Cole Sprouse
Estávamos todos reunidos na sala da minha casa, todo mundo sem entender o que a Lili quis dizer com aquelas cartas. Um anjo? Cupido? Como a gente podia acreditar em algo assim? Ao mesmo tempo, eu não queria ter que dizer que era mentira, pois nem a Lili e nem ninguém inventaria uma história dessas para ser contada depois de sua morte. Minha avó e Mädchen acreditavam com toda a certeza naquilo, mas eu, Charles e Camila ainda estávamos com um pé atrás.
— Eu nem deveria estar pensando nisso. — falei. — Caramba, a Lili morreu! Vocês têm noção do que eu estou sentindo?
— A gente só quer que você acredite nela. — minha avó disse. — Eu notei quem ela era desde o primeiro momento que nós nos vimos.
— Olha, ela tinha uma força inexplicável. — foi a vez de Camila se pronunciar. — Às vezes não parecia normal.
— No dia da confraternização da empresa nós vimos ela na mata com algumas flechas douradas. — Charles disse. — Ela disse que não era pra contar a ninguém, mas eu acho que é relevante agora.
— Ela saiu dizendo que precisava fazer uma coisa. — parei para analisar os detalhes daquele dia. — E de repente eu e a Vanessa nos sentimos estranhamente atraídos um pelo outro.
— Ela fez isso? — Mädchen lamentou. — Eu disse para ela não fazer!
— Eu lembro dessas flechas douradas, ela disse que era relíquia de família. — soltei um suspiro. — Eu não acredito que ela atirou uma flecha em mim pra eu me apaixonar por outra pessoa!
— Bom, se ela era o seu cupido, esse era o trabalho dela. — Camila disse. — Mas por que não deu certo?
— Porque o Cole não ama a Vanessa. — nos assustamos ao ouvir a voz de alguém no canto da sala. — Eu posso explicar as coisas.
— Klaus? Como entrou aqui? — franzi a testa.
— Eu entro em qualquer lugar. — ele caminhou para perto de nós. — Muito prazer, eu sou Klaus, o arcanjo.
Tenho certeza que todos nós ficamos boquiabertos quando ele disse aquilo.
— Eu estive responsável pela situação da Lili. Ela decidiu descer até a Terra porque se apaixonou por você e queria fazer você amá-la. Pra isso ela infringiu muitas regras, então o céu criou um prazo. Se você não amasse alguém dentro de cem dias ela iria para o limbo.
— O que é o limbo? — perguntei temendo a resposta.
— Um lugar abaixo do céu e acima do inferno. Não há nada lá. As almas ficam presas em um looping eterno de solidão e tristeza, vagando pela escuridão, enlouquecendo aos poucos.
— Não... — comecei a balançar minha cabeça negativamente. — Não é real. Nada disso é real. — esfreguei meu rosto com as mãos.
— E como a gente tira ela de lá? — Mädchen perguntou.
— A gente não tira. Ela está morta.
— Como assim eu não amei ninguém em cem dias? — me irritei. — Eu a amava! Isso não era óbvio!?
— Sim, isso era óbvio. — ele respondeu. — Mas você nunca falou.
— Falar!? Deus precisa de palavras pra acreditar em mim? Ele não sabe de tudo? Não está em todos os lugares? Por que o céu precisa de palavras?
— Porque amor não é suficiente. Você precisa ter coragem para admitir seus sentimentos e você nunca teve! — agora parecia que ele estava bravo comigo.
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Estúpido Cupido ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗ
Fiksi PenggemarPara onde vamos quando morremos? Essa é uma pergunta que todo mundo já se fez em algum momento. Lili não pensava muito no que viria depois que seu coração parasse de bater, porque agora ele estava ocupado demais batendo forte por Nathan Sprouse, que...