Não vou facilitar as coisas

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O clima leve e descontraído de minutos atrás foi embora como um vento e foi substituído por um tenso e tempestuoso vindo somente de Alec que encarava Oliver com uma expressão dura. 

Ainda não conseguia acreditar na cena que presenciou. 

Quem é esse cara? Porque está tocando Magnus? Porque Magnus tá deixando tocá-lo?

— Eu estou atrapalhando alguma coisa? – Alec exigiu sem tirar os olhos por um segundo sequer de Oliver que ajeitou a postura entendendo a ameaça e o olhou da mesma forma. 

Magnus piscou repetidas vezes entre os dois olhando de um para o outro confuso e sem entender exatamente o que estava acontecendo. Pela postura de Alec que ele não estava contente. 

Os braços cruzados, parado, encarando o cliente como uma parede sem piscar ou mover um músculo, os olhos semicerrados o deixando com uma carranca entre as sobrancelhas, ah, e claro o tom de voz rude e ameaçador exigindo uma resposta. 

Alexander sabia que estava criando uma cena, nem sabia de fato o que estava acontecendo, mas entrar no bar e ver outro próximo do seu garoto o irritou o suficiente para não parar pra pensar no que estava fazendo. E agora que já tinha começado era tarde demais para recuar, e não faria isso, não na frente desse… seja lá quem for. 

— Então… – Alec insistiu olhando o cliente de novo que não se intimidou e o olhava do mesmo modo, achando quase cômica a atitude dele. 

— Alexander esse é Oliver um cliente, ele é novo na cidade e…

— E passou aqui pra conhecer o barman bonito? É Magnus, eu conheço essa história, eu já fui novo na cidade. – Alec disse. 

Oliver deu uma leve tosse que mais parecia com uma risada, Alec travou o maxilar tentando não perder a paciência com o cara.

— Oh… vocês são namorados? – ele perguntou finalmente entendendo. 

Algo disse a Alec que ele sabia assim que entrou no bar que eles eram namorados e o homem só estava zombando dele. 

Alec sorriu sarcástico. 

— Decepcionado? – perguntou dando mais um passo à frente. 

Oliver acenou com a cabeça e olhou para Magnus sorrindo, mas não disse nada. 

— Magnus, cuide disso – falou apontando pra mão enfaixada. — Se precisar de mim sabe onde me encontrar. – Oliver virou de costas e foi até o balcão pegar sua maleta de primeiros socorros e deixou algumas notas pagando pelo drink. 

Caminhou até Magnus. 

— Foi realmente um prazer te conhecer, barman bonito. – disse com a voz arrastada e melodiosa, foi na direção da porta, mas quando ia abrir sentiu ser puxado pela jaqueta de couro e jogado contra um pilar no bar, e um punho foi de encontro a seu rosto. 

— Oh meu Deus, Alexander! – Magnus chamou. 

Alec abriu e fechou a mão se sentindo um pouco mais aliviado, não deu tempo porque ele foi atingido pelo punho de Oliver dessa vez. Ele deu um passo pra frente para revidar, mas Magnus entrou na frente o parando com a palma da mão no seu peito. 

— Magnus eu vou matar esse cara. – Alec disse passando a palma da mãos nos lábios limpando um filete de sangue que escorria do local.  

— Por Deus Alexander você não vai matar ninguém – Magnus disse tentando acalmar, mas não parecia funcionar do jeito que Alec se esforçava para respirar controlar a respiração acelerada.

De Repente, Você - Malec Onde histórias criam vida. Descubra agora