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6 meses depois

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6 meses depois...

Sentei no sofá, respirando fundo e passei a mão pela barriga. Estava ficando super pesado, mas pelo menos, estava acabando.
Denise não conseguiu ver o sexo do bebê, ele não deixava, pelo que seria uma total surpresa.
Maggie apareceu e me sorriu.
- Está ficando mais difícil, né?
Abri os olhos. - Quando tiver um, você vai ver.
Ela riu. - Quer um copo de água?
- Quero sim, obrigada.
- Tá, eu pego.
Ela se afastou e eu me mexi, para achar uma posição melhor para sentar... e foi quando tudo mudou.
Olhei para baixo. Aquilo não estava acontecendo! Não agora! Daryl nem sequer estava ali, tinha saído com Rick.
- Maggie!
Ela apareceu correndo, mas parou assim que me viu.
- Oh meu Deus! Suas águas... Vou chamar a Denise.
- Mas volta também. - Gritei para a porta, pois ela já tinha saído.

- Lara, pára. - Disse Maggie, sentada na minha frente. - Já tou vendo a cabeça. Espera, seu corpo vai dizer quando fazer força.
Assenti, mordendo o lábio e morrendo de dor.
- Como você sabe o que fazer? - Perguntou Denise.
- Meu pai era médico e eu fiz o parto da Judith. Bom, não foi igual, mas tudo bem. - Ela colocou uma das mãos no meu joelho. - Vai, Lara, de novo quando quiser.
Senti a contração e fiz força, gritando de dor. Parecia que todos os meus ossos estavam sendo quebrados ao mesmo tempo. Eu queria morrer.
- Chamou o Daryl? - Perguntei, entre respirações rápidas.
Maggie assentiu, sem nunca erguer os olhos.
- Falei com o Rick pelo rádio, eles estão vindo.
Senti uma nova dor e fiz força. Maggie sorriu.
- A pior parte já está, já tenho a cabeça e os ombros. A próxima e ele já sai completamente. Vamos lá.
Assenti. - Tá. Tá bom.
Fechei os olhos, senti meu corpo e fiz força, gritando uma última vez... e depois escutei ele chorar.
Respirei de alívio e olhei Maggie, que segurava, enquanto Denise ajudava com uma toalha, e ela me sorriu.
- É uma menina.
Joguei a cabeça para trás, no travesseiro, enquanto elas limpavam a minha bebê.

Horas depois, a porta do quarto abriu e um Daryl entrou, parecendo furacão, mas parou assim que me viu.
Ele se aproximou e eu sorri.
- É uma Brianna.
Daryl me olhou. - Sério? - Depois beijou minha cabeça. - Como você está?
- Ótima, mas não quero passar por isso de novo, tá? Por mim já deu.
Rimos os dois e depois ele pegou na menina, que se mexeu, mas assim que a mão dela tocou na pele dele, ela ficou muito quieta, dormindo.
- Hum. - Fiz.
Daryl me olhou. - O que foi? - Ele parecia preocupado.
- Ela gosta de você.
Daryl sorriu e sentou na cama, junto das minhas pernas.
- Achámos várias latas de fórmula, eu e o Rick. Devemos ter para uns dois meses.
Assenti. - Tara trouxe roupas e Michonne pegou algumas que eram da Jude.
Daryl ficou ali, parecendo encantado, mexendo na mão pequenina da Bri e olhando ela.
Eu nunca pensara nisso, ter filhos e tal, mas tenho de confessar que naquele momento, eu era a pessoa mais feliz do mundo. Tinha o Daryl e nós dois tinhamos a filha mais linda do mundo.
- Ela tem os seus olhos. - Falei.
Daryl me olhou.
- Sério. - Continuei. - O mesmo azul.
Daryl mordeu o lábio e me olhou de novo. - Era o azul da minha mãe.
Estiquei o braço e ele segurou a minha mão com uma das suas.

No dia seguinte, quando acordei, percebi que minha filha não estava mais nos meus braços, onde eu sabia que ela estava quando eu adormeci.
Olhei em redor, em pânico, mas depois vi Daryl sentado na cadeira, junto do berço e ele me olhou, colocando um dedo sobre os lábios. Perfeitamente segura nos seus braços, estava minha filha.
- Você nunca mais vai largar ela? - Perguntei, sorrindo.
Daryl me olhou. - Você precisa descansar.
Passei a mão pelo cabelo. - De onde você saiu?
Ele deu de ombros. - De uma cidadezinha de merda.
Eu ri e depois vi ele levantar e colocar a Bri no berço, se aproximando de mim, beijando meus lábios e se afastando.
- Vou buscar alguma coisa para você comer.
Ri. - Posso ao menos ir no banheiro, chefe?
Ele revirou os olhos. - Devagar.
- Prometo.
Ele saiu do quarto e eu me levantei.
Nossa que tudo doía. Fui andando devagar, sentindo cada linha da sutura que Denise fez. Aquilo ia doer horrores daqui a uns dias.
Quando regressei, sentei na cama de novo, devagar e fazendo careta de dor.
Depois meus olhos viram aquele ser pequenino, dormindo no berço e eu fiquei olhando ela. Admirando.
Era tão pequena. Seu cabelo escuro como a noite... Mas o que mais me fascinara, fora a cor dos seus olhos. Eram do exato tom do Daryl.
Sorri, sozinha. Se uns meses antes tivessem falado que eu iria me apaixonar pelo Daryl e ter uma filha com ele, provavelmente eu me jogaria no pescoço da pessoa, ou cortaria sua cabeça. Mas nesse momento... nesse momento eu me sentia diferente. E tudo aquilo fazia sentido, como se sempre fora para ser meu.
Eu amava o Daryl com todas as minhas forças e mais do que qualquer coisa, e agora tinha aquela pitica por quem eu daria minha vida.
Eu ri, sozinha de novo. Era a minha família.

 Era a minha família

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Bite Your KissOnde histórias criam vida. Descubra agora