Te quero, te devoro...Tekila!

Consuelo XII

Acordei deitada sobre o corpo de André naquele sofá apertado e sentindo os pelos do peito dele fazerem arrepiar minha pele desnuda, eu mal podia acreditar que estávamos juntos outra vez depois de tantas intrigas. Apesar da pouca idade eu sei que o que sinto por ele é amor, nunca tive tanta necessidade de estar junto de alguém, ouvir a voz e saber que está por perto. Tentei me levantar devagar para não acordá-lo, mas seria impossível e assim que ele me sentiu mover sobre seu corpo me abraçou de novo e eu sorri.

André - Ás vezes acho que estou sonhando em acordar e ter você assim sobre o meu corpo!

Consuelo - Não é nenhum sonho, estou aqui com você.

Demos mais beijos, eu sabia que ele ia querer mais e então fomos tomar um banho juntos tocando e ensaboando nossos corpos mutuamente. De repente ele me puxou com força para perto e nos olhamos nos olhos.

André - Preciso tanto saber, esse filho que espera pode ser meu?

Consuelo - Eu nem sei se estou mesmo grávida.

André - Mas se estiver, ficamos juntos no hotel fazenda.

Consuelo - Tudo vai depender da confirmação e se for mesmo verdade, de quanto tempo eu estou.

Fiquei a pensar em como aquela confirmação poderia nos atrapalhar, será que André estaria disposto a assumir um filho que não é dele?

Consuelo - Isso mudaria alguma coisa para você?

André - Claro que sim, ser pai é algo sério e requer muita responsabilidade.

Consuelo - E se você não fosse o pai desse bebê?

Ele ficou em silêncio, percebi que ele não me responderia o que eu esperava ouvir terminei meu banho e vesti minhas roupas bem rapidamente.

André - Por que não fica um pouco mais?

Consuelo - Não posso e você também não, precisa voltar ao hospital para ver seu filho.

Peguei minha bolsa dei um leve  beijo nele e saí antes que falássemos mais.

...

Sei que Consuelo ficou chateada com o meu silêncio, claro que eu continuaria a amar ela do mesmo jeito caso não fosse o pai da criança. Acho que estamos nos precipitando ao ter aquela conversa antes mesmo de saber se ela realmente está grávida.

Preciso ser forte para romper meu casamento com Fabiana, agora com o bebê nessa situação e aguardando por uma cirurgia. Não sei o que fazer, tudo o que sei é que estou feliz por estar com Consuelo e dessa vez ficaremos juntos para sempre.

...

Cheguei em casa e caí sentada no sofá olhando para o nada, ouvi os passos da minha mãe se aproximando.

Elaine - Filha, tudo bem?

Consuelo - Tudo bem mamãe, André e eu estamos juntos de novo.

Elaine - Mas não entendo essa sua expressão tão triste, deveria estar feliz. Sei o quanto o ama e que sofreu todo esse tempo longe dele.

Consuelo - André é parte de mim e mesmo que não quisesse sentir o que sinto por ele, não poderia.

Elaine - Ele disse algo que te magoou?

Consuelo - Ele perguntou sobre essa possível gravidez.

Elaine - Falando nisso, aqui está o teste e quero que faça agora mesmo.

Peguei aquela caixa e fui para o banheiro, estava nervosa transpirava. Tenho apenas 18 anos e ser mãe ainda não fazia parte dos meus planos, pelo menos não nos próximos 5 anos ou antes de concluir uma faculdade. Fiz todo o procedimento indicado na caixa do produto, dois risos azuis apareceram confirmando aquilo que eu menos queria.