Está na hora de seguir em frente

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Magnus, finalmente, estava recebendo alta do hospital. 

Oliver queria que ele ficasse por mais dois dias internado, e, de repouso, porque sabia que o garoto não iria ficar quieto em casa. Magnus inalou muita fumaça, seu pulmão ainda estava frágil e precisava se recuperar. Também teria que ficar alguns dias em casa, sem faculdade ou trabalho para a queimadura da perna melhorar. 

— Vamos amor, eu quero ir embora… – Magnus acelerou Alec que estava guardando suas roupas em uma mala — Ai meu deus, Alexander, eu tenho que ligar para Carlos e ver se posso ficar algum tempo lá já que não tenho mais onde morar – disse. Lembrou-se só nesse momento que tinha perdido o apartamento. 

Na verdade, ele até tinha se lembrado, mas Alec, T.K e Carlos se negaram a lhe dar qualquer informação do tamanho do estrago. Oliver os informaram que ele passou por um grande estresse e era melhor esperar um tempo. 

A única informação que recebeu foi sobre a morte de Asmodeus. 

T.K explicou que ele foi encontrado muito próximo ao fogão – que foi o motivo do incêndio – teve queimaduras de 4°grau, e como bebia muito e já tinha uma idade avançada seu corpo não aguentou e acabou com uma parada cardíaca no hospital. 

Magnus evitou pensar muito em como estava se sentindo em relação ao falecimento do padrasto nesses dois dias. 

Hoje seria seu enterro e ele ainda não tinha decidido se gostaria de ir ou não.

Alec fechou o zíper da mala e olhou na direção de Magnus que estava terminando de abotoar a camisa social.

— O quê foi? – Magnus perguntou com um sorriso cínico sabendo exatamente o que Alec iria dizer. 

— Você está indo morar comigo Magnus, e isso não foi uma pergunta – disse sério apontando com o indicador na direção de Magnus que riu e se aproximou de Alec passando os braços ao redor do seu quadril. 

— Eu sei… eu só queria escutar de você pra ter certeza – disse e recebeu um sorriso torto de Alec que quebrou a distância e o beijou. 

O beijo que era pra ser calmo e lento foi ficando mais intenso na medida que Magnus já estava tentando invadir a camisa de Alec com as mãos.  

Alec interrompeu o beijo com uma mordida no lábio inferior de Magnus e se afastou ouvindo um resmungo do garoto.

— Estamos no hospital baby, vamos pra casa. – olhou ao redor do quarto pra ver se não tinha se esquecido de nada. 

Alec colocou a alça da bolsa no ombro, pegou a mão de Magnus entrelaçando seus dedos e saíram do quarto. 

No carro, Alec começou a dirigir seguindo o caminho de casa. 

— Podemos passar no apartamento pra ver como ficou? – Magnus perguntou. 

Alec o olhou com o canto de olho não podendo tirar os olhos da estrada, mas alcançou sua mão. 

— Tem certeza? Não quer esperar mais um tempo? 

Magnus negou. 

— Não tenho mais o que esperar, quero ver como as coisas ficaram, o quê sobrou e me livrar do resto. – Magnus riu áspero — Perdi tanto tempo da minha vida lutando por aquele apartamento e no final das contas não resolveu nada. Você deve estar me achando um idiota agora. 

— Não, você não é Magnus. Eu entendo seus motivos e do apego que tinha com aquele lugar, foi a única coisa que sobrou da sua mãe e não queria se desfazer disso. Eu só não gostava da ideia de você dividindo o mesmo espaço que Asmodeus, você merecia mais. Mas, pra tudo tem um fim e acho que esse foi o da sua casa e da vida que você tinha com Asmodeus. Acho que agora você pode seguir em frente, comigo e com nosso bebê. – Alec disse e virou de lado para olhá-lo agora que o sinal estava fechado. 

De Repente, Você - Malec Onde histórias criam vida. Descubra agora