Te quero, te devoro...Tekila!

Capítulo LII

Consuelo

Estávamos juntos na sala de espera, nem quero pensar no que os jurados estavam conversando entre si. Espero que de alguma forma o depoimento da minha mãe tenha os emocionado, se Felipe estivesse aqui...

Consuelo – Eu recebi uma ligação de Londres, em meio a tantas coisas acontecendo eu não disse a vocês todos. Felipe acordou!

Carlos – Se ele estivesse aqui, poderia nos ajudar a provar o tipo de mulher que Fabiana é. Deve saber de muita coisa sobre ela!

Elaine – Mas não podemos contar com ele, agora devemos pedir a Deus que as provas que André tem sobre a maldade de Fabiana com os filhos, pelo menos garantam a ele a guarda das crianças.

Consuelo – Eu não dou a mínima se Fabiana será presa ou não. Só quero que André e Theo possam continuar com a gente.

Raul recebeu uma ligação, ficou estranho e pediu para sair da sessão.

André – O senhor não pode sair assim no meio do julgamento.

Raul – Confie em mim, aconteceu algo que pode nos ajudar! Voltarei o mais rápido que eu puder.

Consuelo

Espero que seja algo muito positivo para nós, minha mãe estava tão calada. Envergonhada com certeza de ter que expor parte tão triste da nossa vida na frente de todos. Meu pai se sentou ao lado dela e lhe deu um copo d'água.

Carlos – Estou indo embora e você nunca mais vai precisar reviver essas dores.

Elaine – Pelo contrário, acho que ter dito isso aqui na frente de todas essas pessoas me fez sentir a dor sair de verdade.

Carlos – Fico feliz que tenha finalmente superado essa dor, torço de verdade para que você seja feliz.

Fomos convocados para voltar, agora iremos falar sobre os crimes de maus tratos de Fabiana contra o filho.

Juiz – André acusa Fabiana de abandono, negligência e maus tratos contra o filho mais velho e que é portador de necessidades especiais.

Fabiana – Isso é mentira, eu amo meu filho!

Juiz – Silêncio a senhora só pode se manifestar quando for convocada. Vamos ouvir o promotor.

Promotor – As acusações de André, são graves e ele anexou a babá como testemunha e um vídeo que foi feito em na sala de sua casa.

Ver aquela cena de novo dava uma sensação de impotência, eu e todos que estávamos ali queríamos entrar e pegar o menino no colo. Ela o deixou chorar por horas e permaneceu trancada no quarto, não antes de dizer tantas coisas cruéis ao menino.

Promotor – Como puderam ouvir na fala da própria Fabiana, ela se refere ao filho como inútil, um peso em sua vida e o deixa chorando sozinho em um cômodo, exposto a aparelhos eletrônicos conectados a tomada e muitos outros riscos que envolvem expor um bebê a uma situação não controlada.

Juiz – A advogada de defesa, gostaria de ter a palavra?

A advogada dela estava perplexa, uma imagem vale mais do que mil palavras. Não como a minha que ainda dava margem a dúvidas, segundo a falha justiça.

Luciane – Por que fez isso com seu filho?

Fabiana – Eu estava chateada com André, pelos eu abandono, mas isso não prova que eu não cuido do menino!

Luciane

Não posso largar o caso diante do júri, eu seria massacrada se fizesse isso. Fabiana era um monstro, me arrependo de ter defendido alguém como ela.