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(N.A: A MENINA DA FOTO, É A BRI, COM 5 ANOS)

4 anos depois...

Jesus esticou o braço e tentou dar um tapinha na minja cabeça, mas eu abaixei, segurando o braço dele e torcendo. Ele riu.
- Tá, eu me rendo. - Ele falou.
Sorri e soltei ele, mas Jesus foi rápido demais e me segurou, empurrando e puxando para o chão.
Ri, e encostei no chão. - Já entendi, ninguém vence você.
Ele riu e esticou a mão para eu pegar, e me ajudou a levantar.
Bati no seu ombro e estávamos rindo, quando Tara se aproximou com Daryl. Entregou uns papeis para Jesus.
- Você precisa dar uma olhada.
Ele revirou os olhos. - Eu não entendo nada disso, você sabe. Cuida você.
- Maggie deixou Hilltop para você.
- Eu não pedi.
Toquei no seu braço. - Não deve ser assim tão dificil.
Ele me olhou. - Assume você, então.
Revirei os olhos e nesse momento, um dos vigias nos chamou.
Olhámos ele e ele indicou o lado de fora.
- Tem uma mulher aqui, com um garoto. - Ele gritou. - Ela diz se chamar Leah e conhece o Daryl.
Olhei Daryl e vi ele mudando de cor, ficando quieto feito estátua.
Franzi o cenho. - Quem é ela?
Ele me olhou. - É... Alguém que encontrei na floresta, quando procurava você. Depois da... guerra com o Negan.
Olhei o portão e Tara mandou abrir.
Nos aproximamos e vi a mulher entrando, segurando a mão de um menino.
Observei ela. Era loira, com traços fortes no rosto e roupas negras.
Depois olhei o garoto. Cabelo escuro, olhos azuis, um ligeiro toque da mãe no seu rosto... E depois ele olhou para mim e eu parei de andar. Aquele jeito de olhar, eu reconheceria ele no meio de uma multidão. Tinha alguém do meu lado que me olhava daquele jeito, e tinha alguém em Alexandria que me olhava do mesmo jeito...
Não. Daryl não faria isso, certo?
Ele se aproximou dela. - O que você está fazendo aqui?
Ela sorriu. - Oi, Daryl. - Depois indicou o menino. - A gente estava procurando você.
O menino olhou para cima e Daryl ficou tenso. - Leah...
- Vim apresentar seu filho, já que você nunca mais procurou a gente.
Jesus, do meu lado, me olhou, mas eu estava presa no chão, olhando o garoto e sentindo meu mundo cair.

- Ela sumiu! Eu...
Bati com as mãos na mesa da casa grande e encarei Daryl.
- Ela sumiu?! Eu estava lá fora, Daryl! Lutando pela minha vida! Eu fiquei ferida com gravidade e você ficou dormindo com uma vadia que achou na floresta?! Você fez um filho nela?! E não me falou!
- Eu não sabia que ela estava grávida! Ela sumiu na manhã seguinte!
- Pfff. - Andei pela sala e depois olhei ele. - Pensou na Bri, sequer?! Em mim?! Ah, não, espera! Você estava demasiado ocupado comendo ela!
Daryl se aproximou de mim. - Lara...
Sacudi as mãos dele. - Não! Não encosta em mim! Nunca mais! - Encarei ele. - Eu nunca confiei em ninguém, eu sempre afastei todo o mundo, mas eu deixei você entrar! Eu tive a Bri!
- Mas eu não quero ficar com a Leah!
- Mas existe um garoto, Daryl! Ele precisa de um pai.
Daryl andou de lá para cá e depois me olhou. - Foi errado, eu sei que foi, e todos os dias eu me culpo por isso, todos! Mas eu não amo ela! Eu só... Eu pensava que você estava morta! Eu procurei todos os dias e..
- E pensou, que se dane, vou dormir com ela. - Assenti. - Sabe que mais? Fica com a sua nova família, eu vou regressar para a minha filha.
Dei as costas e sai, ignorando Daryl.
Saí da casa grande e percorri Hilltop, não ligando para ninguém. Passei por Leah e olhei o portão.
Andei, me afastando a cada passo. Se ela pensava que eu iria pular no seu pescoço ou chorar feito um bebê estava muito enganada. Eu era mais forte do que isso.
Andei pela estrada, seguindo na direção de Alexandria.
Daryl queria brincar de famílias? Pois bem, eu iria tomar conta da minha.
Horas depois, quando parei para descansar e beber água, escutei um barulho e girei, de katana na mão.
Leah estava parada na minha frente. Sorriu.
- Não imaginei que fosse tão... - Me indicou. - Assustadora.
Estreitei os olhos. - Ele é seu, pode ir embora.
Ela sorriu. - Como sabe que era isso que eu queria? Sabe? Daryl andava procurando sua mulher morta, eu ajudei ele... por umas horas... e ele me deu um presente. O Jace.
Assenti. - Eu tenho uma filha dele, vai fazer o quê?
- Nada. - Ela se aproximou. - Você deveria ter ficado morta.
Soquei o rosto dela, pegando ela de surpresa, mas depois Leah avançou sobre mim, socando meu rosto.
Segurei seus cabelos e puxei, largando a katana e segurando seus braços, puxando como Jesus fazia. Ela caiu e eu sentei em cima dela, socando uma e outra vez. O sangue escorria pelo seu rosto, e ela já nem lutava para se defender.
Levantei, peguei a katana e balancei a mão. - Levanta, anda. Não mato ninguém no chão.
Ela sorriu. - Daryl e Jace vão adorar.
Dei de ombros. - Tou nem aí. Querida, sou irmã de um assassino, esperava o quê? Flores? Anda, levanta.
Leah levantou, devagar e abriu os braços. - Força.
- Lara, não!
Daryl vinha correndo na nossa direção.
Olhei ele e depois para Leah.
- Eu vou roubar tudo de você. - Disse ela.
Avancei, espetando a katana no seu peito e seguando ela pelo ombro. Espetei mais, até a ponta sair pelo outro lado. Me aproximei dela.
- Quero ver você tentar.
Ela sorriu. - Agora... terá de aguentar... meu filho com o seu homem.... Você... Você matou a mãe dele...
Leah se apagou e eu puxei a katana, deixando o corpo cair no chão.
Sacudi o sangue e Daryl parou do meu lado.
- Lara..
Indiquei o corpo. - Ela vai virar. Cuida disso.
Me afastei, a katana pingando sangue e minha mente viajando.
- Lara! Lara!
Ergui o braço e mostrei a ele o dedo do meio.
Eu ia para casa, para junto da minha família, para junto da minha filha.

Assim que passei o portão de Alexandria, Brianna apareceu correndo, com seus longos cabelos escuros voando atrás dela, e suas roupas negras.
Pulou nos meus braços, me apertando forte e depois me olhou.
- Tive saudade. - Olhou o portão. - Cadê o papai?
Suspirei. - Precisamos conversar, Bri.
A menina assentiu.
Levantei, estiquei a mão para que ela pegasse e seguimos para minha casa. A casa onde eu odiara quando Deanna colocou um caipira para viver.

 A casa onde eu odiara quando Deanna colocou um caipira para viver

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