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No dia seguinte, assim que desci, não vi Daryl em lugar nenhum

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No dia seguinte, assim que desci, não vi Daryl em lugar nenhum. Ele já deveria ter saído.
Fui na cozinha, cantando algo só para me lembrar de que estava viva.
Escutei a porta fechando e olhei para trás, vendo Daryl aparecendo na cozinha e parando assim que me viu.
- Já de pé?
Dei de ombros. - E daí?
Ele negou com a cabeça. - Pensei que iria dormir a manhã inteira. - Sentou na cadeira e indicou a porta. - Vim agora de falar com a Michonne. Rick está um pouco alterado, Deanna está em choque pela morte do marido, o médico se foi e Aaron acha que é melhor parar de recrutar pessoas.
Franzi o cenho. - Sério? Aaron disse isso?
- É.
- Nossa. Mas então o que vamos fazer agora? - Passei a mão pelos cabelos. - Eu não posso ficar para sempre dentro desses muros.
Daryl deu de ombros. - Vamos ter de continuar saindo, sempre precisamos de coisas. Seu trabalho está garantido.
Eu ri e sentei do lado dele. - Parecia tão normal, agora.
Ele franziu o cenho. - Não sou normal?
- Você entendeu. - Levantei e toquei no seu ombro. - Vem?
- Onde?
- Preciso falar com o Aaron, tenho de ter certeza disso.
Ele levantou e me seguiu. - Está me chamando de mentiroso, agora.
Revirei os olhos. - Você é um idiota.

Uma semana depois...

- Olha. - Ergui o dedo, mostrando a ela um pássaro enorme que acabava de poisar no topo do muro.
Judith, nos meus braços, riu.
- Aquilo é o que o idiota do Daryl chamaria de jantar, mas a gente, pessoas normais, chamamos de pássaro.
Judith olhou o pássaro e ergeu a mão. - Dail.
Eu ri. - Não, não é o Daryl, é um pássaro.
Me afastei, erguendo ela no ar, e fingindo que iamos num avião, fazendo vários barulhos idiotas mas que ela parecia adorar.
Depois segurei ela direito e mexi na sua barriga, fazendo ela rir imenso.
Percorremos as ruas de Alexandria e chegámos na casa de Rick, onde Carl já estava nos esperando, nas escadas.
- Olha, o Carl já está esperando você.
Judith esticou os braços. - Cal.
Sentei do lado dele e ele pegou a irmã.
Eu ri e indiquei a menina. - Sua irmã chamou um pássaro de Daryl.
Carl riu. - Já escutou ela chamando você?
Neguei com a cabeça e vi Carl chamar a atenção dela e depois me indicar com o dedo.
- Quem é ela, Jude?
Judith me olhou. - Laia.
Eu ri e fiz carinho no seu rosto.
- Lara!
Olhei para o lado e vi Abraham me fazendo sinal com a mão.
Me despedi dos Grimes e segui na direção dele.
- O que foi? - Perguntei, andando do lado dele na direção do portão.
- Tem um grupo enorme de mortos vindo para cá. Deanna não quer saber de nada e Alexandria não tem um líder.
- Vocês têm o Grimes.
Abraham me olhou. - Se você der ordens, os Alexandrinos cumprem, se for o Rick...
Assenti. - Tá. Quero ver esse grupo.
Subi na torre e Sasha me entregou o rifle, que peguei e olhei. Depois franzi o cenho.
- O que é aquilo lá na frente?
Abraham suspirou. - É o doido do Dixon. Está tentando levar eles para trás.
- O quê?! - Entreguei o rifle a Sasha e desci da torre.
- Lara! - Gritou Abraham.
Corri e subi na moto, ligando ela. Olhei Abraham.
- Atira sobre qualquer coisa que se aproxime! - Dei a partida e saí pelo portão.
Dirigi até chegar em Daryl, que me olhou confuso.
- Que merda você está fazendo? - Gritou.
- Sobe, dirige a moto. Vamos levar eles daqui.
Daryl prendeu a besta, subiu na minha frente e eu encaixei as minhas pernas em redor dele, sentindo meu peito colado nas suas costas.
Os zumbis viraram na nossa direção e começaram a nos seguir.
- Está dando certo. - Falei.
- Você é doida.
Eu ri. - Eu sei. Mas agora temos de levar eles longe o suficiente para não regressarem a Alexandria.
Deixámos os zumbis um pouco para trás e depois Daryl seguiu em outra direção, parando um pouco mais na frente e escondendo a moto no meio das árvores.
Pulei da moto e fiquei olhando a estrada, vendo aquele mar de zumbis se aproximando e seguindo em frente, sem nos ver.
- Deu certo. - Disse Daryl.
Assenti. - Eu sei algumas coisas, Dix.
- Pára com isso. - Ele me empurrou devagar.
Eu ri e depois olhei em volta. Talvez mais uns minutos e depois poderiamos regressar a casa.
Sentei junto da base de uma árvore e Daryl sentou do meu lado, mexendo numa erva que havia tirado do chão.
- Judith chamou um pássaro de Daryl.
Ele me olhou. - Quê?
Eu ri. - Verdade. Eu disse que você chamaria ele de jantar e ela o chamou de Daryl.
- Pffff. Nem sei como a Michonne permite que você chegue perto dela. Vai acabar transformando a menina em uma mini Lara e Deus nos livre de isso acontecer.
- Hey! - Empurrei ele no ombro, e ele riu, se encolhendo.
Mas fiquei olhando ele e, quando Daryl percebeu, me olhou de volta.
- O que foi? - Perguntou.
Dei de ombros. - Nada.
- Hum.
Fiquei olhando aquele olho azul, sentindo algo estranho dentro de mim.
Sem pensar muito no que estava fazendo, me aproximei dele e colei minha boca na sua.
No princípio, Daryl ficou parado, mas depois segurou meu pescoço e me beijou de volta.
Algo explodiu no meu peito. Daryl tinha sido um estranho, depois um amigo... quem diria que iria ser mais do que isso, para mim? Mas havia algo ali, isso era verdade.
Senti cada movimento da sua boca na minha, me beijando com vontade, e tudo fez sentido de repente.
Depois, de repente, me afastei e franzi o cenho.
- É... Daryl, eu... Desculpa.
Ele assentiu. - É...
Levantei e me afastei um pouco, mas ele levantou em seguida e segurou meu pulso, me fazendo olhá-lo.
- Onde você vai? Temos de regressar.
Mordi o lábio. - Vai você, fala para eles que o plano deu certo. Eu... vejo você lá.
Me afastei, andando pelo meio das árvores.
- Lara! - Chamou Daryl.
Ignorei ele.
Eu acabara de beijar o Daryl.

Eu acabara de beijar o Daryl

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Bite Your KissOnde histórias criam vida. Descubra agora