POUL" Nunca confie em mulheres... Ela viram vadias quando sentem que te teem na mão. "
Essas eram as palavras preferidas do bosta do meu pai minha infância toda.
Ele bebia muito e quase nunca eu o via sóbrio, e quem sofria com isso era minha mãe.
A pobre mulher dava duro na loja dia e noite pra manter as coisas no lugar enquanto ele gastava tudo, com bebida, mulheres e jogos.Vi ele batendo nela inúmeras vezes e nunca me perdoei por nunca defender ela.
Sempre tive tanto medo dele que chegava a paralisar.
Mais também sentia raiva.
Tanta raiva que chegava a doer respirar.Até o dia que a menina de cabelos despenteados entrou na loja com um casado sujo e desbotado, vi quando ela roubou algo e vi quando ela nem recuou quando eu apontei o dedo pra ela pega no flagra.
Ela não tinha medo. E aquilo me atraiu.
O tênis amarelo e o rosto cansado da menina de 10 anos.
Baize passava fome.
Todos conheciam Baize e a mãe drogada que morava no trailer perto da estrada velha do novo Texas.
E desde o dia do roubo ela sempre voltava lá pelas 6:00 quando já estava fechando.
E eu fingia levar o lixo pra fora e entregava comida pra ela que sorria e ia embora contente.Ver ela sorrir acalmava toda a onda de raiva que tinha dentro de mim.
Desde então... Só existe Baize pra mim.
Levei ela embora comigo quando meus pais morreram.
Fomos criados juntos na mesma casa, dormimos abraçados escondidos dos meus tios.
Fomos pra escola juntos, pro baile.
Consegui montar minha empresa e depois o banco.
Paguei a faculdade e os cursos de fotografia de Baize.
Fiz dela quem é hoje.Me apaixonei por ela todos os dias.
Amei Baize todos os dias.
Respirei ela... E só ela.E pretendia casar e ter filhos com Baize se tudo não tivesse dado errado em Milão .
A gente era feliz lá... Ela só... Ficou muito famosa com as fotos e isso me deixou nervoso.
Ela era bem conhecida e todos queriam estar por perto.
O que só atiçou minha raiva, e ciúme, e medo.
Eu sempre achava que ela podia sumir e nunca mais voltar.
E foi exatamente o que ela fez.Agora ela não atendia a porra das minhas ligações.
Ok... Eu sei que tinha me descontrolado, eu fiz igual a merda do meu pai. Nunca achei que chegaria nesse ponto com ela.
Mais eu fiquei cego, surdo, louco pra porra quando aquele bostinha deu a entender que eles dois estavam...Mais quando ela me bateu, eu acabei revidando!
E antes disso eu tinha empurrado ela.
E bem antes... Quando éramos jovens demais e não entendiamos porra nenhuma soquei a parede bem perto do rosto dela na formatura porque um cara pagou bebida pra ela, estávamos sempre brigando e nos machucando por alguma coisa boba.
E foi ali... Todos os sinais vieram a tona.
Me senti um lixo. Igual a ele.Eu era violento.
Perdia totalmente o controle.
Tinha herdado a porcaria dos genes do ferrado do meu pai.
Eu odiava ele, odiava a raiva que eu sentia dele, e me odiava também por ser assim.Achei que estava perdendo Baize, eu quase morri quando ela foi embora de Milão sem mim.
Peguei as malas e vim pra Chicago na mesma hora sem nem pensar deixei Jhosh pra trás e tudo que construí la.
Era insuportável respirar sem ela.Recomeçar era horrível, mais com Baize tudo ficava fácil.
Alissa e ela estavam morando juntas o que eu não gostei nada.
Ela morava comigo em Milão, sempre morou comigo desde criança, agora era como se tudo fosse vazio sem ela.Eu tinha que reconquistar meu amor.
Fazer filhos nela e ter Baize pra sempre pra mim como era pra ser." Eu tô chegando. "

VOCÊ ESTÁ LENDO
A Sua Espera
Roman d'amourDesgarrado, se esquivando, indo pro lado oposto de tudo que representasse algum tipo de afeto. Era assim que Iron Sinson vivia depois de ter perdido Cloe pro câncer de mama. E pra ele estava funcionando assim. Até esbarrar literalmente na melhor am...