Lili Reinhart
Após quase cinquenta longos anos humanos, eu estava de volta na chamada "sala de espera do céu". Era nostálgico estar diante de Klaus naquela mesa que ficava no meio de um nada de luz branca. Foi como voltar ao dia em que eu morri, mas agora eu estava saindo do céu e não entrando.
— Pasadena, condado de Los Angeles, Califórnia, sete de julho de 2021. — ele foi dizendo enquanto anotava algo no documento todo escrito em enoquiano, o idioma angelical que me confunde há décadas. Eu era ruim em aprender novas línguas também.
— Legal ver que a família não se mudou.
— Eles não se mudaram porque os negócios dos Sprouse se mantiveram em Pasadena. — Klaus explicou.
— Impressionante. O Nathan era só um advogado independente com um escritório pequeno. — suspirei.
— Ele passou anos desafiando a si mesmo e conquistou o primeiro milhão aos cinquenta e três.
— Eu queria poder saber de todas essas coisas assim como os arcanjos.
— Bom, agora que você vai descer, pode me perguntar o que quiser.
— Eles mantiveram contato com a minha mãe e a minha irmã?
— Sim. Amy e Mädchen receberam muito apoio dos Sprouse depois que você morreu. Inclusive, tiraram a sua irmã do mal caminho que ela estava depois da morte da sua mãe. Coitadinha, só tinha vinte anos e estava se envolvendo com umas pessoas duvidosas.
— Mas ela está bem agora, não está? — me preocupei.
— Ah, sim! — sorriu. — É uma professora de artes cênicas muito querida e amavelmente excêntrica.
— E... — ia perguntar outra coisa, mas Klaus me interrompeu.
— Vamos resolver isso logo. Você não precisa de um gabarito, vai descer como uma completa estranha. Me diga, que nome você quer ter?
— Pode ser o meu?
— Não vai querer mudar?
— Eu gosto do meu nome.
— Tem razão, é avoada demais, pode se atrapalhar se alguém te chamar de outro jeito.
— Eu adoro o jeito como você me subestima. — revirei os olhos.
— De nada. — foi sarcástico também. — Por sorte seu pai foi o último dos seus parentes com o sobrenome Reinhart, então não vai ser estranho você se chamar assim. Lili Reinhart, você tem vinte e cinco anos, é uma garota do Nebraska e acabou de comprar seu próprio apartamento na cidade dos anjos. — riu. — Que irônico.
— E se alguém me perguntar alguma coisa sobre o Nebraska?
— Todas essas informações serão acrescentadas ao seu subconsciente como se você as tivesse estudado. — pigarreou e continuou a explicar sobre a minha nova vida. — Você é uma garota tentando ser independente, está procurando um emprego como secretária, obviamente, e o seu currículo é pesado. Vai ser impossível alguém bater as suas "experiências". — fez aspas com os dedos. — Espanhol, alemão e francês serão outras informações adicionadas ao seu subconsciente. Você será fluente.
— Por que não fizeram isso ao invés de me enfiarem em tantos livros sobre a linguagem enoquiana?
— Porque achamos que todo mundo era capaz de aprender a ler. — resmungou baixo, mas não o suficiente para que eu não ouvisse.
— Eu sou boa com números, ok? — reclamei.
— Está bem, garota de exatas. — bufou. — Você vai acordar na cama do seu apartamento, a três quarteirões da empresa dos Sprouse, para onde o seu currículo foi magicamente enviado nesse momento. Você tem um dia até eles te contatarem, tire esse tempo para dar uma volta na cidade e se acostumar com as mudanças do século XXI. E falando nisso, você tem um celular, aprenda a usá-lo.
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Estúpido Cupido ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗ
FanfictionPara onde vamos quando morremos? Essa é uma pergunta que todo mundo já se fez em algum momento. Lili não pensava muito no que viria depois que seu coração parasse de bater, porque agora ele estava ocupado demais batendo forte por Nathan Sprouse, que...