E todo mundo aqui vai respeitar

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Alexander estava no seu laboratório novamente tentando chegar em algum lugar com aquele minúsculo pedaço de titanium que era só o começo do microchip. 

Estava sendo extremamente difícil chegar a alguma solução. O que ele queria já está  basicamente pronto, o problema era que pra pode ser injetado na coluna e fazê-lo funcionar estava sendo o mistério. Para isso ele precisaria de uma bateria que durasse a vida toda ou por muito tempo, e conseguir fazer isso era o grande problema. 

Para o chip ser injetado não precisaria de uma grande cirurgia, seria um pequeno corte o suficiente para poder chegar até lá, ele criou uma espécie de "cola" que assim que encostasse o microchip ele se fixaria na coluna quase como um ímã. Só que esse microchip não poderia simplesmente descarregar, ou parar.

Imagina se a pessoa que usa o chip acaba a bateria no meio da rua e suas pernas simplesmente param de funcionar, não isso não poderia acontecer, então pra isso realmente dar certo precisaria de uma carga suficiente que durasse pelo menos um ano ou mais. Isso até existia, mas não do tamanho de um átomo. Essa bateria teria que ser minúscula para poder ser encaixada no microchip.

Essa semana seria a entrevista com alguns estudantes de engenharia robótica da universidade do Texas, e Alec esperava que aparecesse alguém que pudesse o ajudar nisso, mas não poderia ser qualquer um, teria que ser responsável e com força de vontade de poder passar dias ou até horas trabalhando nisso ao lado dele. E claro, alguém de extrema confiança, ele não colocaria um projeto que ele vem desenvolvendo há anos na mão de qualquer um. 

Se isso realmente desse certo seria uma inovação que mudaria o mundo. Alec só de imaginar poder fazer com que tantas pessoas pudessem voltar a andar e ter uma vida sem limitações o dava mais empolgação para poder trabalhar incansavelmente nisso. Isso demoraria um bom tempo para chegar ao mercado porque teriam que ser feitos muitos testes, precisaria de liberações médicas e muitas outras burocracias por trás disso. Mas ele tinha esperanças que alguém olhasse para aquele projeto com esperança como ele. 

Ele sabe que só o chip não poderia fazer a pessoa simplesmente voltar a andar no momento em que fosse imantado, seria necessário muita fisioterapia e força de vontade. Um pedaço de titanium não seria capaz de tanto sozinho. 

Peças mecânicas tem ajudado muito e avançando a cada dia, mas só isso nunca seria suficiente. Ele também ainda não tinha certeza se todos teriam o mesmo resultado porque cada corpo reage de um jeito, medicina existe por algum motivo, ele só queria que o trabalho deles se tornasse mais eficiente. 

Isso também era um grande problema, muitos cientistas ou médicos ainda tinham um grande preconceito com a tecnologia. Ainda não acreditavam que isso poderia dar certo, alguns até tinham medo de que um dia o mundo descarte a medicina por pequenos robôs. Isso seria impossível, a medicina é importante e muito necessária, mas poderia se tornar melhor com a robótica. 

O problema era fazer eles acreditarem nisso, Alec esperava que sim. 

— Você não acha que está na hora de você sair desse laboratório? Fui informado que você não parou nem para almoçar. 

Alec tirou os olhos do microscópio assim que ouviu aquela voz. 

Olhou para a porta e viu Magnus parado ali com um saco de papel em uma mão e duas bebidas na outra. 

Ele levantou os óculos transparentes de proteção e o deixou apoiado no topo da cabeça para olhar para Magnus. 

Estava com uma mochila nas costas, provavelmente tinha acabado de voltar da faculdade. 

Hoje faz um mês desde aquela noite no bar em que eles decidiram tentar, e hoje Alec o convidou para conhecer a sua empresa. 

Alec queria que Magnus o conhecesse por completo, cada pedaço da sua vida, e sua empresa era um lugar especial e queria compartilhar com alguém especial. 

De Repente, Você - Malec Onde histórias criam vida. Descubra agora