estar de volta, com você e a peste da Bri. Ela me lembra você, quando tinha a idade dela.
Eu ri alto.

Chegámos em Alexandria e saí da pick up. Negan foi ajudar as crianças a saírem e eu me aproximei de Daryl, abraçando ele e depois beijando.
- Oi, estranho.
Ele me sorriu.
- Até que enfim.
Depois Brianna saiu da pick up e sorriu para ele, se aproximando, e Daryl ergueu a mão, sorrindo para a menina. Jace correu para ele, abraçando.
Ajudámos eles o resto do dia, com as crianças correndo de lá para cá, gritando e rindo.
Perto do final da noite, percebi que a crianças brincavam sobre algum tipo de luta entre elas, e toquei no ombro de Daryl, indicando elas. Ele assentiu.
Me afastei, peguei um pau, tirei a bolsa da katana e deixei junto da casa grande.
Brianna e Judith perceberam que eu estava me aproximando e gritaram para os meninos.
Nesse momento, os garotos de Jerry surgiram do nada e eu olhei eles.
- Hey! - Ri. - Eu sou só uma!
Daryl colocou a besta junto da minha katana e se aproximou de mim.
Judith gritou. - Estamos ferrados!
Brianna revirou os olhos, colocou a mão na cintura e fez aquele ar dela.
- Tio Negan!
Negan nos olhou, colocou o pedaço de madeira no chão e se aproximou dela.
Brianna entregou a sua espada de brincar a ele e sorriu.
- Mata eles. - E indicou eu e Daryl.
Negan nos olhou e eu ergui uma sobrancelha, rodando a minha espada de mentira, esperando.
Daryl ergueu suas facas de madeira.
Negan riu. - Mas o que... Ahh. Tá bom.
Jace e RJ gritaram e as crianças começaram a correr na nossa direção, mas Ezekiel surgiu do nada e ergueu o braço.
- Hilltop não cairá, não hoje!
Olhei ele e sorri, reconhecendo aquela frase, e ele piscou o olho.
Negan negou com a cabeça. - Não tem tigre dessa vez, Ezekiel!
O Rei riu. - Não, mas tem um Jerry!
Jerry surgiu do meu lado e riu.

Nessa noite, andei pela comunidade  me afastando um pouco e entrando na floresta.
Sentei no chão, olhando os campos de Hilltop e os muros.
Peguei um pedaco de erva e fiquei rasgando ele nos dedos, pensando.
- Fazendo o quê, aqui?
Olhei para o lado e vi Daryl. Ele sentou do meu lado e depois eu sorri.
- Pensando.
- Hum.
Indiquei Hilltop. - Estamos reconstruindo.
Daryl assentiu. - Estamos. A gente não quebra fácil, já deveria saber.
- É.
Olhei em frente de novo.
Parecia ter sido ontem que eu chegara em Alexandria, vendo que tinha um cara estranho na minha casa. Que Aaron me convencera a formar um grupo com esse cara, por quem eu acabara me apaixonando e tendo uma filha.
- Você está bem? - Perguntou Daryl.
Olhei ele e assenti. - Estava pensando no início.
Daryl esticou o braço e eu pude ver a pequena cicatriz que ficara, o ferimento que eu curara, naquele dia, na cidade.
- Foi nesse dia que eu tive certeza. - Disse ele.
Franzi o cenho. - Certeza de quê?
- De que você não podia morrer. De que eu não podia perder você, porque eu gostava de você.
Fiquei olhando ele e depois sorri, tocando no seu rosto.
- Já falei que te amo?
Ele riu. - Não. - Deu de ombros. - Faz duas semanas que não fala isso.
Revirei os olhos e bati no seu ombro. - Estive em Alexandria, com as crianças. Já percebeu o número de crianças que  temos na nossa responsabilidade?
Daryl assentiu. - As nossas e os Grimes.
Sorri e depois levantei, esticando a mão para ele.
- Vem.
Daryl pegou na minha mão e fomos em direção de Hilltop.
As crianças estavam se divertindo com o Rei, que parecia mais criança do que elas.
Respirei fundo.
Todo mundo estava bem e seguro.
Senti alguém se aproximando e vi Aaron.
Soltei a mão de Daryl e sorri, abraçando ele e escutando Aaron rir.
- Você não estava em Alexandria? - Perguntei. - Á três dias fora, com Rosita e Eugene?
Aaron se afastou. - Surpresa! Vim com os outros.
Assenti e depois olhei em frente.
Agora eu tinha minha família ali, reunida.
Ezekiel nos olhou e fez sinal para que nos aproximassemos, para jantar em uma mesa grande que eles tinham arrumado.
Segurei o braço de Daryl, impedindo ele de andar e ele franziu o cenho, me olhando.
- O que foi?
Respirei fundo. - Preciso falar uma coisa.
Daryl ficou me olhando. - O quê?
Mordi o lábio e peguei a mão dele, colocando na minha barriga.
Ele franziu o cenho.
- Por isso demorei duas semanas a regressar. - Falei. - Siddiq esteve cuidando de mim. Rosita e Aaron saíram em busca de remédio.
Daryl olhou Aaron e ele riu.
- Você sabia?
Aaron assentiu. - Desde o início.
Daryl me olhou. - Sério? Você...?
Assenti. - Onze semanas.
Daryl me abraçou, me erguendo do chão.
- Isso é incrível!
Sorri quando ele me colocou no chão.
Negan parou junto de Aaron. - Deus do céu. Mais uma Brianna.
Olhei ele. - Na verdade, é um ele.
Daryl me olhou e Aaron riu bastante alto.

FIM

Bite Your KissOnde histórias criam vida. Descubra agora