Talvez, Magnus estivesse certo

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Boa noite ❤️

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Magnus não imaginava que o último mês da gravidez iria ser o pior e o mais lento de todos eles.

Desde a descoberta do bebê as coisas têm acontecido tão rápido, que não esperava que o último seria o pior.

O que o incomodava não era nem o fato das últimas semanas estarem se rastejando, e sim as diversas outras coisas que chegaram junto com o 9° mês. O cansaço excessivo, a barriga pesada, não encontrar uma posição confortável para dormir, a vontade constante de ir ao banheiro. Isso tudo estava o deixando louco.

Oliver disse pra que eles esperassem por mais alguns dias, se o bebê não decidisse nascer por conta própria, eles marcariam uma cesárea. Mas Magnus já estava quase arrancando o bebê de dentro com as próprias mãos.

Não, ele não iria se culpar por estar tão desgastado e querendo se livrar da barriga. Ele aproveitou a gravidez ao lado de Alec o máximo que pôde, tudo era empolgante no começo – os enjôos, desejos estranhos, seu mau humor, as cócegas que sentia quando o bebê se mexia – mas ele estava cansado, muito cansado. Precisava urgente que esse bebê nascesse pra que pudesse se livrar da barriga.

Não que isso fosse resolver alguma coisa quanto ao seu cansaço, já que ter um recém nascido pioraria tudo. Mas pelo menos ele poderia ter seu pequeno Max no colo que seria seu motivo de estresse e ao mesmo tempo seu calmante natural.

Estava ansioso para saber se ele puxaria seus olhos pequenos com os azuis de Alec, se sua pele seria dourada como a dele ou a pálida de Alexander. Só queria ter seu pequeno nos braços.

Estava tentando pendurar na porta do quarto do bebê um pequeno quadro com o nome de Max que Clary tinha o dado de presente. Esticou o braços para tentar alcançar o prego e o quadro escorregou da sua mão caindo no chão.

— Mas que porra... – Magnus resmungou — Agora você vai ficar aí idiota, porque nem agachar pra te pegar eu consigo.

— Você sabe que o quadro não te escuta e nem vai te responder não sabe?

Magnus tirou os olhos do chão onde o quadro estava e se virou na direção de Carlos parado no corredor, o olhando com um sorriso no rosto.

— Ei, lembrou que tem amigo? – Magnus disse andando lentamente na sua direção e recebendo um abraço de Carlos.

Carlos revirou os olhos.

— Você estava bem ocupado com os Lightwoods nos últimos meses – Carlos devolveu.

— Não me culpe, vocês entraram de férias e depois não tive mais notícias a não ser as mínimas mensagens que me mandavam deixando sinal de vida. – Magnus explicou.

Carlos levantou as mãos indicando as sacolas.

— Isso é para Max – Magnus suspirou, não que estivesse reclamando. Adorava saber como seu bebê era querido, mas já não tinha onde guardar tantas coisas que Max não teria nem idade pra usar ainda. O closet de Max, que não era nada pequeno por sinal, já não cabia mais nada.

— Venha conhecer o quartinho dele – Magnus disse voltando para o quarto do bebê passando por cima do quadro. — Deixe as sacolas em qualquer lugar, Alexander que se vire depois.

Carlos pegou o quadro do chão e devolveu para Magnus, entrando no quarto em seguida deixando as sacolas em cima de uma cômoda.

— Nossa... – O amigo disse observando o quarto — Tudo é realmente...

— Exagerado? Muito luxuoso para um bebê? – Magnus completou — Pois é, eu penso o mesmo. Diga isso para um Alexander empolgado achando que o bebê vai ligar pra tudo isso, eu já tentei, ele não me escuta. Quem sabe com você funcione.

De Repente, Você - Malec Onde histórias criam vida. Descubra agora