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Minha irmã levou a garota que não parava de tremer e chorar pro quarto.

Meu pai daria um jeito em Gabi que já estava indo pra delegacia. E esse foi o fim da festa, isso era uma coisa inédita nas festas que minha família dava, nunca tinha escândalos, minha mãe devia estar surtando agora.

Vi quando Noah arrastou uma das garçonetes pra trás da casa rindo e aproveitando o melhor da vida.
Olhei em volta e Berta dormia em uma das cadeiras do bar.

Noah era um solteiro igual a mim de quase 30  e nunca tomaria jeito.
Nossas famílias passavam o verão nas casas de praia vizinhas, e foi assim que começamos a amizade, depois veio a escola juntos, brincadeiras nas adegas. Noah foi o único que me apoiou com Cloe.
Ele ia ser nosso padrinho de casamento, mais não houve casamento, não deu tempo.
Cloe adorava ele.

Me afastei dele por quase um ano assim como de todos.

Depois que voltei pra casa tive que Seder aos meus pais e me formar em negócios, acabei assumindo a empresa.
Assim como Noah teve que seder a família dele que era toda de médicos.
Ele se formou em medicina e trabalhava  na clínica do pai.

Meu celular tocou e assim que vi o nome na tela sorri.
Sasha Rondon estava na cidade e eu não estava lá pra receber . Droga!
Sasha e eu tínhamos um contrato sigiloso com muitas cláusulas e nenhuma regra.
Ela viajava pra desfilar e quando passava em Chicago ela era minha, mesmo ela sendo totalmente casada.
Era isso que ela gostava, o perigo, e eu não via problema nenhum nisso.

Eu tinha que voltar logo pra casa.

- Você... Viu o Noah? - Berta perguntou quase caindo em cima de mim quando tentava pegar as pontas do vestido que arrastavam no chão.

- É... Não! Não vi... Ele pode ter ido com Alissa ver como está a garota. Você... Precisa de algo? - Perguntei e ela riu da minha cara.

- Noah está com alguém por aí não é? - Mordi a boca e fiquei em silêncio.

- Claro que ele está... Eu vou dormir, bebi demais. - ela disse entendendo meu silêncio, e saiu cambaleando pra dentro da casa.

Noah era um filho da mãe safado.

Acompanhei ela até o quarto de hóspedes e estava voltando pro meu quarto quando trombei com minha irmã que saia apressada do quarto .

- Opa! O que foi? - Perguntei guardando o celular.

- Nada... Eu só... Só vou atender o celular já volto, você pode ficar um pouco com ela? Só até eu voltar? - Olhei a aporta aberta e segurei o braço de Alissa.

- O que? Eu virei babá de adulto agora? Qual é Ali...

- É urgente... É importante I. - Ela se soltou rápida como um coelho e saiu correndo pelas escadas .

Fechei a cara sentindo o peso da noite horrorosa nos ombros.
Eu precisava dormir.

Relutante entrei na droga do quarto onde a garota estava deitada em forma de bola no meio da cama enorme.

Ela vestia um pijama de ursinho e tinha os cabelos presos em um coque bagunçado, tinha alguns arranhões no ombro e eu tremi de raiva lembrando do lixo do Gabi em cima dela.

- Ali... Você pode dormir aqui hoje? - Ela perguntou e eu parei de andar.

- Ela teve que atender o celular, era urgente. - Falei vendo os grandes olhos cor da noite caírem sobre mim, nariz vermelho e olhos inchados ela arrumou a blusa cobrindo os machucados.

- Eu nem agradeci você por ter me achado lá. muito obrigada, mesmo Iron. - Ela suspirou arrastando a última parte fazendo o meu nome sair rouca na voz dela.

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