Capítulo 22

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Lili Reinhart

— Essa ou é a coisa mais emocionante ou a coisa mais idiota que eu já fiz. — Camila disse ao meu lado assim que nós paramos no acostamento.

— Pode ser um pouco dos dois. — eu disse antes de pegar um binóculo que estava no porta-luvas.

— Por que você tem um binóculo?

— Porque eu achei que poderia precisar de um em algum momento. — para observar o Cole de longe caso ele não me contratasse, mas eu não precisava compartilhar isso com ninguém.

Estávamos paradas próximo à casa onde Sadie estava morando atualmente. Achei melhor convidar a Camila para ir comigo porque eu não sabia nada sobre como pressionar uma pessoa. Eu não tinha uma gota de paciência e acabaria partindo para a violência assim que Sadie fizesse a primeira recusa.

— E como vai ser? A gente vai tocar a campainha e obrigar a mulher a falar a verdade? — Camila perguntou.

— Não é tão fácil. — falei o óbvio.

— Você tinha que ter um plano.

— E eu tenho. — coloquei o binóculo na frente dos meus olhos. — Ela está em casa, acabou de passar pela janela. Está no andar de cima, então nós podemos entrar sem sermos vistas.

— O que? Não pode invadir a casa dela, isso é crime!

— Ela está cometendo um crime. Fez uma denúncia falsa contra o Cole. Temos que acabar com isso logo. Você fica aqui, se eu demorar mais do que quinze minutos...

— Você não vai entrar lá sozinha. É uma ideia burra? Sim, a ideia mais burra que eu já ouvi, mas eu não vou deixar você fazer isso sozinha.

— Valeu, Cami. — sorri.

Nós duas saímos do carro e nos aproximamos da casa. Demos a volta até os fundos e paramos em frente à cerca.

— Eu não tenho força pra subir aí. — avisou-me.

— Eu te ajudo.

Juntei minhas mãos e com muita facilidade ergui Camila, que pulou para dentro em seguida. Eu só precisei correr e pular e já estava pulando a cerca e caindo em pé do lado de dentro, bem no jardim dos fundos da Sadie.

— Você é uma ninja ou o que? — Camila ficou boquiaberta.

Dei de ombros em resposta e comecei a andar em direção à casa, direto para a porta que dava para a cozinha. Como esperado, vimos que estava trancada assim que eu girei a maçaneta.

— E agora?

— Camila, olha aquilo ali! — apontei para qualquer coisa atrás dela, com o intuito de distraí-la.

— O que?

Quando ela olhou para trás, eu dei um puxão na maçaneta, a forçando para baixo e conseguindo quebrá-la e com isso, a porta estava aberta. Camila olhou para mim novamente e ficou confusa ao ver que eu tinha arrombado muito rápido e quase sem fazer barulho.

— Como você...

— Shhh. Não vamos perder tempo. — sussurrei, agarrando a mão dela para entrarmos. — Temos que vasculhar a casa e procurar por alguma coisa que prove que a Sadie está mentindo para se auto beneficiar. Qualquer coisa que pareça suspeita é válida.

— E se ela nos flagrar?

— Não se preocupe com isso.

— Me preocupo sim.

— Shhh. — a puxei, entrando na cozinha.

Caminhamos pela casa devagar e com muito cuidado. Não tinha muito o que procurar no andar de baixo, então nós precisávamos subir. Camila estava atrás de mim, eu podia sentir a mão dela tremer enquanto subíamos degrau por degrau. Ouvimos o barulho do chuveiro, então deduzi que Sadie estaria no banho. Ótimo! Teríamos pelo menos cinco minutos para vasculhar o quarto dela. Quando entramos nele, eu fechei a porta e fui direto para o notebook que estava aberto em cima da cama.

Estúpido Cupido ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora