Lili Reinhart
O único lugar que eu tinha para ir era o meu apartamento. Eu só tinha que expulsar o Jack de lá, nem que eu precisasse realizar um exorcismo para isso. Peguei o elevador e andei até a porta com dificuldade por causa das malas que eu levava comigo. Quando abri avistei Jack deitado sobre o sofá enquanto comia um sundae e assistia TV. Ele olhou direto para mim e levantou para me ajudar com as malas.
— Devo confessar que não estou surpreso. Já estava esperando que você tivesse que voltar para cá logo, só não imaginei que seria na mesma noite. — riu. — Sua irmã a expulsou de casa?
— Eu contei parte da verdade para ela e obviamente ela não acreditou e ficou muito brava comigo.
Joguei-me na poltrona de maneira largada. Meu corpo estava tão moído que eu sentia como se tivesse passado dois dias inteiros acordada.
— Jack, eu não estou com nenhuma paciência, então sem gracinhas, ok? Eu quero que você vá embora daqui e fique longe de mim.
— Olha...
— Sem desculpas, truques, piadas ou a merda que for! Apenas vá embora da minha casa!
— Lili... — ele sentou no chão na minha frente e começou a retirar os meus sapatos.
— O que porra você está fazendo!? — franzi a testa.
— Tentando te ajudar. — começou a massagear um dos meus pés. — Desde o início a única coisa que eu quero é o melhor pra você. Eu disse que você não conseguiria segurar o Cole, então precisa de um segundo plano para não ir parar no limbo.
— Tudo isso foi culpa sua e você sabe! — fiquei indignada. — Você armou para mim, interferiu na minha missão!
— Não e não. Eu sou apenas um observador. Foi a Bree quem fez isso e eu garanto que não a ajudei. A única coisa sorrateira que eu estava tentando fazer era me livrar das suas flechas e desse seu colar horrível.
Toquei o pingente com as pontas dos dedos e fiquei encarando Jack.
— Eu não confio em você.
— Ninguém confia em demônios. Nem eu confio. — riu. — Eu te ajudei no restaurante com o Cole e eu até disse a ele que era seu inquilino quando ele me questionou mais cedo. Não quero te atrapalhar, só quero te mostrar que não há outra opção senão se juntar a nós.
— Nós?
— Nós. — sorriu de maneira diabólica.
— Só tem um jeito de eu confiar em você.
— Diga.
— Fale o seu verdadeiro nome para mim.
— E se você tentar me controlar?
— Bom, nesse caso, é você quem vai ter que confiar em mim.
Negociar com um demônio não era uma das minhas metas de vida, mas no momento aquilo parecia ser necessário. Não que eu estivesse cogitando me juntar a ele – ou eles –, eu só queria parar de temer a aproximação de Jack. Já que eu teria que conviver com essa sombra, eu tinha que ter alguma segurança.
Ele pareceu pensar sobre o que eu disse. Ficou longos segundos em silêncio, olhando para o meu pé enquanto continuava sua massagem, que eu precisava admitir, estava muito boa.
De repente, Jack levantou, apoiou as mãos nos braços da poltrona e se esquivou sobre mim, deixando seu rosto perto demais. Aqueles olhos tenebrosos me causaram arrepios e uma vontade absurda de suspirar, mas eu me contive. Ele poderia até ser magnético, mas aquilo era só o seu charme infernal.
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Estúpido Cupido ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗ
FanfictionPara onde vamos quando morremos? Essa é uma pergunta que todo mundo já se fez em algum momento. Lili não pensava muito no que viria depois que seu coração parasse de bater, porque agora ele estava ocupado demais batendo forte por Nathan Sprouse, que...