Lili Reinhart
Eu estava sonhando ao sentir que alguém dedilhava o meu rosto delicadamente. Seria um sonho lúcido, claro, já que eu tinha consciência de que não era real. O calor da presença ao meu lado, o cheiro perfumado, os dedos macios em minha pele e o som de uma respiração profunda me deixaram com uma sensação confortável e até prazerosa. Sorri de maneira serena e me estiquei sobre os lençóis, afundando-me no conforto daquele colchão caro e daquele cobertor tão caro quanto.
E de repente a mão que estava em meu rosto desceu até o meu pescoço, o envolvendo em um perfeito encaixe, mas sem apertar, apenas acariciando de forma gentil e um tanto quanto erótica. Joguei minha cabeça para trás e mordi meu lábio inferior sentindo que eu estava tendo mais um sonho daqueles que me deixaria com uma sensação molhada quando eu acordasse.
A mão foi até meu queixo, segurando meu rosto enquanto um dos dedos ia até a minha boca, adentrando devagar até tocar a minha língua. Sorri ainda mais quando houve o movimento de vai e vem da minha língua até os meus lábios.
E de repente alguém se esquivou sobre mim e me cheirou, passando o nariz pela lateral do meu rosto até chegar em meu pescoço. Eu ouvia a respiração, sentia o vento bater em minha pele e arrepiá-la. Nunca um simples sonho havia me excitado tanto. A menos que... A menos que não fosse um sonho.
Abri meus olhos e vi a silhueta de alguém sobre mim. No primeiro momento, não reconheci, pois a luz do quarto estava apagada. Arregalei os olhos e tomei fôlego para gritar, mas minha boca foi coberta pela mão que antes me tocava.
— Shhh... Sou eu. — deslizou sua mão devagar para longe do meu rosto.
— Cole, o que está fazendo? — perguntei com a testa franzida.
— Eu quero falar com você.
Ele ainda estava perto demais, as mãos de cada lado do meu corpo enquanto ele se esquivava sobre mim, seu rosto a poucos centímetros do meu. Estava sendo difícil raciocinar com essa pouca distância, mas então eu me lembrei de que estava puta com ele e rapidamente me arrastei para baixo, passando por baixo do seu braço e me esticando até acender o abajur, que não iluminava todo o ambiente, mas era o suficiente para que eu o visse com mais clareza.
— Como entrou aqui!?
— A reserva está em meu nome, eles me deram uma cópia da chave.
— Isso é perturbador! — reclamei. — Por que não esperou até de manhã para me dar alguma ordem?
— Eu não estou aqui para te dar ordens.
— Eu detesto ser acordada. — cruzei os braços, o olhando com irritação.
— Eu sei. Isso não importa agora.
— Nada em relação a mim importa pra você. — desviei o olhar.
— O fato de eu estar aqui contradiz isso. — aquilo foi quase um sussurro, como se ele estivesse se obrigando a falar. — Lili — ele aproximou sua mão de mim, mas eu me afastei, então Cole soltou um suspiro pesaroso e desistiu de me tocar. — Mais cedo quando você estava com a Bree no corredor... Você estava indo até o meu quarto?
— Por que isso seria relevante? A sua noite acabou exatamente como você queria, porque não interessa com quem seja, um orgasmo sempre é um orgasmo. Não sei como eu ainda fiquei chocada por você ter convidado ela tão rápido. — bufei.
— Eu não a chamei, ela veio sem avisar. E eu não dormi com ela, a mandei embora assim que você bateu a porta.
O encarei com desconfiança, incapaz de dar o braço a torcer enquanto não tivesse certeza de que ele não estava mentindo para mim. Cole não recusaria uma mulher daquela maneira, não havia motivos para isso, ainda mais depois de mostrar que estava com tanta vontade de transar com alguém.
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Estúpido Cupido ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗ
FanficPara onde vamos quando morremos? Essa é uma pergunta que todo mundo já se fez em algum momento. Lili não pensava muito no que viria depois que seu coração parasse de bater, porque agora ele estava ocupado demais batendo forte por Nathan Sprouse, que...