Daryl:
- A Lara? - Perguntou Michonne, depois de Daryl chegar em Alexandria.
- Ficou para trás. Ela queria ter a certeza de que os zumbis não iriam regressar.
Michonne assentiu. - Obrigada Daryl, por isso.
Ele assentiu. - De nada.
Depois olhou o portão, que Rosita fechava e suspirou, olhando o chão.
Lara se afastara. Se afastara depois de ter beijado ele... Ele sempre afastava as pessoas.Lara:
Depois de um tempo andando pela floresta, cheguei em uma estrada e parei, olhando em volta. Suspirei e rodei, mas tinha um homem mirando minha cabeça com uma arma.
Como não escutara ele?
- Quem é você?
Estreitei os olhos. - Ninguém. Agora se manda.
Ele sorriu. - E deixar uma gatinha como você aqui, sozinha? Acho que não.
Ele se aproximou e eu tirei a katana da bolsa, erguendo na minha frente. O homem sorriu.
- E brava. Vai ser ainda mais interessante. - Sorriu. - Sabe, é perigoso andar por aqui sozinha.
Inclinei a cabeça. - Sério? Não me diga.
Avancei, batendo com o punho da katana no seu nariz, fazendo ele recuar.
Seu dedo apertou o gatilho e ele atirou às cegas, quase me atingindo. Ergui a katana e espetei numa das suas pernas, fazendo ele gritar e cair no chão.
- Sua desgraçada!
Sorri, chutando a arma para longe, depois de pisar sua mão.
- Já me chamaram de coisas piores.
Ele abriu um olho, enquanto eu colocava a ponta da katana sobre o seu peito. - Ele vai descobrir, e você vai morrer. Ele não perdoa ninguém. - Tossiu. - Você não sabe com quem mexeu.
- Nem você.
Fiz força e enterrei a katana no peito dele.Daryl:
Já estava escurecendo e Daryl continuava sentado na frente do portão, esperando. Mas a cada minuto, pensava se não deveria sair procurando Lara.
- Daryl. - Disse Sasha, do topo da torre.
Ele a olhou e ela indicou o portão.
Ele levantou e correu para lá, abrindo e vendo Lara andando pela estrada, se aproximando.
Seu coração ficou mais leve, aliviado. Ela estava bem.
Lara parou na sua frente. - Oi estranho.
Ele olhou ela. - Oi. Porque demorou?
Lara deu de ombros. - Nada de especial.
Passou por ele e seguiu para dentro de Alexandria, enquanto Daryl fechava o portão.
Ele mordeu o lábio e se afastou do portão, mas percebeu Lara, parada mais na frente.
- Você vem? - Perguntou ela.
Ele sorriu.No dia seguinte...
Lara:
Saí do banheiro cantando tão alto quanto conseguia. Balancei a cabeça e joguei a toalha do cabelo no chão, dançando pelo quarto.
" You can bite my lips" - Cantei.
Vesti uma roupa limpa e escovei os cabelos.
Coloquei a bolsa nas costas e abri a porta, quase trombando em Daryl.
- Bom dia, Dix.
Ele me olhou. - Que gritaria.
Sorri. - Não, você não vai estragar meu dia. - Passei por ele, descendo as escadas.
Peguei algo para comer e Daryl entrou na cozinha.
- Lara...
Suspirei. - Tá. - Ergui as mãos e deixei cair de novo. - Sabe porque acordei tão animada? Sonhei com você. Sonhei que tudo isso tinha ficado resolvido e que você aceitava que eu te beijei e que eu gostei.
Daryl franziu o cenho. - O quê? Espera. Você pensa que...
- Ora, qual é? Está na cara que nunca quis me beijar e que está arrependido. Não precisa fingir.
Daryl se aproximou de mim. - Eu pensei que você estava arrependida, por ter se afastado, ontem. Ficou lá fora, na floresta.
Eu ri. - Eu não estou arrependida.
- Eu não disse que eu estava.
Mordi a língua. - E agora? Isso significa o quê?
Daryl deu de ombros. - Não sei. Eu nunca... passei por uma situação dessas.
Sorri e me aproximei dele. Olhei seus olhos. - Não me afasta, tá bom?
Ele assentiu, ficando tenso na minha frente.
Colei meus lábios nos seus e foi como se tudo explodisse em nosso redor. Rodeei o seu pescoço com os braços e senti as mãos dele na minha cintura.
Depois me afastei e sorri, ainda abraçada a ele.
- Eu... não sei o que isso é, mas... não se afasta. - Falei.
Daryl assentiu.- E a Denna? - Perguntei, olhando Rick.
Ele ergueu a mão, indicando Deanna, que falava com Maggie mais na frente.
- Voltando ao normal.
Assenti. - Ótimo. E agora? Porque eu não vou ficar aqui dentro para sempre.
Rick riu. - Podia, Judith adora você, daria uma babá fantástica.
Revirei os olhos. - Fala sério.
Rick assentiu. - Vai continuar saindo com o Daryl, ele também não vai ficar aqui para sempre e tem um mundo cheio de coisas úteis por aí.
Sorri. - Valeu. Quando podemos ir?
- Amanhã. Eu falo com o Daryl.
- Valeu Grimes.
- Lara.
Olhei para trás, vendo Eugene se aproximando. O que ele queria?
- Escutei você cantando hoje cedo, e sei que não era a primeira vez.
Assenti, cruzando os braços sobre o peito. - E daí?
- Vem comigo.
Segui ele para dentro de uma das casas e ele parou junto de um aparelho negro, parecendo feliz.
- Concertei ele. É seu, se quiser. Ia dar para o Aiden, mas ele é um idiota.
Me aproximei e toquei no aparelho. Era um antigo aparelho de música.
- Sério, Eugene? É meu?
- É.
Me aproximei dele, segurei seu rosto e beijei sua bochecha, fazendo ele mudar de cor.
- Obrigada, Eugene! - Peguei o aparelho e me afastei. - Fico te devendo uma!
Saí, sorrindo e indo em direção a casa.
Subi as escadas e coloquei aquilo no meu quarto, soltando com cuidado, como se fosse de vidro. Me afastei e fiquei admirando.
Desci de novo e saí para a rua.
Carl segurava Judith no colo, me aproximei e peguei ela, segurando uma das mãos e dançando.
- O que deu em você? - Perguntou Carl.
- Nada. - Beijei a cabeça de Judith e olhei ele. - Posso levar por uns minutos?
- Claro.
Desci a estrada, brincando com a menina e rodando, como se estivessemos dançando de verdade.
Mais na frente, vi Daryl, e ele se aproximou.
- Animadas, hein? - Tocou na mão da Judith.
Olhei ele. - É, recebi um presente. Do Eugene.
Daryl me olhou. - Porque ele te deu um presente?
- Para eu escutar a minha música que sobreviveu ao apocalipse.
Daryl ergueu as sobrancelhas e olhou Judith. - Se prepara, nunca mais vamos dormir nessa comunidade.
Estreitei os olhos. - Só se for por você roncar que nem um trovão.
Ele riu. - Você nem dorme comigo.
- Seu quarto é do lado do meu, eu escuto você toda a noite.
Daryl me sorriu, divertido, e eu sorri de volta.
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Bite Your Kiss
FanfictionDaryl nunca achou que se adaptaria a Alexandria, aquele povo que parecia ter esquecido que, lá fora os mortos dominavam o mundo, matando todos os que eles mais amavam. Além disso, os Alexandrinos eram esquisitos, com suas roupas e vidinhas normais...