Te quero, te devoro...Tekila!

Capítulo XLIX

Elaine

Depois da medida protetiva, nós pudemos voltar para casa. André trouxe a babá para cuidar dos meninos, ajudar Consuelo e a mim enquanto ela estava no trabalho.

Dois dias depois, eu recebi uma ligação do doutor Alexandre. Acabei cedendo e marcando um jantar para nós dois, no mesmo instante que desliguei o telefone Carlos me mandou uma mensagem...aquilo parecia um sinal.

Carlos – Ainda estou aguardando a conversa que me prometeu, os dias passam devagar sem você, mas não quero ficar tão longe de você.

Sinto falta dele, mas não quero ser enganada de novo.

Consuelo

Voltei para o trabalho, Marcelo me colocou de novo no cargo de auxiliar de contratos ao lado de André. Íamos e voltávamos juntos mesmo sabendo que algumas pessoas nos julgavam, Fabiana denunciou André e para algumas pessoas nós dois representávamos uma grande traição.

Marcelo

Flagrei meu pai ao telefone e uma palavra me chamou atenção e por ela, devolvi o cargo a Consuelo. Fabiana, ela estava manipulando meu pai e já imagino quais armas possa ter usado para isso. Liguei os pontos, André estava sendo processado por ela e todos na empresa sabiam, a advogada de Fabiana se chama Luciane...uma das mais caras do país e uma mulher como ela jamais poderia arcar com os honorários sozinha.

Esperei meu pai chegar o levei para o escritório e tivemos uma conversa de homem para homem.

Marcelo – Por que está dando dinheiro e fazendo as vontades da ex esposa de André?

Ulisses – Não sei do que está falando.

Marcelo – Estamos apenas os dois dentro dessa sala, é melhor que diga para mim. Fabiana está sendo investigada, se o senhor estava tendo um caso com ela, fique sabendo que vai ser convocado para depor e minha mãe não vai gostar nada disso.

Ulisses – Sim eu confesso, Fabiana e eu tivemos uma troca de prazer.

Marcelo – Troca de prazer? Um homem como o senhor transar com a esposa de um dos funcionários, achei que fosse mais inteligente.

Ulisses – Me respeite moleque! Já me basta lidar com a chantagem daquela mulher vulgar.

Marcelo – E até quando vai ceder?

Ulisses – Até convencer sua mãe a voltarmos para Londres, Singapura ou qualquer outro lugar bem longe daqui.

Marcelo – É melhor torcer para que ela seja condenada, Fabiana me procurou também para tentar me convencer a tirar Consuelo de perto de André. Não se sinta especial, ela não vale nada e tomara que apodreça na cadeia!

Consuelo

André deu entrada no divórcio litigioso, queria que eu fosse morar com ele, mas prefiro esperar que a justiça decida sobre os meninos e tudo esteja mais tranquilo.

À tarde eu recebi uma ligação de Londres e até estranhei o número. Só consegui ouvir uma frase que me deixou trêmula: Felipe acordou.

Contei para minha mãe, ela ficou feliz. Felipe é um jovem e tem toda a vida pela frente, sua mãe estava lá o tempo todo e deve estar muito feliz. Naquela noite, André ia dormir com a gente em casa, eu não permitia isso o tempo todo. Vida de casado, apenas depois do sim!

Minha mãe estava toda linda, a muito tempo não a via tão arrumada e deslumbrante.

André – Minha sogra está muito bonita.

Consuelo – Ela tem um encontro!

Elaine – Não fale assim, só vou jantar com um amigo.

Deus me perdoe, mas eu torcia para que um maço de alface grudasse no dente dele. A campainha tocou e ela abriu a porta, o pior é que o médico era bem bonitão.