Capítulo XLI

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Carlos

Eu não tenho outra alternativa a não ser ceder novamente a chantagem e fiz um empréstimo. Assinei aqueles papéis com o coração na mão, não é uma dívida pequena. Elaine sabe quanto eu ganho e agora terei que inventar uma boa desculpa para esse valor que será subtraído todos os meses. Liguei para Fabiana...

Carlos – Estou com a droga do seu dinheiro!

Fabiana – Traga para mim, estou saindo da contabilidade agora. Passe na sorveteria aqui em frente ao escritório!

Consuelo

André – Os contratos ficaram perfeitos, a cada dia vocês e supera e vai acabar ficando melhor do que eu!

Consuelo – Você me ensinou direitinho.

Depois, André me pediu para levar uns contratos até o contador, fui de táxi e claro por conta da empresa. Assim que chegamos, eu vi meu pai sentado em uma sorveteria e claro que estranhei, além de estar em horário de serviço ele nunca foi do tipo que frequentava esses lugares casuais a não ser que fosse comigo ou a minha mãe.

Taxista – Já chegamos moça.

Consuelo – Por favor, me deixe ficar aqui um instante. Eu pago pela sua espera!

Fiquei uns minutos escondida e esperando para ver com quem ele iria se encontrar, por que era nítido que era isso que ele ia fazer, ali olhando a cada segundo para o relógio de pulso e para os lados como se estivesse fazendo errado.

Vi Fabiana sair de dentro do escritório para onde eu iria levar os documentos e ir em direção ao meu pai. A barriga dela estava gigantesca...

Consuelo – Não posso acreditar que meu pai esteja se encontrando com essa mulher maldita de novo.

Vi ele passar algo para ela dentro de uma bolsa preta, pelo movimento de suas mãos Fabiana estava contando cédulas. Comecei a chorar de decepção, meu pai não mudou nada e com certeza estava de caso com ela de novo. Como vou dizer isso para minha mãe? Ela está feliz com ele e não tenho coragem de desmascarar o meu pai!

De novo com a mesma mulher que nos separou no passado, ele não pode ser tão miserável a esse ponto.

Esperei ele ir embora e ela também, só assim, eu saí de dentro daquele táxi e levei os documentos. Assim que voltei para a empresa eu não quis falar nada para André, não que seja por falta de confiança, mas preciso saber primeiro se Fabiana e meu pai estão de novo tendo um caso.

Ela está grávida dele, ou de outro e quem sabe até do meu pai? Deus, estou com tanto medo do futuro e do que podemos descobrir com ele.

André – Aconteceu alguma coisa? Você parece pensativa.

André me trouxe um café, acariciou minha mão e se sentou de lado na minha mesa.

Consuelo – Não é nada demais.

André – Pensei em fazermos o exame de DNA em Elisa na semana que vem. O que você acha?

Consuelo – Eu acho ótimo, já é hora dela ter o nome do pai na certidão de nascimento.

Cheguei em casa evitando olhar nos olhos da minha mãe, dei banho em Elisa.

Elaine – Eu comprei uma lingerie linda para usar amanhã, quero dar uma noite especial de presente para Carlos nesse dia dos pais.

Consuelo – É muito bonita.

Fico pensando na dor que vai ser para ela uma segunda decepção, não iria perdoar ele jamais e se fecharia para o amor pelo resto da vida.

Te quero, te devoro...Tekila!Onde histórias criam vida. Descubra agora