Capítulo XLII

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André

Felizmente não tenho o vírus, o médico havia me dado a notícia como se estivesse com pena por eu ter sido traído. Nada disso importa, não amo Fabiana e nem poderia querer fazer mal a ela...a vida já estava cobrando com aquela notícia.

André – Vamos para casa, você precisa descansar.

Fabiana – Isso é mentira, precisam fazer mais testes!

André – O médico não tem dúvidas, mas já chega. Vamos agora.

Fabiana

Ninguém pode saber, essa doença é maldita. Irão sentir nojo de mim, foi o bandido do Victor que me passou isso...

Chegamos em casa desabei em lágrimas, a muito tempo eu não me permitia chorar daquela forma.

Fabiana – Se você falar a alguém sobre isso vai acabar com nossa vida André, imagine como vão te tratar também. Acha que vão acreditar que sendo casado comigo, você não tenha o vírus?

Ele pegou um copo d'água e me deu.

André – Não vou te expor Fabiana, você sabe que eu não sou esse tipo de homem. Vá tomar um banho, vou preparar alguma coisa para você comer.

André

Até ela dar à luz preciso ser forte e suportar, um mês passará depressa. Agora com essa doença, me pego a pensar se meus filhos são de fato, meus.

Consuelo

Decidi observar mais o meu pai, ficar atenta aos sinais que ele nos dá diariamente. Confesso que ele não parecia estar se encontrando com ela ou com outra mulher, chega cedo em casa e sempre vem almoçar conosco.

André resolveu alugar um cantinho para que pudéssemos nos encontrar. Sempre, depois do trabalho eu ia para lá e namorávamos antes de irmos para casa. Mas em um sábado eu tive que mentir para o meu pai, para sair com Elisa, André queria vê-la.

Ela acabou dormindo depois de brincar muito com ele, os dois se dão tão bem que não restam dúvidas. Percebi que ele estava preocupado e não retribuía meus beijos com a mesma vontade.

Consuelo – Não vou te pedir para que compartilhe comigo sua preocupação, por que não estou sendo honesta e tampouco leal como deveria ser.

André – Por que diz isso? Está me escondendo alguma coisa?

Consuelo – Eu sinto que nós dois estamos, eu vi Fabiana e meu pai a alguns dias, juntos em uma sorveteria próxima ao trabalho dela!

André – Isso é terrível Consuelo, Fabiana e seu pai não podem ter nenhum tipo de relação.

Consuelo – Não entendo sua reação, diz isso por que ela está grávida?

André – Ontem Fabiana foi fazer um exame de rotina e o médico pediu um teste de HIV, deu positivo.

Consuelo – AIDS?

André – Sim, mas não se apavore. Não foi de mim que ela contraiu, lá mesmo eu fui examinado e testei negativo felizmente. Fabiana me traiu e nem sei se meus filhos são de fato, meus.

Consuelo – A minha mãe, Deus. Se Fabiana e meu pai estiverem transando, ela pode ter contraído essa doença. Eu mato, mato o meu pai!

Fiquei desesperada e chorei abraçada com André, não podemos esconder nada um do outro nunca mais. Se ele não me dissesse a verdade, isso iria piorar as coisas muito mais.

André – Vamos suportar esse mês, assim que Fabiana der à luz eu vou poder brigar pelos dois na justiça. Sendo filhos de sangue ou não, eu vou reconhece-los.

Te quero, te devoro...Tekila!Onde histórias criam vida. Descubra agora