Estou tentando falar

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Magnus piscou os olhos tentando acordar, foi necessário um grande esforço pra isso. Se apoiou nos cotovelos e inclinou a cabeça na janela e pelo pequeno vão entre as cortinas notou que ainda estava escuro. 

Se jogou de volta na cama, esticou a mão até a mesa de cabeceira e pegou seu celular, ainda era 5h30 da manhã. 

Resmungou de irritação por isso, teria que levantar em duas horas para ir a faculdade, deveria estar dormindo, mas seu bebê não pensava do mesmo jeito. Seu estômago roncava com barulhos altos informando que seu bebê queria se alimentar. Não queria culpar seu bebê por isso, mas Magnus não sentia tanta fome assim e jamais acordaria de madrugada especificamente pra isso. 

A gravidez trouxe muitas sensações diferentes que ele não estava tão acostumado; fome demais, sono em horários errados, o cansaço corporal, a vontade de chorar por bobagens, a insegurança que antes já era grande e agora triplicou, e a irritação sem motivo. Mas a fome ainda estava sendo o principal. 

Se espreguiçou na cama, precisava levantar pra comer, mas estava com tanto sono, os lençóis e o cobertor quentinho estava tão bom que não gostaria de sair da cama. 

Será que seria muito ruim se eu acordar Alec pra fazer algo pra mim comer? Eu poderia também já contar sobre o bebê pra ele? Assim ele teria que cuidar de mim. 

Ele fechou os olhos e tentou esquecer da fome e voltar a dormir, mas seu estômago estava praticamente implorando por alimento. 

— Magnus, pelo anjo tem formigas na cama, você não para quieto… – Alec resmungou irritado pela inquietação de Magnus que já tinha dado algumas cotoveladas na sua coluna com o tanto que se mexia. 

Alec que até então estava de costas se virou ficando de frente para Magnus e se aproximou dele deixando seus corpos colados. 

— O quê houve…? – perguntou baixinho com sua boca bem perto dos lábios de Magnus. 

Magnus suspirou. 

— Estou com fome – afirmou.

Alec revirou os olhos. 

— Agora? Nem amanheceu ainda baby – disse com uma sobrancelha erguida não entendendo a fome repentina do garoto. 

— Jura Sherlock Holmes, eu percebi isso. Eu tenho culpa se o seu fi… Hm.. eu estou com fome – Magnus disse, estava tão irritado pela fome que não pensou o que estava falando e quase soltou sobre o bebê, de novo. 

Decidiu também que não passaria do café da manhã, precisa contar urgentemente sobre essa criança à Alec. Está cansado de ter que pisar em ovos e ficar medindo suas palavras. E, uma hora ou outra Alec teria que saber, mesmo que ele não queira essa criança. 

Alec jogou as mãos para o alto em rendição e deixou um beijo nos lábios do seu garoto manhoso que gemeu com a sensação dos lábios macios e quentes. 

Era pra ser apenas um beijo carinhoso, mas esse gemido deu um impulso para Alec arrastar sua língua para dentro da boca pequena do seu garoto entrelaçando suas línguas juntas em beijo quente e delicioso aquecendo todo seu corpo. 

Magnus já deslizava sua mão pelo peito nu de Alec e descendo até o abdômen  sentindo sua musculatura rígida. Inclinou seu corpo para frente aprofundando o beijo fazendo com que Alec deitasse de costas no colchão, e sentou no seu colo. 

Alec quem não resistiu e gemeu nos lábios de Magnus que tinha total controle sobre o beijo. Começou a ondular o quadril bem em cima da ereção matinal de Alec que estava adorando o estímulo e querendo mais. 

De Repente, Você - Malec Onde histórias criam vida. Descubra agora